“Bem-aventurados os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-9)
OS POBRES DE
ESPÍRITO.
Caro amigo, chegou o momento para que
conheçamos de fato quem são os “pobres de espírito”. Veja bem que nosso Senhor
não começa com outro título, porque Ele está anunciando o que vem do reino dos
céus e os que farão parte desse reino são pessoas pobres, homens e mulheres que
nada têm. Mas importa que encaremos essas verdades do ponto de vista de Deus e
não deste sistema mundano tão divorciado da verdade.
Se seguirmos a verdade conforme as
Escrituras, certamente teremos que examinar o que significa pobreza para Deus.
Esqueçamos do que o mundo pensa e fala acerca de pobreza, porque é certo mundo
sempre vai pensar nos aspectos materiais e sociais. Ora, nosso Senhor enfrentou
essa situação, porque em Sua bondade Ele serviu ao povo também nesses aspectos,
mas tudo tinha uma finalidade: mostrar as realidades eternas. Nosso Senhor não
veio para aliviar o jugo da pobreza que estava sobre o povo de Israel naqueles
dias. Ele jamais saiu para publicar que queria curar, ressuscitar, multiplicar
pães, etc. Sua missão era eterna, por isso veio não somente trazer coisas
eternas, coisas do reino dos céus, como também veio lidar com os homens no
coração.
Então, a verdadeira pobreza vista por
Deus é o estado de espírito do homem e não sua condição física e social. Em
tudo Sua linguagem sempre foi usada para comparar aquilo que passa com aquilo
que dura para sempre. Ele falou de pão, mas para mostrar a necessidade dos
homens do pão eterno (João 6:35); quando falou de água tinha a intenção de
mostrar aquilo que a alma precisa e não o corpo, conforme a linguagem falada à
mulher Samaritana: “Quem beber desta água tornará a ter sede” (João 4:13).
Então, posso resumir dizendo que a
verdadeira pobreza vista por Deus é a pobreza espiritual e não da carne; é o
descobrimento no íntimo de sua miséria e completa ausência das coisas eternas;
é a alma se vendo sem qualquer alimento eterno, sem qualquer água eterna e sem
qualquer bem eterno. A palavra “pobre” realmente quer dizer pobreza mesmo.
Vemos algumas pessoas pobres, mas que ainda tem algo para comer e água para
beber. Mas quanto ao “pobre de espírito”, ele de fato nada tem, está
completamente desamparado e clamando por Deus. É pobreza total, é completa
falácia.
Agora a pergunta que segue é: “Como o
homem pode chegar a conhecer essa condição de sua alma?”. É claro que nada
podemos esperar dos homens, que eles vão de repente sentir sua miséria e clamar
a Deus. Por natureza o homem é altivo e presunçoso em relação a Deus. O efeito
mais alarmante do pecado é a soberba (Habacuque 2:4) e até à sua morte o homem
será assim; nem mesmo sofrimentos e dores podem arrancar os homens dessa
atitude vil de desafiar a Deus, a fim de viver como bem quer. Conheci pessoas
nunca situação que causava dó; muitos sem dinheiro, sem comida e sem amparo,
mas no tocante a Deus, eis que seus corações eram completamente endurecidos e
arrogantes.
Pensemos e meditemos nisso, mas o fato é
a graça de Deus vem com Suas riquezas do céu à terra para encher homens e
mulheres paupérrimos dessas maravilhas. Digo mais, que o Senhor tem prazer em
ver homens e mulheres nessa condição; Ele desce do céu para falar com pessoas
assim; Ele age como o pai quando foi ao encontro do filho pródigo e o recebeu
com muita alegria. As bem-aventuranças são boas novas para homens e mulheres
assim, nessa condição.
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