“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não
têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os
robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como
cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
A triste
escuridão do pecado não somente evidencia-se na dúvida, como também nos
resultados na própria alma. Sem salvação a alma está desamparada, em plena
solidão porquanto vive sem Deus no mundo. Por essa razão os tristes resultados
certamente hão de aparecer. O mundo normalmente tem seus meios religiosos e
sociais, para promover felicidade aos homens. Normalmente os homens e mulheres
no pecado encontram meios para buscar refúgio aqui. A mulher de Ló queria
descer para Sodoma, pois lá era o lugar dela; a companhia de Sara e de Abraão
era por demais insuportável, para quem desprezava o Senhor. Demas pode ficar um
tempo com Paulo, mas a pressão interna era grande para buscar conforto e
alegria no presente século. Por essa razão abandonou o apóstolo e voltou para o
lugar onde sempre quis ficar. Balaão parecia ser um homem de Deus, com boas
intenções de agradar a Deus, mas o fascínio pelas riquezas foi poderosamente
mais forte, e se não fosse a mão de Deus, ele teria amaldiçoado Israel (Números
22,23,24).
Mas os
perdidos não veem qualquer luz aqui; a esperança deles está em Deus: “A minha
alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (Salmo 42:3). Em Isaías não estamos
lidando com os que perecem, mas sim com almas que foram despertadas por Deus.
Esse é o resultado da intervenção gloriosa do Espírito Santo, fazendo a
poderosa obra em vivificar pecadores em seus túmulos. Os resultados do pecado
no íntimo são sentidos na alma e com isso o anseio de buscar o lugar de escape.
Muitas são as almas oprimidas. Muitas não veem sentido nenhum naquilo que
pensavam ser a razão de viver nesta vida. Muitas percebem que não acharam aqui
nenhum lugar de repouso; a casa, o emprego, o ganho e todos os bens passam a
mostrar que em nada preenchem o vácuo que há lá dentro. Nada neste mundo pode
ocupar o lugar de Deus no coração; tudo o que parece ser uma aventura de gozo e
felicidade resulta em nada, porque a alma está vazia e as alegrias terrenas não
satisfazem o homem do coração. A alma sem Deus é como uma mulher desamparada e
o perdido confessa isso em seu modo de viver.
Também, os
perdidos podem manifestar seu desespero nas trevas, devido a solidão e falta de
paz. Satanás com muita habilidade consegue iludir os homens, levando-os a
buscar a paz consigo mesmo. Muitos pensam que acharam paz porque viajaram,
estão desfrutando da natureza e de outros meios que o mundo aqui oferece. Mas
este mundo é um vale os homens sempre estão sendo chamados de volta à
normalidade da vida. Tudo aqui passa; tudo aqui declara ser derrotado pelo
estigma da morte. As melhores bênçãos desta vida aqui estão sob a maldição do
pecado e passam rapidamente como fumaça, a fim de dar lugar ao sofrimento.
Também, a
solidão aparece na forma como a morte tem amordaçado as almas. Quando nosso
Senhor ressuscitou Lázaro, este saiu, mas tinhas mordaças prendendo-lhe a boca
e as mãos. A morte não tira facilmente as suas mãos de terror, mesmo que almas
sejam despertadas para a salvação em Cristo. Os perdidos não podem cantar, não
podem servir, não podem confessar. Zaqueu queria achar a porta de escape para
sua salvação eterna, até que pode ouvir o chamado do Senhor (Lucas 19:1-10). Os
perdidos evocam a presença do Salvador e Senhor, porque é ele quem pode entrar
para brilhar o lugar de escuridão, e assim trazer salvação poderosa aos
pecadores. Só ele pode quebrar os portões de bronze e as trancas de ferro.
Cristo veio ao mundo buscar essas almas perdidas! Não é uma notícia preciosa?
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