segunda-feira, 29 de agosto de 2016

UM DEUS SATISFEITO? (3)



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“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
DEUS À BUSCA DE SATISFAÇÃO: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma...”
        Tendo já introduzido o assunto, minha esperança agora é que Deus mesmo venha atrair corações para esse formidável e eterno assunto. Olhar a graça de Deus em atuação é contemplar a formosura de Cristo; é vislumbrar uma pequena parcela da sua glória atual e daquela que há de vir. Estudar acerca de um Deus cujo coração está em plena satisfação é envolver nosso ser nessa satisfação; é beber dessa água pura e cristalina que desce do trono de Deus até nossas almas sedentas; é conquistar pela fé riquezas da glória, as quais são desprezadas pelo mundo, mas buscadas por aqueles que realmente amam o Senhor (Romanos 8:28).
        Então, diante de um desafio visto em Isaías 53:11, nossa meta é buscar conhecer como foi que esse Deus buscou satisfação. A primeira lição é que, quando envolveu um plano eterno e uma conquista, eis que Deus buscou satisfação. É tão difícil entrar nos assuntos da eternidade, justamente porque somos não somente finitos como também terrivelmente limitados em nossa condição de finitos. Mas isso não significa que devemos recuar diante desses mistérios, porquanto vemos em Efésios que na eternidade a triunidade reuniu para envolver um plano glorioso de salvação, e esse plano tinha em vista o louvor da glória da sua graça e também o louvor da sua glória (Efésios 1). Determinados atributos de Deus não manifestam sua glória, a não ser que Deus mesmo busque uma ação para isso. Foi na criação que Deus mostrou o quanto ele é onipotente, oniciente e onipresente, além do fato que ele criou tudo na excelente e perfeita ação da sua palavra: “Pois ele falou e tudo se fez”. Agora, céus e terra proclamam a glória de Deus e toda sua criação acessível ou inacessível à nós proclama a grandeza do seu poder.
        Também, alguns atributos de Deus só se manifestam quando envolvem determinadas condições. É claro que seu amor é absolutamente demonstrado na companhia mútua e santa desse Deus que criou céus e terra. Deus ama, e as três pessoas da triunidade são envolvidas eterna e perfeitamente nesse mútuo amor. Mas, o fato é que Deus queria mostrar o quanto esse amor é poderoso, sobrenatural e que está acima de qualquer compreensão. Deus queria mostrar o quanto seu amor é sacrificial, envolvente e capaz de envolver até mesmo inimigos terríveis como os pecadores. Eis aí o plano da eleição; eis aí a razão porque Deus buscou satisfação: “Para o louvor e glória da sua graça” (Efésios 1:6). A eleição e vocação de milhões e milhões de homens caídos seria a prova da atuação grandiosa da graça de Deus; como nada pode frustrar seu amor, bondade, compaixão; e até que ponto esse amor poderia chegar, a fim de mostrar em Cristo as suas dimensões. Em tudo isso Deus buscou satisfação.
        Ontem, hoje e para sempre milhões e milhões de salvos cantaram, cantam e cantarão as maravilhas da graça. Anjos santos testemunham impressionados, as façanhas poderosas da graça e os céus se enchem de louvores desses seres que perscrutam essas obras poderosas da graça de Deus (1 Pedro 1:12). Ah! Como sou deveras limitado, para compreender as maravilhas eternas! Como pode um imperfeito explicar perfeições? Mas eu sei que um pouquinho dessa luz é suficiente para encher os corações santificados pela graça, dessa alegria e satisfação que há no coração de Deus. Fomos chamados em Cristo para participarmos imperfeitamente aqui, mas de forma perfeita quando estivermos em sua glória para sempre.

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