quarta-feira, 10 de agosto de 2016

PERDIDOS NO PECADO (6)



                                              
“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
        Onde os perdidos estão? Vejamos o que o texto nos ensina, porque os salvos podem lembrar que andavam vagueando nas trevas sem a luz da retidão. O que realmente significa isso? Acredito que milhares que confessam serem crentes hoje jamais entenderam o verdadeiro significado da pavorosa escuridão da morte: “e entre os vivos como mortos”. Esta é a linguagem do Velho Testamento para descrever os homens mortos no pecado. Não há neste mundo ninguém que possa saber disso; não há qualquer poder que possa explicar isso aos pecadores; não há religião, nem oração, nem qualquer conhecimento teológico, que possa abrir os olhos dos homens no pecado, a fim de que vejam que realmente estão nas trevas. Isso só pode acontecer quando Deus vivifica os mortos. Precisamos saber sobre essa condição, conforme falam os perdidos em Isaías.
        Primeiramente, a pavorosa escuridão do pecado manifesta-se na dúvida do destino eterno. É claro que os homens no pecado nem sequer se preocupam com isso. Para eles a morte é a mais poderosa consoladora que existe. Quando ela chega é saudada com submissão e respeito pelos perdidos. Mas a função da morte é lidar com mortos e não com vivos. Os mortos espirituais saúdam a morte eterna e muitos até mesmo aspiram sua chegada. Não há assombro enquanto estão do lado de cá, porque para os que jazem na tumba do pecado a morte é perita em trazer-lhes conforto, amparo e até mesmo promessas de um descanso. Em nossos dias falsos mestres têm aplicados doses fortes de paz, declarando que eles são salvos, que vão para o céu e que Deus espera todos lá. Com isso os mensageiros das trevas fazem festas e se divertem com milhares caindo no abismo, porque ainda estão espiritualmente mortos.
        Mas vamos pensar nos perdidos, porque quando Deus os desperta para a realidade eterna, de repente o desespero toma conta de suas almas. Os perdidos não ficam satisfeitos com as mentiras dos falsos mestres, porque a luz deles brilha só um pouquinho, assim como brilha um palito de fósforo aceso. Os perdidos querem a luz do céu; eles querem a certeza no íntimo e não nas meras emoções. Os perdidos querem pisar terreno sólido e enquanto o fardo do pecado estiver sobre seus ombros, eles sabem que neste mundo só engano. Eles só veem escuridão e querem luz para andar para a Cidade Santa. Andar neste mundo na liderança mentirosa de satanás é realmente perigoso. Já lidei com muitos que pensavam que eram salvos, mas logo descobriram pelo evangelho que ainda estão no pecado e que caminham para o inferno.
        Mas a plena convicção não vem por mero assentimento intelectual ou emocional. A certeza da salvação acontece quando pecadores miram a cruz pela fé; quando eles veem o salvador que foi morto para salvar-lhes e reconhecem que seus pecados foram levados para as profundezas do inferno pelo Senhor; que ali o Filho de Deus realmente pagou o preço que jamais nós poderíamos pagar, para que assim ficassem saldadas as nossas terríveis e impagáveis dívidas que tínhamos contra Deus. A única luz que realmente brilha pelo caminho estreito rumo ao céu vem da cruz e não das vãs promessas feitas pelos homens.
        A certeza de salvação resulta em humildade, temor, obediência e disposição para santidade. Toda certeza que se manifesta em orgulho e rebelião é produzida sim pela carne e tudo o que vem da natureza carnal não agrada a Deus. Se a certeza de salvação não resultou em viver como ovelha, então a pessoa que ousa afirmar que tem, não passa de um bode.

Nenhum comentário: