“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não
têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os
robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como
cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
Outro
detalhe que vemos no texto, é que para os perdidos é pavorosa a escuridão da
morte: “e entre os vivos somos como mortos”. Incrível, mas como pode os mortos
perceberem que estão mortos? A morte destrói todo senso de vida; a morte
simplesmente imobiliza o homem completamente. Mas o que acontece com os
perdidos é que eles são despertados por Deus para perceberem a condição na qual
o pecado lhes colocou. Muito tempo atrás um cantor famoso aqui no Brasil foi
tido como morto e foi sepultado. Mas depois os médicos descobriram que sua
enfermidade podia levá-lo a impressão de que estava morto, mas realmente ele
estava vivo. Apressadamente foram fazer uma autópsia e ao abrir o caixão
perceberam que seu corpo estava virado, que ele havia morrido asfixiado ali.
Mas no caso
dos perdidos não é assim. No pecado os homens estão realmente mortos para Deus
e não há absolutamente nada que possa tirá-los dessa condição. Muitos pensam
ilusoriamente que uma igreja, algumas leis religiosas, costumes e programações
podem fazer com os homens busquem a Deus. Mas a verdade é que no estado em que
estão em Adão é impossível: “Não há quem busque a Deus” (Romanos 3:11), assim
como os mortos não podem buscar qualquer coisa. Mas os homens quando veem seu
estado de perdição no pecado realmente foram vivificados por Deus. Quando Deus
mexe com as sepulturas das almas, eis que coisas tremendas acontecem (Ezequiel
37). Vemos essa lição da obra vivificadora do Senhor em todo capítulo de João
5. Ninguém pode explicar os atos de Deus no meio dos mortos espirituais, quando
ele se levanta para ressuscitar homens e mulheres (Efésios 2:1). Conceder vida
aos mortos é obra pertencente tão somente a Deus.
Mas voltando
ao texto, vemos o que acontece quando homens e mulheres neste mundo onde reina
a morte são despertados do terrível sono. Eles estão dentro dos sepulcros e em
total escuridão. Dali eles não podem sair; ali não conseguem vê qualquer lugar
de escape. Posso imaginar as inúteis atividades de satanás quando percebe o que
está acontecendo. Posso imaginar seu labor em planejar meios para manter as
almas despertadas com suas mentiras. Temos um exemplo disso em Atos 13, quando
Paulo fala do evangelho ao procônsul Sérgio Paulo, um homem despertado por
Deus. Não demorou muito para que satanás usasse Elimas, o mágico, a fim de
arrancar o procônsul da sua fé em Cristo para a salvação.
Mas, o que
acontece quando homens e mulheres são despertados dos mortos? Eis que as
realidades eternas brotam imediatamente em seus corações, e tais almas começam
desesperadamente a procurar o Salvador e Senhor. Tais almas veem logo que não
têm descanso algum; logo percebem que carregam sobre si o fardo dos seus
pecados; logo querem achar alguém vem habitar neles, como uma mulher
desamparada à busca do amado de sua alma (Cantares 3:1). As almas despertadas
não têm descanso enquanto não encontram o Senhor. Elas estão perdidas,
desamparadas, à mercê dos ataques de satanás; elas não querem o mundo, não
estão atrás das riquezas daqui; elas veem que precisam do Salvador, que seus
fardos precisam ser tirados e que querem caminhar salvas para o céu. Meditemos
na mensagem de um antigo hino:
De
pecado carregado abatido e triste andei.
À procura
de descanso que, entretanto não achei!
Pode bem ser
que haja alguma alma assim e que neste momento quer a salvação.
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