terça-feira, 25 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (13)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO DE UM AMOR RECÍPROCO: “E Ele é meu”.
        Essa confissão também revela que há plena satisfação em Cristo, que aquilo que o mundo oferece e que tanto é buscado para a satisfação da carne nada tem de utilidade para uma alma feliz. A confissão: “...e ele é meu” não significa que os salvos desprezas as coisas daqui, mas sim que elas são usadas como motivo de adoração ao Senhor e não como fonte de felicidade. Os salvos veem em tudo o amor do Senhor por eles e como o Senhor lhes protege, suprindo-lhes as necessidades. Foi isso o que Paulo aprendeu quando disse aos crentes de Filipos que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação. Os santos aprendem a fazer diferença entre o que é permanente, daquilo que é apenas passageiro. O que temos aqui pode ser bom, mas em nada ocupa um coração satisfeito em Cristo, por essa razão compreende quando Deus está usando tudo, sofrimento, provação, tristezas, etc. a fim de rasgar esse véu visível e assim revelar a excelência daquilo que é eterno e permanente.
        É óbvio que essa confissão mostra uma vida de santidade, e santidade nada mais é do que andar com o Senhor, em plena dependência a ele. Santidade verdadeira mostra que somos dele, separados para ele, vivendo do amor e da segurança dele, cheios da esperança de que ele virá nos buscar, a fim de morar com ele para sempre. A alma segura é aquela que sabe que não está sozinha aqui, que não se atreve a agir conforme pensa e deseja na carne. Em Gênesis é dito acerca de Enoque, que ele andou com Deus, assim como Noé também andou. A santidade indica que o crente em nada tem intenção de agradar os homens aqui, pois anseia agradar a Deus em tudo. Santidade é na prática a presença do temor ao Senhor no viver e que demonstra crescimento em consagração.
        Tal verdade também mostra firme esperança. Os crentes aguardam a perfeição; eles sabem bem que jamais obterão um estado perfeito nesta vida. Eles bebem das promessas e estão firmados naquilo que o Deus que não pode mentir lhes prometeu. Assim aguardam o momento quando serão transferidos deste mundo para a glória além. Foi isso o que Paulo quis dizer: “Meu desejo é partir e estar com Cristo”. Também, essa confissão mostra o quanto a vida cristã é cheia de coragem. Não há maior encorajamento para uma esposa, do que saber que seu marido está presente e que a protege. Assim a igreja vive neste mundo, ela é como a mulher virtuosa de Provérbios 31. Os santos não têm medo, eles são corajosos, e quando sobrevém o terror eles sabem em quem confiar. É verdade que eles enfrentam perigos terríveis, porque essa confissão: “...e ele é meu” resulta em ódio da parte dos mundanos. Crentes sinceros têm experimentado aflições até mesmo da parte de parentes e amigos, especialmente quando o mundo aumenta suas transgressões.
        O mundo não gosta de ser desprezado, não tolera ver que têm pessoas que não seguem seus caminhos pervertidos, por essa razão tentam apagar qualquer luz que venha brilhar perto deles. O mundo tentam os crentes, armando ciladas e arapucas, a fim de que eles caiam. Eles fazem festas quando percebem que um santo caiu em tentação. Mas somente essa confissão: “...e ele é meu” pode frustrar e anular os planos do maligno. Não há como vencer o mundo sem essa verdade no íntimo; não há poder algum na carne contra as seduções daqui. José fugiu da perversa mulher de Potifar porque se apegou ao Senhor: “...cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:9).
        Que resposta bendita aos nossos santos anseios em viver para o Senhor! O poder da graça aparece para encher nosso coração dessa firme confissão e assim engrandecer o nome do Senhor neste mundo perverso.

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