“A garganta deles é
sepulcro aberto, com a língua urdem engano...” (Romanos 3:13).
O REFLEXO DO PECADO
NA LINGUA: “com a língua...”
Amado leitor, quero lhe convidar, para
que juntos entremos nessa “sala de aula” da graça e que realmente interessemos
por essa matéria que trata da depravação total. Veja como Deus vê o homem por
dentro; como o Senhor “rasga” a garganta, a fim de mostrar o que sai do
coração; como os sintomas do pecado se manifestam por meio da língua. Sei que
se chegarmos de todo coração realmente aprenderemos, conheceremos o que
significa o temor do Senhor e aprenderemos o que significa gratidão por tudo o
que Ele em Sua graça fez por nós.
O que significa “...urdem engano...”?
Quero mostrar conforme as Escrituras como surgem os princípios do pecado. O que
vemos por fora normalmente esconde a realidade interna. Normalmente as
iniquidades escondem suas “unhas” quando aparecem; normalmente as transgressões
tentam agir como Jezabel, “...pintou em volta dos olhos e enfeitou a cabeça...”
(2 Reis 9:30). Quando o pecado aparece é comum vir como um glacê, enfeitando
superficialmente o bolo envenenado. Quando Davi viu no íntimo a malignidade do
seu pecado, o que houve por fora foi uma manifesta aflição (Salmo 51). Foi a
partir desse conhecimento da vileza e malignidade do pecado no íntimo, que o
Salmista orou no Salmo 139, a fim de que o Senhor sondasse o seu coração e
trouxesse à lume tudo o que estava oculto.
Por que os homens modernos nada sabem
acerca de suas maldades? É justamente por isso, porque quando eles se
manifestam por fora estão bem trajados de egoísmo e de desculpas. Os homens não
sabem o quanto a maldade que sai do coração é venenosa, cheia de mentiras, de
planos perversos e de malícias e dolos. Porque as pessoas não conseguem ver a
realidade do coração, eis que a natureza maligna do pecado age como se Deus
também pudesse ser iludido. Não foi assim com a perversa Jezabel quando
planejou matar Nabote? (1 Reis 21). Imediatamente seus malignos planos surgiram
e foram postos em ação, mas apareceram trajados de justiça e piedade. Foi assim
também com Amnon, o qual queria a todo custo tirar a virgindade de Tamar, sua
meia irmã. Todo planejamento foi feito de tal maneira, para que ninguém
percebesse a maldade desse ato criminoso e cheio de vileza (2 Samuel 13).
Caro leitor, que sejamos tomados de
verdadeiro temor, pois desde o útero de nossa mamãe viemos com toda disposição
para a mentira: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se
desencaminham, proferindo mentiras” (Salmo 58:3). Notemos bem que essas
disposições malignas não aparecem por causa do ambiente em que ela vivem; não
surgem porque aprenderam com os pais ou com amizades perversas. Elas já nascem
com isso e vem à tona assim que crescem. Quando a Bíblia manda os pais usarem a
vara da correção, a finalidade é arrancar essas estultícias do coração da
criança. Quando elas se tornam notoriamente depravadas e perversas é porque
essas coisas com as quais nasceram estão aí prontas para usar mãos, pés, boca,
etc.
Caro amigo, uma serpente não precisa
crescer para ter veneno. Ela já nasce venenosa. Assim também os homens já nascem
com essa disposição de “urdir engano”. Homens e mulheres já entraram neste
mundo com toda disposição de mentir, rebelar-se contra os pais, odiar, invejar,
trapacear e prejudicar aos seus semelhantes. É exatamente isso o que o texto
acima nos diz: “...com a língua urdem engano...”.
E você amigo, pode entender essa
verdade? Pode reconhecer as façanhas do coração? Quem pode mudar isso? Quem
pode nos arrancar dessa trágica situação na qual o pecado nos colocou? Somos
melhores? Não! Graças a Deus, porque Ele enviou Seu Filho ao mundo para que
fôssemos arrancados dessa condição tão triste!
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