“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não
têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os
robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como
cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
Onde os
perdidos estão? Vejamos o que o texto nos ensina, porque os salvos podem
lembrar que andavam vagueando nas trevas sem a luz da retidão. O que realmente
significa isso? Acredito que milhares que confessam serem crentes hoje jamais
entenderam o verdadeiro significado da pavorosa escuridão da morte: “e entre os
vivos como mortos”. Esta é a linguagem do Velho Testamento para descrever os
homens mortos no pecado. Não há neste mundo ninguém que possa saber disso; não
há qualquer poder que possa explicar isso aos pecadores; não há religião, nem
oração, nem qualquer conhecimento teológico, que possa abrir os olhos dos
homens no pecado, a fim de que vejam que realmente estão nas trevas. Isso só
pode acontecer quando Deus vivifica os mortos. Precisamos saber sobre essa
condição, conforme falam os perdidos em Isaías.
Primeiramente,
a pavorosa escuridão do pecado manifesta-se na dúvida do destino eterno. É
claro que os homens no pecado nem sequer se preocupam com isso. Para eles a
morte é a mais poderosa consoladora que existe. Quando ela chega é saudada com
submissão e respeito pelos perdidos. Mas a função da morte é lidar com mortos e
não com vivos. Os mortos espirituais saúdam a morte eterna e muitos até mesmo
aspiram sua chegada. Não há assombro enquanto estão do lado de cá, porque para
os que jazem na tumba do pecado a morte é perita em trazer-lhes conforto,
amparo e até mesmo promessas de um descanso. Em nossos dias falsos mestres têm
aplicados doses fortes de paz, declarando que eles são salvos, que vão para o
céu e que Deus espera todos lá. Com isso os mensageiros das trevas fazem festas
e se divertem com milhares caindo no abismo, porque ainda estão espiritualmente
mortos.
Mas vamos
pensar nos perdidos, porque quando Deus os desperta para a realidade eterna, de
repente o desespero toma conta de suas almas. Os perdidos não ficam satisfeitos
com as mentiras dos falsos mestres, porque a luz deles brilha só um pouquinho,
assim como brilha um palito de fósforo aceso. Os perdidos querem a luz do céu;
eles querem a certeza no íntimo e não nas meras emoções. Os perdidos querem
pisar terreno sólido e enquanto o fardo do pecado estiver sobre seus ombros,
eles sabem que neste mundo só engano. Eles só veem escuridão e querem luz para
andar para a Cidade Santa. Andar neste mundo na liderança mentirosa de satanás
é realmente perigoso. Já lidei com muitos que pensavam que eram salvos, mas
logo descobriram pelo evangelho que ainda estão no pecado e que caminham para o
inferno.
Mas a plena
convicção não vem por mero assentimento intelectual ou emocional. A certeza da
salvação acontece quando pecadores miram a cruz pela fé; quando eles veem o
salvador que foi morto para salvar-lhes e reconhecem que seus pecados foram
levados para as profundezas do inferno pelo Senhor; que ali o Filho de Deus
realmente pagou o preço que jamais nós poderíamos pagar, para que assim
ficassem saldadas as nossas terríveis e impagáveis dívidas que tínhamos contra
Deus. A única luz que realmente brilha pelo caminho estreito rumo ao céu vem da
cruz e não das vãs promessas feitas pelos homens.
A certeza de
salvação resulta em humildade, temor, obediência e disposição para santidade.
Toda certeza que se manifesta em orgulho e rebelião é produzida sim pela carne
e tudo o que vem da natureza carnal não agrada a Deus. Se a certeza de salvação
não resultou em viver como ovelha, então a pessoa que ousa afirmar que tem, não
passa de um bode.
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