segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A FAMÍLIA DO SENHOR (11)


“Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12:50).
A GLORIOSA E ETERNA FAMÍLIA: “...esse é meu irmão, irmã e mãe”
        Amado leitor, vamos agora dar os toques finais nessas lições, colocando nelas o sabor doutrinário, caso contrário nada teremos, senão palavras ditas por homens e não por Deus. Comparemos bem a família de Deus com a família terrena, daqui. É claro que de cara sabemos que na família de Deus não há mãe. A Bíblia não tolera o ensino de Maria como mãe de Deus, porque em nada está condizente com a verdade bíblica, e tal ensino não passa de blasfêmia. Mas não quero deter-me com isso.
        A família eterna e gloriosa que irá encher a Nova Jerusalém, essa família tem um Pai glorioso. Note bem, caro leitor, que é especialmente no livro de João que Jesus trata desse assunto, justamente porque é nesse evangelho que Ele é apresentado como o Filho de Deus. É em João 3:16 que nosso Senhor é apresentado como o “Filho unigênito”, por que? A resposta claramente aparece após a Sua morte e ressurreição, pois em Romanos 8 Ele é apresentado como o Primogênito entre muitos irmãos. Veja que o Unigênito passa a ser o Primogênito, pois Sua intenção ao vir ao mundo foi para levar muitos filhos à glória (Hebreus 2:10).
        Então, os crentes são os legítimos filhos de Deus, pertencentes à família de Deus; foram arrancados da condição de escravos, filhos da ira, a fim de se tornarem filhos gerados por Deus, segundo a vontade de Deus e pelo poder do Espírito Santo e da Palavra (João 3). Outra passagem que nos traz maior esclarecimento quanto a isso aparece em João após a ressurreição do Senhor, quando Ele diz à Maria: “...mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (João 20:17). Essas são algumas passagens que esclarecem o fato que os crentes em Cristo, assim como os discípulos Dele são chamados por Ele de “meus irmãos”. E que o Pai Dele é chamado de “vosso Pai”.
        Ora, como essa verdade é tão esclarecedora! Deus não tem filhos adotivos, assim como acontece no sistema de adoção aqui no Brasil. Deus tem filhos gerados por Ele, mediante o poder Dele mesmo. No céu não há lugar para pessoas não nascidas de novo; na casa do Pai há moradas para Seus filhos. Então, é nesse espírito que os crentes tem completa autoridade para falar com Deus, chamando-O de Pai; pode agora experimentar Seu amor, Sua disciplina, Sua santidade, Sua provisão e Seu contínuo cuidado. Quem mais pode experimentar isso? Ninguém mais! Deus não tem promessas, a não ser para Sua família, para aqueles que foram comprados pelo sangue remidor do Filho.
        Então querido amigo, a primeira lição é que você precisa se livrar de qualquer tentativa de passar por cima do que está escrito. Não tente forçar a situação; não tente dizer que agora é um filho de Deus, se ainda não nasceu de novo; não pense que alguém é aceito por Deus, porque sente que é assim, porque frequenta uma igreja, ou mesmo porque nasceu numa família evangélica. Nada disso pode mudar o que está escrito. Nós, por natureza somos filhos da ira, fomos gerados no pecado e por isso somos filhos do diabo (João 8:44).
        O que o evangelho vem dizer aos pecadores? “Arrependei-vos!” Tem outra mensagem? Claro que não! Deus ordena a todos e em todos os lugares, que se arrependam (Atos 17:30). Por quê? Porque é no arrependimento que o Senhor desce para falar aos corações contritos e quebrantados. É nesse lugar de corações dilacerados pela culpa do pecar que Deus chega para falar e operar maravilhas de Sua tão grande salvação.

        Bem pode ser que haja alguém assim, e que agora mesmo pode ouvir a doce voz do Salvador a chamar-lhe à salvação.  

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