sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PERANTE O JUIZ (7)



Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23)
A MUDANÇA DE SALVADOR PARA JUIZ:
         Caro leitor precisamos saber que nosso Senhor, não somente foi apontado pelo Pai para ser o Juiz de vivos e mortos, como também que é perfeitamente capaz de realizar esse juízo. Já pude mostrar que Ele não somente se tornou homem perfeito, como também é conhecedor da natureza humana, pois se tornou em tudo semelhante aos homens, exceto no que tange ao pecado. Como perfeito homem nosso Senhor tem toda autoridade para julgar. Ora, Ele é homem perfeito, pois jamais conheceu pecado, por isso é capaz de assentar-se no trono e apontar o destino terrível que aguarda Seus inimigos os quais agora zombam e escarnecem Dele. Como poderia ser Justo Juiz se houvesse qualquer sinal de sujeira Nele?
         Enquanto os inimigos se ajuntam agora para escarnecer Dele, eis que a Palavra de Deus mostra que mesmo em Sua humilhação aqui, mostrou que estava apto para julgar e foi assim que atacou o pecado e puniu severamente o erro. Quando enfrentou satanás no deserto, pode esse perfeito Varão encarar o atroz inimigo, pois empunhou a espada do Espírito e por três vezes atingiu satanás com os golpes da verdade, elevando a Palavra e assim glorificando a Deus. Naquele momento dramático, nosso Senhor julgou as exigências da carne, pois negou os seus desejos naturais e até mesmo lícitos, a fim de ficar mortificá-la e depender exclusivamente de Deus.
         Nosso Senhor não hesitou em desferir golpes contra toda e qualquer manifestação de heresias. Fez assim com o saduceus com sua religiosidade materialista e inerentemente ateísta. Fez assim com os hipócritas fariseus, os quais eram hábeis em manipular as pessoas e tomá-las como escravas de suas leis manipuladas. Nosso Senhor não titubeou em chamá-los não somente de hipócritas, mas também de raças de víboras. Nosso Senhor foi sempre amoroso e suave com os pecadores arrependidos, mas quando confrontava com a rebelião e obstinação dos homens mostrava ser perfeito profeta, que jamais retrocedia ante as perversidades e malícias encobertas dos homens. Os pecados jamais eram inocentados e os homens saíam da Sua presença sentindo que jamais podiam qualquer coisa contra Ele.
         Veja quando Pedro quis dissuadi-Lo da jornada rumo à cruz (Mateus 16); Pedro queria aconselhar o Senhor, mas eis que para seu espanto, percebeu que suas palavras não eram provenientes de Deus mas sim do diabo. Foi assim que nosso Senhor repreendeu e julgou a incredulidade de Tomé (João 21). Seu total silêncio servia também para incomodar seus oponentes, pois foi assim que Ele agiu durante Seu caminhar rumo a cruz. Até mesmo no tocante aos dois ladrões, pois Suas palavras amorosas foram suficientes para receber o ladrão convertido, mas Seu silêncio ante a zombaria do outro ladrão estava declarando sua condenação.
         Então, caro leitor, estou mostrando o quanto nosso Senhor e Salvador é perfeitamente capaz de julgar, pois enquanto salvava perdidos, suas palavras castigavam o pecado, atormentavam os demônios e silenciavam homens cruéis e obstinados. Ora, Ele é a própria Palavra de Deus, por essa razão somente e tão somente o poderoso evangelho mostra Salvação e condenação; mostra o céu e o inferno; mostra perfume de vida e cheiro de morte. Somente o evangelho mostra aos homens agora que quando eles se humilham e se arrependem é que podem encarar essa face de amor agora, a fim de após a morte viverem com Ele em glória. Mas também, mostra o quanto os rebeldes ficam enfurecidos, porque sua condenação há de vir. A rebelião dos homens contra a verdade simplesmente declara que vão enfrentar o glorioso Juiz e que jamais eles hão de prevalecer nesse juízo.

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