terça-feira, 24 de novembro de 2015

AS BEM-AVENTURANÇAS I - OS POBRES (9)


“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-9)
A GRANDE E GLORIOSA PROMESSA: “...deles é o reino dos céus...”
        Meu amado leitor, com que prazer posso encerrar o pequeno comentário acerca dessa primeira bem-aventurança. Minha oração é que os leitores que realmente amam a Palavra de Deus venham a entender essas verdades, como todas as oito bem-aventuranças estão ligadas e harmonizadas; como elas resumem o poderoso trabalho transformador do evangelho nas vidas de homens e mulheres.
        Também, as bem-aventuranças fazem completo contraste com a mensagem ecumênica e humanista de nossos dias. Enquanto esse evangelho está em seu auge, eis que a multidão vive na alegria mundana; nada vemos em nossos dias de homens e mulheres mostrando que estão no íntimo sentindo a miséria do pecado em suas vidas. Nada vemos de homens e mulheres pobres de espírito; até mesmo nas igrejas vemos festas, alegrias, shows, etc., mas nada de temor resultante de humilhação perante Deus e Sua verdade.
        Mas o leitor atento há de perceber que a primeira bem-aventurança abre a porta do evangelho com a chave de ouro, da rica promessa do reino dos céus: “...deles é o reino dos céus”. Ora, o reino dos céus faz completo contraste com o reino deste mundo, mesmo que este seja muito bonito, religioso e aparentemente espiritual. O reino deste mundo tem satanás como seu líder espiritual e disfarçado de deus. O reino deste mundo traz as promessas deste mundo e envolve as multidões com aquilo que os olhos veem e os ouvidos físicos podem ouvir. O mundo sempre foi assim, sempre satanás lutou para oferecer um mundo melhor, um estilo de vida que satisfaz os homens aqui. Sempre as multidões em toda história e em todos os lugares buscaram servir ao pai da mentira em troca de suas vantagens ocas e miseráveis aqui.
        Mas, qual é a promessa que vem de Deus aos pobres de espírito? “...deles é o reino dos céus”. Enquanto satanás oferece seu paraíso mundano aos corações cheios de soberba e ambições terrenas, eis que a promessa do evangelho aos pecadores humilhados, arrependidos é que “...deles é o reino dos céus”. A diferença é grande. Quando os homens passam a conhecer a miséria aqui, é porque Deus tem para eles as glórias celestiais. As normas da graça funcionam assim: Primeiro vem a pobreza espiritual, para obter riquezas espirituais; primeiro vem a humilhação, a fim de ser elevado à glória celeste. Primeiramente aparece a tristeza, para depois surgir a verdadeira alegria; primeiro o pranto no coração, depois a eterna felicidade.  
        Sendo assim, eis que venho afirmar que qualquer mensagem evangélica que evoca riquezas aqui é cheia de veneno e tem satanás como inspirador. Nada contra as riquezas, nada contra a prosperidade material. Mas o evangelho bíblico não trata disso, essas coisas não são essenciais, elas são periféricas. O evangelho bíblico chega ao coração, à alma, enquanto o evangelho moderno atinge o aspecto físico e psicológico dos homens. Quando homens são atingidos pela mensagem do céu e passam a conhecer as riquezas eternas, eis que tudo o que é material começa a ocupar o devido lugar aqui. Quando homens e mulheres são santificados na salvação, eis que os valores materiais são usados adequadamente. Quando Zaqueu se converteu, ele não jogou suas riquezas fora, mas passou a usá-las de forma adequada, a fim de servir aos seus semelhantes.

        Mas, toda ênfase nas bem-aventuranças é dada ao evangelho do reino dos céus, porque a mensagem que os verdadeiros “pobres de espírito” querem ouvir é a mensagem do alto; eles querem ouvir a voz de Deus e não de falsos mestres; seus corações anseiam por aquilo que é permanente, e não por aquilo que é transitório. 

Nenhum comentário: