quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PERDIDOS NO PECADO (7)



                              
“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
        A triste escuridão do pecado não somente evidencia-se na dúvida, como também nos resultados na própria alma. Sem salvação a alma está desamparada, em plena solidão porquanto vive sem Deus no mundo. Por essa razão os tristes resultados certamente hão de aparecer. O mundo normalmente tem seus meios religiosos e sociais, para promover felicidade aos homens. Normalmente os homens e mulheres no pecado encontram meios para buscar refúgio aqui. A mulher de Ló queria descer para Sodoma, pois lá era o lugar dela; a companhia de Sara e de Abraão era por demais insuportável, para quem desprezava o Senhor. Demas pode ficar um tempo com Paulo, mas a pressão interna era grande para buscar conforto e alegria no presente século. Por essa razão abandonou o apóstolo e voltou para o lugar onde sempre quis ficar. Balaão parecia ser um homem de Deus, com boas intenções de agradar a Deus, mas o fascínio pelas riquezas foi poderosamente mais forte, e se não fosse a mão de Deus, ele teria amaldiçoado Israel (Números 22,23,24).
        Mas os perdidos não veem qualquer luz aqui; a esperança deles está em Deus: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (Salmo 42:3). Em Isaías não estamos lidando com os que perecem, mas sim com almas que foram despertadas por Deus. Esse é o resultado da intervenção gloriosa do Espírito Santo, fazendo a poderosa obra em vivificar pecadores em seus túmulos. Os resultados do pecado no íntimo são sentidos na alma e com isso o anseio de buscar o lugar de escape. Muitas são as almas oprimidas. Muitas não veem sentido nenhum naquilo que pensavam ser a razão de viver nesta vida. Muitas percebem que não acharam aqui nenhum lugar de repouso; a casa, o emprego, o ganho e todos os bens passam a mostrar que em nada preenchem o vácuo que há lá dentro. Nada neste mundo pode ocupar o lugar de Deus no coração; tudo o que parece ser uma aventura de gozo e felicidade resulta em nada, porque a alma está vazia e as alegrias terrenas não satisfazem o homem do coração. A alma sem Deus é como uma mulher desamparada e o perdido confessa isso em seu modo de viver.
        Também, os perdidos podem manifestar seu desespero nas trevas, devido a solidão e falta de paz. Satanás com muita habilidade consegue iludir os homens, levando-os a buscar a paz consigo mesmo. Muitos pensam que acharam paz porque viajaram, estão desfrutando da natureza e de outros meios que o mundo aqui oferece. Mas este mundo é um vale os homens sempre estão sendo chamados de volta à normalidade da vida. Tudo aqui passa; tudo aqui declara ser derrotado pelo estigma da morte. As melhores bênçãos desta vida aqui estão sob a maldição do pecado e passam rapidamente como fumaça, a fim de dar lugar ao sofrimento.
        Também, a solidão aparece na forma como a morte tem amordaçado as almas. Quando nosso Senhor ressuscitou Lázaro, este saiu, mas tinhas mordaças prendendo-lhe a boca e as mãos. A morte não tira facilmente as suas mãos de terror, mesmo que almas sejam despertadas para a salvação em Cristo. Os perdidos não podem cantar, não podem servir, não podem confessar. Zaqueu queria achar a porta de escape para sua salvação eterna, até que pode ouvir o chamado do Senhor (Lucas 19:1-10). Os perdidos evocam a presença do Salvador e Senhor, porque é ele quem pode entrar para brilhar o lugar de escuridão, e assim trazer salvação poderosa aos pecadores. Só ele pode quebrar os portões de bronze e as trancas de ferro. Cristo veio ao mundo buscar essas almas perdidas! Não é uma notícia preciosa?

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