“Eu sou do meu
amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO DEFINIDA. “Eu sou do meu amado”.
Também
essa confissão deve ser bem definida, sem qualquer titubeio: “Eu sou do meu
amado”. Qualquer sedutor percebe quando a mulher vacila em seu amor e
fidelidade ao marido. Satanás é esperto e percebe quando os crentes vacilam na
fé. Tenho visto muitos crentes mostrarem fervor e disposição para consagração a
Deus, mas logo eles são postos à prova e vacilam. Quantos se dispõem para a
leitura bíblica e uma vida devocional constante, mas logo surge o mundo com
suas preocupações, e assim a disposição para uma confissão bem definida
desaparece como fumaça. Satanás
sabe bem como lidar com os vacilantes; ele sabe como enviar visitas, especialmente
na hora de ir ao culto; ele sabe como estorvar os intentos de santificar o dia
do Senhor, e para isso promove confusão no dia anterior – o sábado. O que
ocorreu com Pedro ao negar ao Senhor foi devido ao fato de ter ele confiança
demasiada em si mesmo, por essa razão foi posto para ficar sozinho perante os
inimigos; satã o pegou para cirandar e mostrar o quanto o pobre Pedro não
passava de frágil molusco diante dos terrores pelos quais Jesus passou. Nossa
frágil constituição pecaminosa nada tem de poder para atuar pela fé e amor por
Cristo. Se não nos humilharmos, facilmente seremos demolidos, como uma casinha
feita de barro.
Então,
não pode haver qualquer relutância, pois o amor por Cristo deve prevalecer em
nosso viver. A fé cristã e a devoção ao Senhor deve estar acima de todo esse
sistema passageiro e corrompido daqui. Se quiser seguir a Cristo e viver com
confiança apenas nele, temos que lembrar sempre que até mesmo as coisas lícitas
podem se tornar estorvos à fé. Se estivermos dispostos a amar mais nosso
conforto, amigos, filhos e outras coisas daqui, certamente nossa confissão
vacilará. Ela será firme na igreja, mas desaparecerá noutros dias e sob as
circunstâncias adversas. Por isso devemos seguir cheios da palavra, cercados da
santa convicção de fé, cientes do amor de Cristo por nós e do nosso dever que
temos de honrar aquele que nos tornou honrados perante Deus com uma tão grande
salvação.
Como
fazemos isso? Creio que a primeira lição é que devemos estar cientes de que o
amor de Cristo por nós é um amor seguro, firme e constante. O amor conquistador
do Senhor jamais se afundará nesse mar de lama do pecado. O Senhor prometeu que
há de cuidar de nós; que as circunstâncias adversas são apenas aulas da graça,
a fim de nos aperfeiçoar na fé. Esse amor nos acompanha, em qualquer lugar, em
qualquer situação. Esse amor nos disciplina, a fim de que por meio dessa
disciplina sejamos fieis e santificados para ele. Muitos pensam que uma vez
salvos podem viver como bem quiserem. Mas estão cercados de uma crença
enganosa, porque jamais o Senhor irá permitir que sejamos enganados, ou que
venhamos a desonrar seu nome neste mundo. Quando vemos um crente infiel e
mantendo essa infidelidade e amor ao mundo no viver, devemos saber que ele não
é realmente um crente, que não houve conversão naquela vida.
Outro
fato que mostra uma confissão segura no viver do crente sincero é que ele passa
a autoridade de defesa para Cristo, seu amado. Nada podemos contra satanás, o
mundo e a carne, mas Cristo pode tudo. Ele luta por nós, ele vai à nossa frente
em nossa defesa. Ele nos ensina e nos mostra o caminho pelo qual devemos andar.
O Senhor não perde de vista ninguém que foi salvo; seus interesses pelos santos
são eternos, porque aquele que veio ao mundo e se entregou por nós, a fim de
nos comprar para si mesmo, certamente há de mostrar seus intensos cuidados
diariamente. O verdadeiro crente há de dizer: “Seguro estou, não tenho temor do
mal, sim guardado pela fé em meu Jesus”.
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