“Bem-aventurados os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-9)
AS BOAS NOVAS AOS
POBRES: “Bem-aventurados...”.
Caro leitor, quando o homem é visto como
“pobre de espírito” é quando em sua alma ele vê seu total desespero perante
Deus, sua miséria, completamente desamparado, sem Deus neste mundo e perdido em
seus pecados. O “pobre de espírito” é aquele que nada vê de justiça em si
mesmo; nada tem em si que o faz merecer qualquer coisa de Deus. É aquele que
reconhece seus pecados, que olha para trás e vê seu caminho tão tortuoso, o
quanto foi um transgressor e ofensor perante. Tal pessoa não tem como discutir,
não tem o que falar e sabe que ao final de sua existência terrena, seu lugar
merecido é a penalidade eterna.
Caro leitor, não há qualquer
possibilidade para que o homem por si mesmo venha a si tornar um pobre de
espírito. A função do pecado é tornar o coração arrogante e fazer com que cada
ser humano se considere um semideus. O homem sozinho em seus pecados tem a
maior satisfação de viver no pecado e de morrer no pecado. Então, quando é
achado alguém que está conhecendo sua própria humilhação, certamente é o
trabalho do próprio Deus, em Sua compaixão pelos pecadores, conforme as claras
palavras do Senhor Jesus em João 6:44: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me
enviou não o trouxer...”.
Então caro leitor, isso acontece quando
nossos olhos espirituais são abertos; quando passamos a ver tudo à luz da
glória de Deus; quando a luz do céu brilha no coração e tudo é trazido à luz
das realidades eternas. Veja os homens, veja como eles estão mortos para Deus!
Veja como nada neles funciona para aquilo que vai durar eternamente; veja como
tudo neles funciona em torno desta vida aqui; veja como suas bocas falam apenas
insensatez e revelam o quanto seus corações estão sujos e corrompidos. Veja como
todos eles estão aprisionados nas paredes do tempo, sem entender que tiveram
uma entrada e vão ter uma saída. Nem mesmo a morte pode alertar os corações,
pois o engano do pecado no íntimo os faz pensar que a própria morte lhes trará
o bem e o descanso que eles acreditam que merecem.
Então amigo leitor, se alguém afirma que
é salvo, mas o viver é marcado de orgulho, de amor ao mundo e de um viver
independente de Deus, sem qualquer prazer por coisas espirituais, tal alma deve
saber que jamais conheceu o que realmente significa ser “pobre de espírito”.
Essa pessoa pode ser bem-aventurada aqui, pode ser bem sucedida entre os
homens; pode ser bem aceita e tida como feliz. Mas a verdade é que Deus não a
vê como sendo “bem-aventurada”. Pelo
contrário, ela não passa de um infeliz, miserável, que marcha em sua cegueira
para as trevas eternais. Homens e mulheres que amam esta vida mundana, tão
marcada para o juízo de Deus, certamente nada vão querer dos céus.
Ora, as promessas de Deus visam homens e
mulheres achados por Deus em extrema pobreza espiritual. O Senhor não tem
consigo promessas mundanas, de melhorar a vida aqui, de atender as solicitações
carnais de homens e mulheres gananciosos. Satanás é o deus deste sistema
enganoso e ele faz promessas enganosas aos que perecem em seus pecados.
Mas pode ser que tem alguma alma aflita
e cheia de temor em seu coração agora; alguém que busca a verdade como se busca
um tesouro; alguém que anseia a salvação, como se estivesse em intensa sede à
busca de água. Sabe, a mensagem é para você, porque os olhos do Salvador estão
fixados em você agora para lhe salvar. O Senhor tem prazer em achar pecadores
assim, porque a provisão de Cristo vem do céu para homens e mulheres que agora
anseiam a salvação.
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