“Para que se eu
tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja
do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Timóteo 3:15)
A IGREJA – SUA
PROCEDÊNCIA: “...igreja do Deus vivo...”
Creio que esse texto de 1 Timóteo deve
ser encarado com profundo temor por nós. A igreja de Deus não é um clube, nem
mesmo deveria ser chamado de igreja, um lugar onde Deus não está sendo adorado,
amado e temido por aqueles que ali frequentam. Então, cabe a nós considerarmos
essas palavras do apóstolo, à luz do que está ocorrendo em nossos dias. Já
pudemos ver que a igreja é a casa de Deus, o lugar onde Deus habita no meio do
seu povo, assim como funcionava o tabernáculo e o templo no Velho Testamento.
O texto, também nos mostra que a igreja
tem uma procedência, porque é chamada de “igreja do Deus vivo...”. Que texto
tão revelador! Quando uma igreja não cumpre os propósitos bíblicos e santos,
eis que ela não está demonstrando que sua procedência é de Deus. Significa que
parece mais uma sinagoga do diabo e que não é reconhecida pelo Senhor. Onde o
Senhor não está presente em sua santidade, poder, verdade e glória, é certo que
satanás está ali presente. Esse lugar é próprio para os propósitos da carne, do
mundo e das mentiras religiosas que satanás inventa, mesmo que citem ali o nome
de Deus e textos bíblicos sejam lidos. Para Deus não há meio termo, pois o
Senhor que manifesta ao seu povo é o grande Amém, conforme ele se apresenta à
soberba igreja de Laodicéia (Apocalipse 3).
De onde veio a igreja? O texto responde:
“...igreja do Deus vivo...”. A lição é que é ela veio de Deus e não dos homens.
Os homens podem construir templos, fundar religiões, mas não podem gerar a
igreja. Não há qualquer poder nos homens para erigir a igreja, porque ela resulta
do poder de Deus, dos mistérios e do amor eterno de Deus. Observemos a entrada
de Paulo ali na cidade de Tessalônica, (1 Tessalonicenses 1), como chegou ali
com Silas, e no poder de Deus pregou o evangelho. Como algo extraordinário
ocorreu. O que tinha ali naquela cidade, senão cultos e mais cultos aos ídolos,
vícios, prostituições e outras
atividades provenientes do pecado e do diabo. Mas eis que de repente o
poder do Espírito de Deus entrou ali e almas começaram a se converter de todo
coração, e provaram isso porque no verso 9 Paulo afirma que eles deixaram seus
ídolos e se converteram ao Deus vivo, para que seus corações enchessem de
esperança pela volta de Cristo (verso 10).
O que aconteceu naquela cidade foi obras
de homens como Paulo e Silas? Claro que não! Quem é o homem para converter
pecadores a Deus? Aqueles homens eram instrumentos, porta-vozes de Deus, mas a
obra foi totalmente do Senhor, a fim de arrancar pecadores pela graça, da condição
aviltante onde o pecado lhes colocou. Mas veja bem no mesmo capítulo que Paulo
estava impressionado, porque reconheceu que aqueles convertidos eram de fato
eleitos de Deus (1:4). Isso mostra que a igreja foi um projeto eterno de Deus,
que partiu desse amoroso e gracioso Senhor, a fim de arrancar milhares e
milhares da miséria, escravidão e condenação do pecado. Qualquer atitude de
arrogância de Paulo seria tratada com rigor, e o apóstolo sabia bem que era
Deus quem fez aquela majestosa obra.
O Senhor Jesus mesmo afirmou: “ E eu
edificarei a minha igreja...” (Mateus 16:18). Antes de partir para Roma e ser
morto ali, Paulo chama os pastores das igrejas de Éfeso, mostrando que eles são
responsáveis em cuidar da igreja do Deus vivo, igreja que ele resgatou com seu
sangue (Atos 20:28). Que responsabilidade! A igreja é composta de genuínos e
sinceros crentes, pessoas que se arrependeram e que se converteram a Deus. Isso
é milagre, porque não há qualquer possibilidade para que os homens tomem essa
decisão, a não ser que Deus mesmo os chame para Si, no poder da sua graça.
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