“Bem-aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis de rir” (Lucas 6:25)
OS QUE CHORAM
Amigo leitor tenho procurado explicar
nesta passagem o que significa bênção e maldição conforme a linguagem usada por
nosso Senhor Jesus Cristo que é o Deus da verdade. Estou plenamente certo que a
revelação bíblica há de prover convicção aos corações daqueles que amam as
Escrituras sagradas, e assim livrá-los de tantos enganos que aparecem trajados
de evangélicos em nossos dias. Até aqui mostrei já o que significa ser “pobre”.
Pude já mostrar o contraste apresentado por Jesus quando Ele, de forma amaldiçoadora
se dirige aos “ricos”. Procurei ser bem esclarecedor quando tratei sobre os que
têm “fome”, mostrando também o contraste com aqueles que agora estão “fartos”.
Minha tarefa na meditação de hoje é
esclarecer o que nosso Senhor quer nos ensinar no verso 22 a respeito dos que “choram”:
“Bem-aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis de rir”. Se
encararmos seriamente a palavra de Deus como ela realmente é, veremos que a
linguagem do Espírito de Deus está completamente longe de ser entendida pelo
raciocínio mundano e natural. De fato, as coisas do Espírito de Deus parecem
loucuras para a mente daquele que não nasceu de novo.
Será que este mundo está atrás de
choro? Não! Absolutamente! O mundo inteiro foge de chorar, apesar de que o
choro é a realidade do dia a dia deste mundo. Porém, todo esforço em conjunto
do programa deste mundo consiste em acabar definitivamente com o choro. Realmente,
as revistas deste mundo fazem de tudo para mostrar uma alegria, um sorriso, uma
jovialidade, certa atmosfera de felicidade derramada neste mundo promovida
pelos prazeres achados aqui. O mundo está apregoando à multidão que todos devem
fugir da tristeza, apagar de seus corações as más lembranças provocadas pela
morte e infortúnios, estimular o pensamento positivo de que o que vem pela
frente é tudo prazer e alegria, nada de dores, nem decepção, etc.. O que
ocorreu de mal ontem não deve ser encarado como algo que poderá repetir.
Até mesmo há uma forma religiosa de
encarar esta vida que mostra exatamente que é aquilo que o mundo está pronto
para pagar para ouvir. Frases como estas: “Sorria, Jesus te ama”, “Jesus quer
resolver teus problemas”, “tudo vai certo”, etc., mostram o percurso pelo qual
a multidão está pronta a andar, que é exatamente o famoso caminho largo que aos
olhos do homem natural parece bem atraente, porquanto não enxerga a triste
realidade do seu final.
Também
posso assegurar que esse choro não está referindo aquela religião disfarçada.
Há uma religiosidade que instiga as emoções e instila o chorar, mas que nada
tem a ver com a realidade do coração. As emoções surgem como nuvens, mas assim
como as nuvens vão embora as emoções também desaparecem. Isso é muito perigoso,
porquanto tais emoções encobrem a realidade da vida, e tendem a induzir pessoas
às ilusões e não a realidade da vida como ela é.
Pessoas em pecado podem chorar muito e
ainda achar que estão agradando a Deus. Tal atitude que aparece camuflada de
muita piedade é produzida pela natureza enganosa e enganada do coração
corrompido do ser humano. Em Malaquias 2:13 Deus chama a atenção do povo de
Israel que tentava encobrir seus pecados com o chamado “choro religioso”
dizendo: “Ainda fazeis isto: Cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choro e
de gemidos, de sorte que ele já não olha para a vossa oferta, nem a aceita com
prazer da vossa mão”. No ensino do Novo Testamento um dos assuntos mais
tratados é a respeito da sobriedade. O ensino é que os santos de Deus devem
manter o “pé no chão” enfrentando a realidade desta vida como ela é, e fugindo
assim de tudo aquilo que não passa de sonho, devaneios derivados do sono
perigoso que este mundo injeta na alma.
Querido
leitor, acorde para a realidade desta vida passageira! A verdade de evangelho
chega para dar um beliscão e alerta o homem para a necessidade de
arrependimento e de conversão a Cristo.
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