“Mas
agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro e tu nosso oleiro; e todos
nós, obra de tuas mãos” (Isaías 64:8).
Quero chamar sua atenção para esse
impressionante verso do texto sagrado. Logicamente não devemos tirá-lo do seu
contexto, porquanto vemos nesse cap. talvez a mais poderosa intercessão vista
em toda Escritura. Não pensemos que essa oração é feita pelo profeta Isaías, ou
por qualquer outro. Desde o cap. 60 podemos ver que essas palavras são
proferidas pela segunda pessoa da divindade – o Senhor Jesus Cristo, antes da
Sua humilhação e encarnação.
Caro leitor, cheguemos perto desse
lugar; entremos nesse recinto da revelação e pela fé ouçamos essas maravilhosas
palavras saídas da boca do nosso Amado, Daquele que se revelou a nós. Mesmo no
Antigo Testamento, em plena época da lei e 700 anos antes da Sua vinda ao
mundo, eis que o Senhor Jesus está se identificando com Seu povo e se coloca
perante o Deus, o Pai, a fim de clamar, interceder, suplicar em favor da nação.
Deus estava voltado contra Israel; a nação estava caminhando para um
aterrorizante juízo que culminaria na destruição da nação, como de fato ocorreu
nos dias de Jeremias.
Quero tomar essa intercessão do Senhor
para nós agora. Precisamos entender que é em períodos de avivamento que ocorre
o que está exposto nesse verso. Obviamente tem muito mais de lições belas no
texto, mas sondaremos aquilo que agora tanto nos importa. A primeira lição que
aparece é a consciência íntima de nossa condição como seres humanos: “...nós
somos o barro e tu nosso oleiro...”. Ora, isso não é algo natural! O
que está acontecendo em nossos dias?
Nesse avanço assombroso do pecado, os
homens estão no tope da vaidade; acham que são eles os oleiros e querem fazer
de Deus um vaso de barro. É exatamente isso o que acontece, quando o
afastamento da verdade é notório; quando aqueles que se dizem crentes se
afastam da Palavra viva. Quando o homem é elevado, certamente Deus é
destronizado nos corações e banido das afeições.
Mas, no avivamento, quando Deus ouve as
intercessões do Seu povo, certamente homens e mulheres caem no pó – o lugar
onde devem estar. Homens e mulheres são humilhados e se veem como vermes,
culpados, caídos, frágeis e inoperantes. É no avivamento que homens e mulheres confessam
que de fato não passam de barro, por isso clamam em temor, no receio de serem
banidos por Deus e atirados no lugar que merecem – no inferno.
Em segundo lugar, vemos a verdadeira
teologia ocupando o coração de almas quebrantadas; vemos homens e mulheres
sendo ensinados pelo Espírito de Deus, acerca de Deus. Então, o que vemos é que
quando homens e mulheres são realmente convertidos, Deus é colocado em Seu
trono de glória; é enaltecido, exaltado e temido segundo a confissão de homens
e mulheres arrependidos: “...e tu nosso oleiro; e todos nós, obra de tuas
mãos”.
Não é algo espantoso? Não é exatamente
isso que estamos tanto precisando em nossos dias? Afinal, não chegou o momento
para que os verdadeiros crentes deixem de lado todo euforia carnal? Não é o
momento para que deixemos de lado toda festa, toda programação, todo desejo
carnal de felicidade? Não é o momento para que vejamos que o Senhor está
trazendo juízo sobre o Brasil e que os terrores de Deus estão cercando nossa
nação? Não é o momento para que os verdadeiros crentes possam cair aos pés do
Senhor em clamor; os verdadeiros crentes se colocando entre Deus e essa grave
condição, a fim de que o Senhor desça do céu com Sua misericórdia e venha
conceder Sua compaixão em favor do povo brasileiro e da igreja em nossa nação?
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