quarta-feira, 3 de agosto de 2016

PERDIDOS NO PECADO (1)



                                            
“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos” Isaías 59:10
INTRODUÇÃO:      
        A doutrina da eleição nas Escrituras é tão clara como a luz do sol ao meio-dia e este capítulo 59 de Isaías vem nos mostrar como a salvação de Deus por meio do seu Filho tem em vista alcançar esse povo eleito. Todo esse impressionante texto bíblico traz uma visão clara e distinta dos pecadores pelos quais Cristo morreu; a situação terrível na qual eles se encontram e como realmente estão perdidos. Ora, nosso Senhor afirma em Lucas 19:10 que ele veio buscar e salvar perdidos, mas onde eles estão? Como achá-los? Então, Isaías 59 aparece para mostrar a condição dos perdidos. Meu desejo é que tenhamos nossos olhos abertos, a fim de conhecer aqueles por quem Cristo morreu e também no intuito de sermos usados pelo Senhor para levar-lhes a santa mensagem de salvação. Estamos vendo como a salvação dos pecadores requer eleição, e que os eleitos são apresentados na bíblia. Deus impulsiona a igreja para essa tarefa de buscar os perdidos. Não podemos esquecer que Cristo Jesus veio ao mundo para buscar essas almas e elas serão alcançadas pelo evangelho e Cristo não retornará enquanto tiver pecadores para serem salvos do pecado.
        Eu sei também o quanto muitos detestam essa doutrina, mas venho dizer que recusar tal verdade acarretará em sério prejuízo para a vida, pois nosso Senhor jamais desviou-se de expor o fato que ele veio ao mundo buscar seus escolhidos, suas ovelhas, seus pequeninos irmãos e sua igreja. Muitos também atacam os que creem nas doutrinas da graça porque acreditam que nós não evangelizamos. Mas eu posso afirmar categoricamente que os maiores evangelistas que passaram por este mundo foram os que creram que Cristo morreu tendo intenção de salvar aqueles que o Pai lhes confiou, conforme vemos seus ensinos em João 6 e 17. É claro que nossa confiança não está nesse sistema que espera que homens mortos tomem uma decisão por Cristo; que os escravos consigam libertar a si mesmos e que os cegos têm condição de enxergar qualquer coisa.  Nossa esperança está apenas naquele que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade, além do fato que o evangelho bíblico é poderoso nele mesmo, por isso o pregamos com toda confiança.
        Nosso interesse é mostrar em Isaías quem são os perdidos. É minha luta para apresentá-los na visão que Deus nos concede. Sendo os eleitos os que estão perdidos, segue-se o fato que milhares neste mundo não se acham perdidos. Quantas almas neste mundo foram ignoradas por Deus! Quantas nações foram extintas da face da terra, sem que jamais pudessem ouvir a verdade do evangelho! Tais almas nunca crerão no Senhor, conforme nosso Senhor fala com os arrogantes judeus: “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas” (João 10:26). Os homens atirados no pecado gostam dessa vida, desprezam a verdade, odeiam o paraíso celestial porque querem o paraíso aqui. Ah! Eles dariam tudo para viverem mais; fariam tudo para tirar todos os obstáculos que podem obstruir seus planos de um viver no pecado.
        Mas, nós cremos num Deus que conhece os que lhe pertencem e foi assim que ele sempre agiu e agirá em chamar aqueles que foram em Cristo escolhidos para a vida eterna (Efésios 1:4). Que nossos olhos sejam abertos para enxergar essas coisas em Isaías 59; que os salvos sejam humildes quando lembrarem que um dia estavam na mesma condição; que sejamos tomados da santa compaixão do Senhor por nossos semelhantes que vivem errantes neste mundo. E enfim, que nós os pregadores jamais venhamos a ficar calados ante nossa intensa responsabilidade.

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