terça-feira, 18 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (8)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO REVELADORA. “Eu sou”
         A sincera confissão que vem do coração salvo é a mais poderosa arma contra as investidas de satanás. Foi assim que venceram aqueles que agora estão no céu. Mesmo aqueles que foram salvos na hora da morte, a sua confissão de fé em Cristo foi suficiente, não somente para fazê-los entrar no céu para sempre, como também demonstrou que se eles vivessem aqui por mais algum tempo seriam capazes de triunfar por Cristo no viver. A confissão é o coração revelando que Cristo habita ali e que para sempre pertence a ele. Foi assim com Abraão, porque foi atacado por satanás, quando este usou os reis de Sodoma, a fim de dar-lhe riquezas. Qual foi a resposta daquele crente? “...Levanto a mão ao Senhor, o Deus altíssimo, o que possui os céus e a terra, e juro que nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: Eu enriqueci Abrão” (Gênesis 14:22,23).
         Se crentes querem que satanás fuja deles, seus corações têm que estar cheios da santa e amorosa confissão: “Eu sou do meu amado...”. Não tem nada que ocupe essa verdade. Muitos negam ao Senhor e tentam fazer de tudo para sentir a presença do Senhor; muitos procuram um ambiente emocional, a fim de sentir que Deus está presente. Uma consciência culpada pode fazer de tudo para sentir alívio e aprovação de Deus. Os ímpios agem assim com deveres religiosos, pois buscam seus ídolos e tentam achar mais mediadores que venham acalentar corações culpados. Mas tal procedimento não faz parte de homens e mulheres santificados pela graça, pois nossa humilde atitude deve ser volver para a cruz, a fim de que lembremos bem que alguém ocupou meu lugar, para que eu fosse resgatado da condição vil onde fui achado. Cuidemos com o orgulho, porque ele acalenta a maldade escondida no coração, e assim tapa nossas bocas, anulando nossa confissão.
         Satanás foge de crentes zelosos no amor por Cristo; ele não encontra lugar para destruí-los. Nós somos naturalmente fracos, por isso nosso Amado deve ser buscado de forma humilde. O orgulho faz com que venhamos a querer dirigir nossas próprias vidas e nos conduz pelas vaidades. É nessa condição que satanás quer nos achar, a fim de destruir nossa fé e desfazer nosso testemunho. A confissão é simples, basta que a simplicidade da conversão habite em nós. O entendimento que precisamos ter é de que fomos achados pela graça; que éramos perdidos e fomos achados; que nada houve de bom em nós; que fomos comprados pelo sangue e que agora pertencemos ao Senhor. A confissão nos apresenta ao mundo como pessoas simples, humildes e dispostas a honrar o Senhor em tudo.
         Concluo esta página, a fim de mostrar que na confissão revelamos que nosso Senhor está acima de qualquer coisa desta vida. Nada há de sincera confissão de amor por Cristo enquanto houver qualquer interpelação daquilo que o mundo nos proporciona, mesmo que seja algo tão lícito e tão agradável. À luz da nossa confissão, tudo o que aparece aqui deve ser como a luz de um palito de fósforo diante do sol. Cristo está infinitamente acima de filhos, pais, esposo, esposa, bens, amigos, prazeres, etc. Tudo isso perderemos quando deixarmos este mundo. Tentar agarrar algo daqui, como se fosse tesouros imperdíveis, nos fará pessoas miseráveis, preocupadas, medrosas e obstinadas.
         Que fujamos disso; que saibamos que tudo o que temos será desfeito, enquanto o Senhor Jesus é nosso eterno tesouro, nosso bem, nosso amigo, nosso Senhor, aquele que está presente sempre e que enche nossa alma de alegria, satisfação e prazer. Tudo aqui nos deixa na solidão aqui, mas nosso amado chega ao nosso coração e com grande amor e ternura afirma: “De maneira nenhuma te deixarei, nunca, jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5).

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