sábado, 27 de julho de 2013

CRISTO O DIVISOR DE FAMÍLIA



William MacDonald

“Porque Eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” (Mateus 10:35-36)
            O nosso Senhor não está falando aqui sobre o propósito expresso da Sua vinda, mas antes do seu resultado inevitável. Está dizendo que cada vez que alguém O segue, experimentará amarga oposição dos seus parentes e amigos. Nesse sentido, não veio trazer paz, mas espada (v. 34).
        A história cumpriu a profecia. Em qualquer lugar que as pessoas se voltem para o Salvador vivente e amante, têm encontrado com impropérios e hostilidade. Têm sido ridicularizados, deserdados, expulsos das suas casas, despedidos dos seus trabalhos e em muitos casos, até assassinados.
            A oposição é completamente irracional. Temos o exemplo de um pai cujo filho era viciado na cola. Quando este virou as costas às drogas e decidiu servir a Cristo ativamente, pensais que isto agradou a seu pai? Pois não! Ficou furioso. O pai admitia francamente que preferia mais que o seu filho andasse no caminho no qual estava antes.
            Outros são libertados do alcoolismo, do crime, da perversão sexual e do ocultismo. Ingenuamente pensam que os seus parentes não só estarão encantados, mas também quererão fazer-se Cristãos. Mas isto não acontece assim. A vinda do Senhor Jesus traz divisão na família.
            Abandonar a religião dos pais para seguir a Cristo inflama as paixões mais profundas. Por exemplo, um membro de uma família judia não praticante, torna-se Cristão e isto provoca violentos arrebatamentos emocionais. O ofensor é chamado renegado, traidor e até o chegam a associar com Hitler, como inimigo dos judeus. Os protestos e as súplicas cristãs caem em ouvidos surdos.
            Em muitos países muçulmanos, o converter-se a Cristo castiga-se com a morte. A sentença não a executa o governo, mas a família mais próxima. A esposa, por exemplo, pode pôr vidro moído na comida do marido.
            E, apesar disto, por meio da confissão clara dos novos convertidos e através de uma paciência como a de Cristo frente ao ódio e à perseguição, outros vêm a dar-se conta do vazio das suas próprias vidas e religião e voltam-se para o Senhor Jesus Cristo com arrependimento e fé. Assim cresce o povo do Senhor através da oposição e prospera no meio da perseguição.

Tradução de Carlos Antônio da Rocha

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