“Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas
a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor
não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia” MIQUEIAS 7:18-20.
UM SALVADOR INIGUALÁVEL: “Quem,
ó Deus é semelhante a ti...?
Caro
leitor, para que entendamos o fato que o perdão de Deus envolve completo
esquecimento de todo pecado é necessário
que saibamos que primeiramente Seu perdão tem base de suficiente justiça.
Notemos que não houve um perdão banal; não foi um gesto casual fundamentado em
sentimento, mas houve sim perfeita exigência de justiça da parte do Santo Deus.
Ora, vemos esse ensino firmado no simbolismo desde a entrada do pecado no
mundo. Deus nunca aceitou qualquer pecador sem que houvesse um substituto; a
culpa nunca foi sanada sem que tivesse prova clara de alguém que ocupasse o
lugar do perdido.
Não
foi assim com Abel? (Gênesis 4). Quando aquele moço percebeu o desespero de sua
alma; sua distância de Deus e a impossibilidade de entrar no Paraíso, logo
tomou a providência perfeita, pois ofereceu sacrifício de sangue para ser
aceito, e de fato foi aceito. Abel ficou marcado pelo seu ato de verdadeira fé.
Ele não tomou um caminho segundo os moldes do perverso coração; não seguiu a fé
atrevida de Caim, pois se humilhou e reconheceu a justiça de Deus, quando tomou
o cordeiro e o imolou, a fim de que fosse seu substituto. A fé de Abel foi a
simples, mas verdadeira fé, porquanto tinha aliança com Deus e mirava o futuro,
quando o Cordeiro um dia viria para subir até o monte do calvário e ali
tornar-se o substituto do pecador.
Meu
caro amigo, veja bem se sua fé é exatamente igual a fé de Abel; veja se sua fé
está firme e ancorada na cruz do Salvador bendito, porquanto fora desse modelo
tudo não passa de ser semelhante àquela fé feita do plástico mundano, como foi
a de Caim, pois quando examinada pelas chamas santas e consumidoras oriundas
dos olhos perscrutadores de Jeová. São milhares que hoje estão envolvidos em
atividades religiosas, mas a carruagem de sua fé é está carregada de obras da
justiça própria, assim como Caim com sua bagagem cheia de produtos da terra.
Quanto perigo envolve as almas que ignoram isso e não percebem a sutileza de
seus corações perversos, desafiando a Ira de Deus.
Caro
leitor, não brinque com a falsa fé, pois ela não veio do céu. A falsa fé não
foi forjada na cruz mediante o sofrer do Cordeiro de Deus. Quando é examinada e
descoberta a falsa fé tende a ficar irada e revoltada contra a verdade; logo
mostra suas “unhas” e avança contra os verdadeiros servos do Senhor. Ninguém
poderá entrar no Reino de Deus com sua própria fé articulada no coração. Essa
fé carrega sua justiça própria; essa fé tem o brilho do mundo e recebe as
bênçãos deste mundo, mas posta perante a luz da verdade ela é considerada
maldita e detestada por Deus.
Meu
caro amigo, não adianta pintar suas vestes religiosas de branco, porquanto Deus
vê o coração e sabe bem que o homem interior não foi renovado pela graça.
Ninguém será aceito, a não ser com a puríssima veste da justiça de Cristo. Ela
é mais alva do que a neve (Salmo 51:7). Você poderá trajar-se religiosamente de
sua própria justiça e andar durante sua vida sentindo-se bem e até mesmo achar
que tem a aprovação divina. Mas verá que não poderá entrar pelos portões da
Nova Jerusalém. Será atirado fora, porquanto seu traje está manchado,
contaminado. É melhor ser investigado agora pelo santo e puro evangelho. A
mensagem de salvação examina bem e descobre se o pecador é salvo ou não.
Mas
no evangelho o homem culpado pode ver a perfeita justiça de Deus (Romanos
1:17). Certamente o evangelho bíblico é humilhante para a natureza perversa e
mundana de Caim, mas muitos são tocados e se humilham, reconhecendo sua miséria
e da necessidade desse perfeito substituto enviado por Deus. Agora é o momento
para seu encontro com esse Cordeiro Amado, que na cruz foi perfeito sacrifício
para a salvação do perdido pecador!
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