sexta-feira, 12 de agosto de 2016

PERDIDOS NO PECADO (8)




“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A REAÇÃO DOS PERDIDOS: Todos nós bramamos como ursos, e andamos gemendo como pombas;   
        Creio que o texto de Isaías deve nos levar a tremer diante da revelação divina acerca dos perdidos. O que a bíblia faz é abrir o cenário onde somente Deus vê; a mensagem santa vem nos mostrar o que está acontecendo agora com homens e mulheres pelos quais Cristo morreu. Oh! Quão digna de inteira admiração da nossa parte é a Palavra de Deus! Oh! Quão negligentes somos, quando recusamos entrar nesse recinto sagrado, a fim de aprender coisas que estão longe do entendimento deste mundo!
        Quando chegamos com a mensagem do evangelho, levando luz aos pecadores, qual é a reação normal dos perdidos? A resposta está aí perante nossos olhos: “Todos nós bramamos como ursos, e andamos gemendo como pombas”. Duas reações totalmente diferentes. Os que se converteram a Cristo de todo coração e que agora são salvos, podem lembrar muito bem dessas reações antes da conversão. A primeira trata-se de uma imediata mobilização de perseguição contra a verdade. Quando homens e mulheres estão vivendo na escuridão do pecado é normal que vão reagir como ursos. O bramido de um urso normalmente é para atacar. Saulo não era em nada uma ovelhinha tenra e indefesa antes da sua conversão. Ali em plenas trevas eis que aquele homem mostrava seus “bramidos”, na ânsia de atacar e perseguir os filhos da luz. Mexer com um urso enfurecido é uma experiência que pode ser letal.
        Todos os crentes sabem e testemunham de como viviam; que em nada eram amigos do evangelho; que em nada amavam a Deus. Bastava um facho de luz da verdade para que a ferocidade do velho homem aparecesse. Os homens parecem amistosos, religiosos e pacíficos, enquanto a luz da verdade não chega perante seus olhos. Mas basta brilhar um pouco a glória de Cristo, eis que eles começam a mostrar seu intenso ódio e querem fugir da luz. O ladrão convertido era um terrível urso ao lado de outro urso. Ambos estavam prontos a zombar de Jesus, até que a graça se fez presente e atuante na vida daquele que foi chamado à salvação (Lucas 23). Todos os pregadores podem testemunhar que já lidaram com a ferocidade de homens que pareciam que jamais se converteriam a Cristo.
        É claro que nem sempre as perseguições são violentas. O que a bíblia fala no texto é do bramido do urso e não do ataque. Mas vale a pena lembrar aqui que essa reação vista no texto é natural contra o Senhor. Ele mesmo enfrentou a hostilizada e crueldade dos homens contra. Ele foi hostilizado pelos seus irmãos; quase foi massacrado pelos religiosos em Nazaré (Lucas 4:16-30). E foi assim seu ministério aqui, encontrando à frente oposição e adversários, até à sua morte. Os homens mudaram? Claro que não! Seus apóstolos enfrentaram os dentes e garras de ursos, querendo matá-los, e a história da igreja relata o sofrimento que tem passado o povo de Deus no decorrer dos séculos.
        Por que mesmo os pecadores que vão ser salvos reagem assim? Porque Deus está mostrando os homens no pecado; porque Deus está mexendo no “ninho de maribondos” por assim dizer. Os homens no pecado querem a todo custo proteger o ego. A misericórdia, o amor e o cuidado de Deus em nada fascinam os homens; o habitat deles é o mundo e arrancá-los de lá é como mexer com feras. Somente as setas de amor do Senhor para atingir os homens, para levá-los à queda e fazê-los sentir seus pecados e assim chegar à confissão e salvação.
                        “Ao perdido no pecado, seu perigo faze-o ver.
                  Chama os pobres enganados, faze-os tua voz ouvir.”



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