“... homens ímpios, que transformam em
libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único soberano e Senhor,
Jesus Cristo” Judas 4.
Os
falsos mestres prosseguem em seus caminhos de avareza e extorsão religiosa.
Eles, entretanto, não sabem que “... foram antecipadamente pronunciados para esta
condenação” (Judas 4) e que todo plano idealizado e executado já tinha
sido apresentado por Deus dantemão. O arrogante Senaqueribe lançou palavras de
desaforo e blasfêmia contra o Deus de Israel quando sitiou Jerusalém, mas não
sabia o que havia no coração do Senhor dos Exércitos: “Acaso, não ouvistes que já há
muito dispus eu estas coisas...?” (2Reis 19:25).
Quais
são os planos dos falsos mestres postos agora em execução por eles? O Espírito
de Deus no-los dá por meio de Judas. Primeiro, eles atacam a mensagem da graça:
“... transformam
em libertinagem a graça de nosso Deus...”. Em segundo lugar, eles
atacam a fulgurante Glória do Senhor Jesus: “... negam o nosso único soberano e Senhor,
Jesus Cristo”.
Primeiramente,
observemos o que eles fazem com a graça de Deus transformando-a em libertinagem. A
palavra “libertinagem” significa literalmente “procedimento escandaloso”. Ora,
a mensagem da Gloriosa Graça é o tema central do evangelho. A graça é Deus
operando, realizando no coração do homem aquilo que somente Ele pode fazer. A
graça visita o pecador em seu estado de miséria e condenação para fazer dele
uma nova criatura, salvo e herdeiro do céu. A graça justifica o ímpio e faz
dele uma pessoa santa com um viver neste mundo que agrada a Deus.
Os
falsos mestres, entretanto, profanam a mensagem da graça. Eles a transformam
numa bagatela celestial e convidam a todos para aceitá-la; eles “alargaram” a
porta do reino, facilitando assim o acesso de todos; ridicularizam-na,
convidando a todos para que se sintam bem com “Deus” vivendo confortavelmente
em seus pecados. A oferta de perdão é estendida à impiedade humana como se
fosse um contínuo feito de Deus para homens e mulheres que querem viver na
prática da iniqüidade e ainda sentindo paz. Pecou? Basta um pedido de perdão
que esse “Jesus” resolve tudo.
Em
segundo lugar, os falsos mestres atacam a Glória de Cristo. Eles caricaturam
Jesus numa figura ridícula. Um pobre Jesus é apresentado como alguém muito
necessitado das multidões; muito carente da fé humana; muito debilitado e
exigindo louvores e dinheiro para que se sinta como Deus.
Os falsos
mestres cancelam a Soberania de Cristo. Jesus é o Soberano Senhor. A palavra
grega “déspota” (traduzida por “soberano” no texto) indica que Ele é Senhor, dono
absoluto do céu e da terra e absoluto controlador de todas as coisas. Mas eles
não querem o Senhorio de Cristo no seu viver avarento, maligno e perverso. O
“Jesus” deles está em suas mãos para seduzir a multidão com superstições
religiosas.
Oh! Que o
Senhor estenda Sua misericórdia para esta geração enganosa e enganada!
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