terça-feira, 23 de agosto de 2016

A IGREJA DE DEUS (2)




“Para que se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Timóteo 3:15)
INTRODUÇÃO:
               Ao tratar sobre a igreja de Deus nesta introdução, também acrescento o fato que a Bíblia refere-se à igreja em sua obra local. Não estou referindo a igreja invisível, a igreja triunfante, aquela que um dia será tirada da terra; que naquele grande dia aparecerá, descendo do céu, com Cristo, gloriosa e para sempre vencedora, conforme o relato de Apocalipse 19. Quando falo da igreja de Deus, eu refiro aqui a igreja visível, local, a igreja presenciada e odiada pelo mundo. É claro que não refiro a qualquer igreja local, mas sim àquela que leva à sério a pregação do evangelho e à pureza da verdade; à que busca santidade e cuja liderança é composta de homens de Deus, que amam a Deus e à verdade. Conforme vejo nas Escrituras essa é a igreja de Deus, lugar da sua presença e onde ele é realmente adorado e temido.
               Voltando nossos olhos ao texto de 1 Timóteo 3:15, creio que vale a pena nos contextualizar bem. Paulo está tratando da liderança oficial da igreja. Que tipo de homem deve ser o pastor da igreja; quais tipos de homens devem ser colocados como diáconos da igreja. O assunto deve ser levado a sério de tal maneira, que se a igreja falhar nisso, os resultados serão drástico para a causa do evangelho. Quando elementos não salvos e não condizentes no viver com os padrões de santidade tomam a liderança da igreja, então a igreja, os crentes, a adoração e a mensagem sofrerão graves consequências. Paulo está no contexto mostrando a importância de homens piedosos, tementes a Deus à frente do trabalho do Senhor. Resumo aqui o que Paulo quer mostrar ao pastor Timóteo em três explicações:
               1. Que a igreja não pode ser comparada às organizações mundanas. A igreja não é uma empresa; não é uma entidade social; não é um clube, etc. Ele afirma que a igreja é a casa de Deus e não a casa dos homens. Que ali deve ser um lugar aonde todos que vão sintam temor e até mesmo tremor. Que ali é o lugar, não para que mundanos e carnais venham sentir-se à vontade e relaxem bem, a fim de ganhar uma força extra para o viver diário. A igreja é o lugar da manifestação da glória de Deus por meio do evangelho; a mensagem ali deve realçar a presença e a glória do Filho de Deus. 
               2. Que a liderança da igreja deve ser de homens, cujo exemplo de vida prova que foram chamados por Deus. Sem uma liderança posta pelo Espírito Santo, não há dúvida de que o mal virá e assolará o trabalho do Senhor. A igreja não é o lugar para premiar o que têm cultura, que são ricos e que têm capacidade natural de liderança. A igreja não deve olhar para essas qualificações tão admiradas e buscadas pelo mundo. A igreja precisa de homens de caráter cristão, cheios do Espírito Santo, conforme vemos em Atos 6. 
               3. Que a igreja é fruto da conquista do Filho de Deus. Sua humilhação tem sido causa de escárnio, mas Ele foi glorificado. O próprio capítulo 5 mostra o quanto o Senhor veio do céu e piedosamente se humilhou, indo até à cruz, a fim de comprar sua igreja para si. O enfoque de tudo na igreja é a glória desse Deus que deixou o céu e veio aqui para conquistar seu povo; que subiu e foi exaltado acima de tudo e de todos. Eis aí o mistério da piedade! Eis aí a razão porque a igreja deve estar livre de elementos amantes de dinheiro, de posição, de fama, etc. A igreja é a casa de Deus, o lugar da sua presença, da sua glória e da sua adoração. O mundo e suas práticas perversas devem estar fora da igreja. Que levemos isso a sério; que não brinquemos com isso. Estamos vivenciando dias perigosos, quando satanás tem promovido a destruição do culto a Deus, a fim de erguer aqui a adoração a ele mesmo. Que fujamos disso, a fim de voltarmos para o que a palavra de Deus nos ensina.


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