quinta-feira, 6 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (3)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO DE FÉ GENUÍNA.
        Tomemos agora o verso de Cantares, a fim de examinar de perto com os olhos da fé. A primeira lição que desponta ali é que é uma confissão sincera, de alguém que realmente creu no Senhor. Tenho falado sempre, exatamente aquilo que é tão mostrado em toda Escritura, que a verdadeira fé cristã é revelada em confissão e não em meras palavras. Em João 12 vemos que muitos judeus creram no Senhor Jesus, mas não o confessavam porque tinham medo. Positivamente vemos essa confissão na vida daquele cego que Jesus lhe concedeu a visão (João 9). Ele não teve medo, pois enfrentou a casca religiosa de Jerusalém com coragem, mesmo sabendo que seria expulso da sinagoga, como de fato aconteceu.
        Estou dando ênfase a esse assunto, porque vejo o quanto a fé superficial e transitória tem ocupado o coração de milhares, tudo oriundo de um ensino errôneo, de um credo sem qualquer arrependimento e conversão a Cristo. Ora, nós viemos do pecado e nosso amor pelo pecado, pelo diabo e pelo mundo era a nossa diária e contínua confissão. Olhemos os mundanos, mesmo aqueles que declaram ser religiosos e que creem em Deus. Realmente eles amam o mundo e o pecado, usando a religião apenas como capa, para encobrir as maldades do coração. O Senhor encarou essa realidade da depravação do coração humano desde os tempos da lei, pois o rebelde povo de Israel mostrava por fora que amava Deus, mas escondido atrás das paredes de seus corações estava uma perversa disposição de partir para a idolatria e vícios. Foi exatamente isso o que o Senhor falou à nação nos dias de Isaías: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe...”. Que triste verdade!
        Os homens de hoje são diferentes? Será que os anos, a ciência e experiências mudam os homens? Claro que não! Eles são tão enganosos como os homens do dilúvio. Se não for a graça de Deus, eis que eles estão prontos para desdenhar do Senhor, desprezar seu amor e assentar-se à mesa com os escarnecedores. A fé tão badalada em nossos tem apresentado esse perfil de que não passa de plástico que se derrete ante as provações; que se curva em forte amor pelo mundo. Com isso eles têm ganhado terreno até mesmo dentro das igrejas, levando consigo todos os ingredientes do mundo, a fim de tempero a religião “evangélicas” com os sabores do mundo que estão gravados em seus corações.
        Mas é o momento para que vejamos o material que veio do céu – a fé que brota no coração por obra do Espírito Santo. Quando começa isso? Desde a conversão: “Se com tua boca confessares a Jesus...” (Romanos 10:9). Quando a salvação começa com sincera confissão, não tem dúvida que essa confissão brotará do coração e sairá dos lábios diariamente. Se Cristo for o amado na salvação do perdido, eis que será também o amado no viver diário. Não significa que ele estará falando isso a todo instante, mas estará vivenciando essa confissão sempre através do modo de viver. Como podemos saber disso? Como posso realmente estar certo que minha confissão é a mesma da esposa em Cantares: “Eu sou do meu amado...”?
        Creio que vou terminar esta página sem poder desdobrar esse assunto como realmente preciso fazer. Mas abrevio dizendo que é algo do coração e não de meras emoções. Se não for do coração, eis que essa confissão pode ser de uma intensa e ardente manifestação das emoções. Mas logo o fogo apaga. A fé verdadeira não é movida por um combustível carnal. A fé verdadeira sinaliza que o homem do coração agora está vivo; que há um novo ser habitando no coração e que agora todo ser externo há de submeter-se à fé verdadeira. Todo verdadeiro crente agora passa a mirar o Senhor, olhar para ele e desejar conhece-lo de todo coração.

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