segunda-feira, 23 de novembro de 2015

AS BEM-AVENTURANÇAS I - OS POBRES (8)


“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-9)
AS BOAS NOVAS AOS POBRES: “Bem-aventurados...”.
        Caro leitor, quando o homem é visto como “pobre de espírito” é quando em sua alma ele vê seu total desespero perante Deus, sua miséria, completamente desamparado, sem Deus neste mundo e perdido em seus pecados. O “pobre de espírito” é aquele que nada vê de justiça em si mesmo; nada tem em si que o faz merecer qualquer coisa de Deus. É aquele que reconhece seus pecados, que olha para trás e vê seu caminho tão tortuoso, o quanto foi um transgressor e ofensor perante. Tal pessoa não tem como discutir, não tem o que falar e sabe que ao final de sua existência terrena, seu lugar merecido é a penalidade eterna.
        Caro leitor, não há qualquer possibilidade para que o homem por si mesmo venha a si tornar um pobre de espírito. A função do pecado é tornar o coração arrogante e fazer com que cada ser humano se considere um semideus. O homem sozinho em seus pecados tem a maior satisfação de viver no pecado e de morrer no pecado. Então, quando é achado alguém que está conhecendo sua própria humilhação, certamente é o trabalho do próprio Deus, em Sua compaixão pelos pecadores, conforme as claras palavras do Senhor Jesus em João 6:44: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer...”.
        Então caro leitor, isso acontece quando nossos olhos espirituais são abertos; quando passamos a ver tudo à luz da glória de Deus; quando a luz do céu brilha no coração e tudo é trazido à luz das realidades eternas. Veja os homens, veja como eles estão mortos para Deus! Veja como nada neles funciona para aquilo que vai durar eternamente; veja como tudo neles funciona em torno desta vida aqui; veja como suas bocas falam apenas insensatez e revelam o quanto seus corações estão sujos e corrompidos. Veja como todos eles estão aprisionados nas paredes do tempo, sem entender que tiveram uma entrada e vão ter uma saída. Nem mesmo a morte pode alertar os corações, pois o engano do pecado no íntimo os faz pensar que a própria morte lhes trará o bem e o descanso que eles acreditam que merecem.
        Então amigo leitor, se alguém afirma que é salvo, mas o viver é marcado de orgulho, de amor ao mundo e de um viver independente de Deus, sem qualquer prazer por coisas espirituais, tal alma deve saber que jamais conheceu o que realmente significa ser “pobre de espírito”. Essa pessoa pode ser bem-aventurada aqui, pode ser bem sucedida entre os homens; pode ser bem aceita e tida como feliz. Mas a verdade é que Deus não a vê como sendo “bem-aventurada”.  Pelo contrário, ela não passa de um infeliz, miserável, que marcha em sua cegueira para as trevas eternais. Homens e mulheres que amam esta vida mundana, tão marcada para o juízo de Deus, certamente nada vão querer dos céus.
        Ora, as promessas de Deus visam homens e mulheres achados por Deus em extrema pobreza espiritual. O Senhor não tem consigo promessas mundanas, de melhorar a vida aqui, de atender as solicitações carnais de homens e mulheres gananciosos. Satanás é o deus deste sistema enganoso e ele faz promessas enganosas aos que perecem em seus pecados.

        Mas pode ser que tem alguma alma aflita e cheia de temor em seu coração agora; alguém que busca a verdade como se busca um tesouro; alguém que anseia a salvação, como se estivesse em intensa sede à busca de água. Sabe, a mensagem é para você, porque os olhos do Salvador estão fixados em você agora para lhe salvar. O Senhor tem prazer em achar pecadores assim, porque a provisão de Cristo vem do céu para homens e mulheres que agora anseiam a salvação. 

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