terça-feira, 23 de julho de 2013

O SALÁRIO DO PECADO (36)




Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
OS RESULTADOS ETERNOS DA GRAÇA (continuação):
         Amigo leitor creio que nesta meditação encerrarei o assunto inesgotável da superabundante graça (Romanos 5:21). Minha esperança e oração é que meus esforços resultem numa volta de coração do povo salvo à realidade do ministério da graça de Deus. Amigo leitor, você que é crente deve saber que foi o Deus de toda graça que, em Cristo nos chamou à Sua eterna glória (1Pedro 5:10). Nossa participação deve ser de gratidão, rendendo graças ao Senhor por Sua bondade e por Suas maravilhas feitas em nosso favor (Salmo 107:8).
         Na meditação anterior pudemos ver que a graça continua seu livre exercício na vida dos salvos, e que esses salvos provam que pertencem ao Senhor pela maneira santa de viver. Os verdadeiros crentes são fracos, débeis, mas suas fraquezas provam que vivem pela graça, mostrando que pertencem ao Senhor no amor que têm a Palavra de Deus e no pleno interesse em agradar ao Senhor em toda maneira de viver. (1Pedro 1:15).
         Tem outro assunto radiante no exercício da graça. Uma vez que fomos tirados da morte para a vida (João 5:24), deduzimos que habitávamos entre os mortos. Quem é salvo está vivo, quem não é salvo está morto. Não há meio termo na linguagem bíblica. Deus é Deus dos vivos e não dos mortos. Se foi chamado pela mensagem do evangelho, a palavra da verdade (1Pedro 1:25), então está vivo, possui a vida que há no filho. O contrário disso significa que ainda habita entre os mortos. A lição preciosa e prática que nos advém dessa preciosa verdade é que os verdadeiros crentes devem estar conscientizados desse fato, que habitam no meio dos mortos.
         Que diferença entre a graça e a lei! Lembra quando morreu o filho de Davi, resultado do seu relacionamento ilícito com Bate-Seba? (2Samuel 12). Quando Natã anunciou que a criança morreria, o rei passou a noite inteira clamando pela misericórdia de Deus em favor do menino. Quando o rei soube que a criança estava morta, simplesmente parou de clamar. Na graça não funciona assim, porquanto Deus opera por milagre. O povo salvo é um povo de oração, de súplica, de intercessão, por quê? Ora, a multidão que está ao seu derredor não está doente, mas sim está morta. Deu para o leitor atento perceber em que situação estamos neste mundo? Compreendeu que em relação aos homens no pecado nada podemos fazer? Que estamos no meio de um “vale de ossos secos”? Eles não vêm a Cristo por meio das nossas músicas, nem dos shows promovidos nas igrejas; eles nada querem saber do Filho de Deus, mesmo que sejam cercados de qualquer programa social; nada querem com o Rei da Glória, mesmo que passem por aflições ou estejam radiantes dos prazeres desta vida. Estão mortos! Não podem respirar o fôlego celestial; nada possuem da natureza santa e justa que somente os salvos têm, mediante o novo nascimento.
         O que fazer diante desta tremenda verdade? A igreja de Deus deve ser o povo de oração e clamor para que o Senhor venha dar vida aos mortos. É na solicitação da igreja que Deus levanta homens que pregam o evangelho com poder! Um povo consciente que foi achado pela riquíssima misericórdia há de clamar que o Deus tão carregado de compaixão venha e use de compaixão, chamando os mortos por meio da pregação do santo e bendito evangelho.
         Ó quanto satanás tem aproveitado da ignorância do povo de Deus! Como o astuto pai da mentira é habilidoso em colocar seus mortos no meio dos vivos! Satanás faz com que mortos pareçam estar vivos! Ele faz com que os seus imitem louvor, oração, adoração, fervor, piedade, etc. O quanto isso é prejudicial à igreja do Senhor! A esperança está num retorno firme e sincero à Palavra da verdade que traz temor e solidifica os corações dos verdadeiros crentes na verdade eterna.

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