“Bem-aventurados os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-9)
A GRANDE E GLORIOSA
PROMESSA: “...deles é o reino dos céus...”
Meu amado leitor, com que prazer posso
encerrar o pequeno comentário acerca dessa primeira bem-aventurança. Minha
oração é que os leitores que realmente amam a Palavra de Deus venham a entender
essas verdades, como todas as oito bem-aventuranças estão ligadas e
harmonizadas; como elas resumem o poderoso trabalho transformador do evangelho
nas vidas de homens e mulheres.
Também, as bem-aventuranças fazem
completo contraste com a mensagem ecumênica e humanista de nossos dias.
Enquanto esse evangelho está em seu auge, eis que a multidão vive na alegria
mundana; nada vemos em nossos dias de homens e mulheres mostrando que estão no
íntimo sentindo a miséria do pecado em suas vidas. Nada vemos de homens e
mulheres pobres de espírito; até mesmo nas igrejas vemos festas, alegrias,
shows, etc., mas nada de temor resultante de humilhação perante Deus e Sua
verdade.
Mas o leitor atento há de perceber que a
primeira bem-aventurança abre a porta do evangelho com a chave de ouro, da rica
promessa do reino dos céus: “...deles é o reino dos céus”. Ora, o reino dos
céus faz completo contraste com o reino deste mundo, mesmo que este seja muito
bonito, religioso e aparentemente espiritual. O reino deste mundo tem satanás
como seu líder espiritual e disfarçado de deus. O reino deste mundo traz as
promessas deste mundo e envolve as multidões com aquilo que os olhos veem e os
ouvidos físicos podem ouvir. O mundo sempre foi assim, sempre satanás lutou
para oferecer um mundo melhor, um estilo de vida que satisfaz os homens aqui.
Sempre as multidões em toda história e em todos os lugares buscaram servir ao
pai da mentira em troca de suas vantagens ocas e miseráveis aqui.
Mas, qual é a promessa que vem de Deus
aos pobres de espírito? “...deles é o reino dos céus”. Enquanto satanás oferece
seu paraíso mundano aos corações cheios de soberba e ambições terrenas, eis que
a promessa do evangelho aos pecadores humilhados, arrependidos é que “...deles
é o reino dos céus”. A diferença é grande. Quando os homens passam a conhecer a
miséria aqui, é porque Deus tem para eles as glórias celestiais. As normas da
graça funcionam assim: Primeiro vem a pobreza espiritual, para obter riquezas
espirituais; primeiro vem a humilhação, a fim de ser elevado à glória celeste.
Primeiramente aparece a tristeza, para depois surgir a verdadeira alegria;
primeiro o pranto no coração, depois a eterna felicidade.
Sendo assim, eis que venho afirmar que
qualquer mensagem evangélica que evoca riquezas aqui é cheia de veneno e tem
satanás como inspirador. Nada contra as riquezas, nada contra a prosperidade
material. Mas o evangelho bíblico não trata disso, essas coisas não são
essenciais, elas são periféricas. O evangelho bíblico chega ao coração, à alma,
enquanto o evangelho moderno atinge o aspecto físico e psicológico dos homens.
Quando homens são atingidos pela mensagem do céu e passam a conhecer as
riquezas eternas, eis que tudo o que é material começa a ocupar o devido lugar
aqui. Quando homens e mulheres são santificados na salvação, eis que os valores
materiais são usados adequadamente. Quando Zaqueu se converteu, ele não jogou
suas riquezas fora, mas passou a usá-las de forma adequada, a fim de servir aos
seus semelhantes.
Mas, toda ênfase nas bem-aventuranças é
dada ao evangelho do reino dos céus, porque a mensagem que os verdadeiros “pobres
de espírito” querem ouvir é a mensagem do alto; eles querem ouvir a voz de Deus
e não de falsos mestres; seus corações anseiam por aquilo que é permanente, e
não por aquilo que é transitório.
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