quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

OS SALVOS E OS NÃO SALVOS (final)




Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos naquele dia hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu Nome, e em teu Nome não expelimos demônios, e em teu Nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. (Mateus 7:21-23)
         QUAL A DIFERENÇA AGORA? (versos 24-27)
         Caro leitor, podemos sim ter esse discernimento bíblico, na visão da fé, a fim de que saibamos a diferença entre os salvos e os não salvos. Não fiquemos com medo de julgar as coisas. O julgamento é pecaminoso e nocivo quando vem de nosso próprio conceito, de nosso sistema mundano de religião, quando nada temos de base escriturística. Neste caso, realmente precisamos tirar a trave que está em nosso olho. Quando temos nossa “casa espiritual” construída sobre o firme e inabalável rochedo da salvação, podemos sim julgar e ver como os salvos diferem dos não salvos, porquanto a real diferença está no fato que os salvos constroem sua casa espiritual sobre a Rocha da verdade bíblica, sobre o firme fundamento da fé cristã.
         Para encerrar passo agora a mostrar como essa ortodoxia santa é de fundamental importância para o viver cristão. É impossível ler os ensinos, exortações, doutrinas e outras verdades na Palavra sem que notemos essa construção firme e inabalável do viver cristão. Enquanto as heresias e seitas colocam seus fieis em casas feitas sobre a areia movediça de uma fé sem base, eis que os salvos sabem perfeitamente o que creem. Por essa razão eles têm agora capacidade para enfrentar os dias maus. A firme e segura salvação serve em todos os aspectos para que os crentes enfrentem as tormentas deste mundo. Os ventos procelosos do inferno, do diabo, da morte surgem repentinamente para abalar a falsa fé, para sacudir e derribar a casa edificada sobre a areia movediça da superstição e da vaidade religiosa deste mundo.
         Os ímpios não suportam os dias maus, porque são confiantes no momento, naquilo que agora sentem. Mas os salvos não vivem assim, não são insensatos, porquanto aquilo que ouviram, eles também põem em prática. A fé cristã age assim, como Raabe, a qual ouviu, creu e entrou em ação (Josué 2). Os verdadeiros crentes são aqueles cuja fé começou na salvação e continua na santificação; foram justificados de uma vez para sempre e agora no dia a dia lutam e batalham por um viver que agrada a Deus. Os salvos são aqueles que têm seus olhos da fé abertos, eles veem os perigos ao derredor, por isso correm para o seu Deus no conhecimento da Palavra. Os salvos contemplam o mundo como um lugar de peregrinação e agora percebem o quanto satanás controla as multidões (1 João 5:19) e como a terrível foice da morte está em ação, levando as almas para o inferno a todo momento.
         Quão diferente é o viver do não salvo! Sua cegueira espiritual continua, mesmo sendo religioso e aos olhos do mundo pareça ser alguém muito bondoso. Nada altera a condição do homem em seus pecados aqui, nem suas riquezas, nem a pobreza, nem a cultura, nem a idade, porque a situação é igual a todos quanto ainda não foram salvos. A maneira de viver prova como é a construção da vida deles aqui. Devemos ver na vida dos homens não a beleza de suas casas espirituais, não suas cores, não as maravilhas das arquiteturas atrativas ao mundo, mas sim o fundamento. Se o alicerce não for a redenção pelo sangue; se ainda não foi perdoado, lavado e purificado mediante o sangue do Cordeiro, a sua situação é grave, mesmo que seja destacado em sua religião, como Nicodemos era na religião dos fariseus. Tal casa há de tombar, porquanto os poderes das trevas são terrivelmente superiores. Milhares partem para o destino de eterno sofrimento, porque aqui não conheceram ao Filho de Deus, a fim de escaparem do juízo eterno. Amigo, eis agora o momento tão oportuno para sua salvação!


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