“Todos se
extraviaram, à uma se fizeram inúteis...” (Romanos 3:12)
A
INDIVIDUALIDADE DO PECADO: “todos e cada um”
Caro leitor, ontem dei início sobre a
individualidade do pecado, porque é claro que Deus lida com cada ser humano
como indivíduo responsável pelos seus atos. Falei que na decisão em Adão cada
um seguiu o seu próprio caminho, a sua própria maneira de pensar e assim cada
alma um dia chegará a ajuntar a todos e verá o terrível destino para onde o
pecado os leva.
A individualidade indica que cada um
segue seu próprio pensamento, pensa como quer pensar, vive como quer viver e no
íntimo acha que é livre para curtir esta vida e chegar ao ápice da glória
terrena. O próprio pecado enche o coração do desejo de ser igual a Deus. A
individualidade no pecado mostra que mesmo agindo assim, eis que todos são
unânimes num só propósito de recusar Deus. O plano diabólico para este mundo é
o ecumenismo e isso satanás consegue, porque a mentira religiosa pode se unir
como um só corpo e um só coração; todos dão as mãos e tributam louvores às suas
mentiras. Não foi assim na Babilônia? (Daniel 3). Ali estavam juntos todos os
funcionários públicos e cada um seguia seu deus e sua própria religião, mas
quando foi ordenado a adorar a estátua de ouro erigida por Nabucodonosor, eis
que imediatamente a multidão se inclinou e mostrou estar unânimes num só
propósito, exceto os três jovens crentes, amigos de Daniel.
A individualidade indica que haverá
discórdia entre eles, mas essa discórdia é resultado do ódio, de intenções
perversas e de disposição de prevaricar contra o próximo. Os homens no pecado,
quando são soltos se tornam como feras prontas para esmagar uns aos outros. O
cap. 20 de 2 Crônicas narra aquele episódio, quando algumas nações se uniram
num só propósito em atacar Jerusalém e destruí-la, mas o que ocorreu foi que
com as orações do rei Josafá e do povo, eis que Deus simplesmente soltou as
feras do mal enjauladas naqueles corações, então, imediatamente entraram em
conflitos uns contra os outros, e assim exterminaram a eles mesmos, sem
qualquer ação bélica por parte de Israel.
A história e as notícias do dia a dia
mostram como este mundo é maligno e perverso, pois os filhos das trevas são
inimigos entre eles mesmos; brigam, lutam, assassinam e realmente sentem
tremendo ódio. O mundo parece ser unido, mas essa unidade só acontece por um
tempo. O reino do pecado não pode criar amor, harmonia e disposição para atos
de justiça. O próprio pecado é em si mesmo um caldeirão que ferve de contendas
e inimizades, com cada um querendo passar á frente e esmagar seu próximo. O
mundo é assim, não tem ambiente adequado para formação em pureza, santidade,
amor genuíno e justiça; no mundo cada pessoa busca sua própria glória, por isso
todo esforço em buscar o bem termina em completa falácia.
Como provar isso? Note bem a
individualidade do pecado no modo de agir do homem não salvo. Veja como não há
um Senhor em sua vida; que não há disposição para servir a Deus e viver
unicamente para a glória Dele. Em seu caminhar o indivíduo não carece de Deus;
não vê qualquer problema à frente; não vê os terríveis perigos individuais.
Tudo o que ele tem e o que quer é conquista dele mesmo; não há lugar para
adoração a Deus; não há lugar para dar graças àquele que tudo nos deu e nos
proporciona com incrível riqueza. O viver no pecado é viver só, sem Deus no
mundo; é viver por si e para si mesmo.
Mas quão diferente é um coração
regenerado pela graça! Um salvo imediatamente passa a andar com Deus neste
mundo, pois a alma passa a ver este mundo com os olhos espirituais abertos;
passa a ver quão louco e cego foi no passado.
Ó tão cego eu andei e perdido
vaguei, longe, longe do meu Salvador!
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