“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não
têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os
robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como
cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
Uma vez dada
uma pequena introdução creio que podemos avançar no conhecimento do texto,
conforme o que pudemos entender em seu contexto. O capítulo inteiro é Deus
mostrando a condição do seu povo eleito e como serão achados na salvação
mediante aquele que viria ao mundo. Tudo está em pleno acordo com aquilo que
nosso Senhor diz em Lucas 19:10: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar
o perdido”, bem como está acordo com aquilo que vemos em todas as manifestações
de salvação, conforme a revelação bíblica e conforme a nossa própria
experiência.
Então, o
verso acima nos revela o lugar de escuridão onde estão as almas e o
comportamento delas. Outro detalhe é que os eleitos mesmo estão relatando os
fatos, como se eles estivessem clamando, pedindo socorro: “Apalpamos as
paredes...”. Notemos bem que qualquer ambiente em completa escuridão torna-se
uma verdadeira prisão. Os pecadores são aqueles que realmente se encontram
perdidos, se veem perdidos e sendo assim não têm como achar um lugar de escape.
Os homens e mulheres que não veem sua perdição sem acharão no mundo mesmo um
lugar de escape, porque a esperança deles não está em Deus, mas sim no próprio
mundo. Mas não é o caso daqueles por quem Cristo morreu, porque pode passar
anos e eles viverão assim, cercados, aprisionados na esperança de luz vinda de
Deus aos seus corações.
Muitos
pensam que acharam luz e escape no dinheiro. Para os amantes das riquezas isso
parece ser verdade, mas não para os perdidos. Zaqueu tinha riquezas, mas se
sentia perdido e esperava chegar esse farol que iluminasse sua condição e lhe
resgatasse das trevas para a luz (Lucas 19:1-10). Foi assim com Raabe que
durante anos aguardou com ansiosa expectativa a chegada de mensageiros de Deus,
a fim de que ela pudesse mostrar sua fé no Deus de Israel, como de fato
aconteceu (Josué 2). Foi assim, também com aquela mulher adúltera, a qual viu a
luz brilhando com a oportunidade de atirar-se aos pés do Senhor e buscar nele
sua salvação (Lucas 7). Os perdidos por quem Cristo morreu são achados nessa
condição tão triste, a fim de que eles conheçam seu salvador.
Mas também, os perdidos estão sujeitos às
manobras do diabo neste mundo, porque aqui jamais faltarão as estratégias do
diabo, a fim de enganá-los, usando especialmente os falsos mestres. Os perdidos
buscam luz e quando aparece algum lampejo de salvação, eles vão à busca. Muitos
algumas vezes creem que acharam o lugar certo, mas logo percebem que foi caíram
numa cilada. Saulo desde pequeno viveu num ambiente religioso e para ele era o
lugar certo e era um devoto fiel aos ensinos e práticas do judaísmo, até que
foi salvo e teve sua visão da alma aberta para conhecer seu salvador e Senhor.
Assim,
milhares carregam nas mãos uma tocha acesa, pensando que encontraram a verdade;
muitos são despertados de repente e conseguem ver o quanto satanás tinha lhes
prendido em alguma coisa boa, que parecia ser verdade, mas era uma perigosa
armadilha. Quão maravilhoso, bondoso e paciente é o Senhor com seus eleitos! No
dia do seu poder eis que o Senhor sabe perfeitamente o que faz para salvar seu
povo e trazer a glória para ele mesmo. O grande autor da salvação jamais se
enfraqueceu em sua arte de salvar homens e mulheres mediante a incrível força
da sua graça.
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