terça-feira, 3 de novembro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO IV. “Todos se extraviaram...” (3)


“Todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis...” (Romanos 3:12)
A INDIVIDUALIDADE DO PECADO: “todos e cada um”
        Caro leitor, ontem dei início sobre a individualidade do pecado, porque é claro que Deus lida com cada ser humano como indivíduo responsável pelos seus atos. Falei que na decisão em Adão cada um seguiu o seu próprio caminho, a sua própria maneira de pensar e assim cada alma um dia chegará a ajuntar a todos e verá o terrível destino para onde o pecado os leva.
        A individualidade indica que cada um segue seu próprio pensamento, pensa como quer pensar, vive como quer viver e no íntimo acha que é livre para curtir esta vida e chegar ao ápice da glória terrena. O próprio pecado enche o coração do desejo de ser igual a Deus. A individualidade no pecado mostra que mesmo agindo assim, eis que todos são unânimes num só propósito de recusar Deus. O plano diabólico para este mundo é o ecumenismo e isso satanás consegue, porque a mentira religiosa pode se unir como um só corpo e um só coração; todos dão as mãos e tributam louvores às suas mentiras. Não foi assim na Babilônia? (Daniel 3). Ali estavam juntos todos os funcionários públicos e cada um seguia seu deus e sua própria religião, mas quando foi ordenado a adorar a estátua de ouro erigida por Nabucodonosor, eis que imediatamente a multidão se inclinou e mostrou estar unânimes num só propósito, exceto os três jovens crentes, amigos de Daniel.
        A individualidade indica que haverá discórdia entre eles, mas essa discórdia é resultado do ódio, de intenções perversas e de disposição de prevaricar contra o próximo. Os homens no pecado, quando são soltos se tornam como feras prontas para esmagar uns aos outros. O cap. 20 de 2 Crônicas narra aquele episódio, quando algumas nações se uniram num só propósito em atacar Jerusalém e destruí-la, mas o que ocorreu foi que com as orações do rei Josafá e do povo, eis que Deus simplesmente soltou as feras do mal enjauladas naqueles corações, então, imediatamente entraram em conflitos uns contra os outros, e assim exterminaram a eles mesmos, sem qualquer ação bélica por parte de Israel.
        A história e as notícias do dia a dia mostram como este mundo é maligno e perverso, pois os filhos das trevas são inimigos entre eles mesmos; brigam, lutam, assassinam e realmente sentem tremendo ódio. O mundo parece ser unido, mas essa unidade só acontece por um tempo. O reino do pecado não pode criar amor, harmonia e disposição para atos de justiça. O próprio pecado é em si mesmo um caldeirão que ferve de contendas e inimizades, com cada um querendo passar á frente e esmagar seu próximo. O mundo é assim, não tem ambiente adequado para formação em pureza, santidade, amor genuíno e justiça; no mundo cada pessoa busca sua própria glória, por isso todo esforço em buscar o bem termina em completa falácia.
        Como provar isso? Note bem a individualidade do pecado no modo de agir do homem não salvo. Veja como não há um Senhor em sua vida; que não há disposição para servir a Deus e viver unicamente para a glória Dele. Em seu caminhar o indivíduo não carece de Deus; não vê qualquer problema à frente; não vê os terríveis perigos individuais. Tudo o que ele tem e o que quer é conquista dele mesmo; não há lugar para adoração a Deus; não há lugar para dar graças àquele que tudo nos deu e nos proporciona com incrível riqueza. O viver no pecado é viver só, sem Deus no mundo; é viver por si e para si mesmo.  
        Mas quão diferente é um coração regenerado pela graça! Um salvo imediatamente passa a andar com Deus neste mundo, pois a alma passa a ver este mundo com os olhos espirituais abertos; passa a ver quão louco e cego foi no passado.

                Ó tão cego eu andei e perdido vaguei, longe, longe do meu Salvador!

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