“Ele
te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão
que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu
Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO AO SEU PRÓXIMO -
AMOROSO: “...que ames a
misericórdia...”
Prezado
leitor tenho envidado esforços para trazer aos corações a verdade da
misericórdia nos corações dos salvos. A salvação produz homens e mulheres
cheios de misericórdia; a salvação desfaz todo orgulho e nos mostra o mundo
como realmente é, à luz da revelação bíblica. Corações mundanos desconhecem a
misericórdia; quem carrega o mundo nas mãos e ainda afirma que é crente e que
vai para o céu, realmente nada conheceu da poderosa transformação que Cristo
faz quando transforma o homem numa nova criação (2 Coríntios 5:17).
A
explicação anterior nos levou à necessidade de sermos homens e mulheres
voltados à Palavra de Deus no viver. Creio que não há quem consiga exaurir esse
assunto, porque o livro de Deus foi dado aos discípulos do Senhor. Corações não
regenerados vão odiar as sagradas letras, mesmo que possuam exemplares da
bíblia. A palavra de Deus é o tesouro do crente; é sua arma de defesa; é seu
alimento completo, inclusive sua sobremesa. Homens e mulheres que um dia foram
quebrantados pela verdade do evangelho procuram viver à luz da verdade; querem
essa lâmpada para seus pés e brilham o caminho por onde andam com esse farol
celestial.
Digo
mais, que um viver em santa humildade e dependência da força da graça para
cada detalhe da vida é necessário para um conhecimento prático da misericórdia.
Neste mundo os crentes são como ovelhas no meio de leões famintos. A salvação
nos impele a depender da força de Deus, da liderança e do pastoreio Dele. A
natureza carnal no crente é carregada da pólvora do orgulho, por isso é
necessário que o crente seja disciplina e assim mantido amarrado ao amor de
Deus. A dependência de Deus nos mantém humildes e cheios de temor. Corações
contritos fogem dos perigos e sabem que não existe força maior do que a graça,
a fim de enfrentar a hostilidade da carne, a impetuosa paixão mundana e os
ardis de satanás.
Caro
leitor, não fomos chamados para seguir a maratona mundana, nossa rota é
contrária. O mundo desce rumo à perdição com todas suas inestimáveis riquezas
das amizades, parentescos e bens terrenos. Foi andando com Deus que Noé pode
ser o pregoeiro da justiça. Os santos de Deus são os instrumentos de Sua
misericórdia num mundo que aguarda o dilúvio da visitação de Deus.
Corações
cheios da compaixão de Deus são compelidos a orar, suplicar, interceder e lutar
em favor dessa multidão que perece. Homens e mulheres cheios de misericórdia
passam por cima dos interesses mundanos de fortuna e de paixões; desprezam
posições e famas; estão prontos a chorar diante de Deus em favor de homens e
mulheres que vagueiam nas trevas, em direção às trevas exteriores. Corações
cheios da misericórdia estão dispostos a perder o que têm, porque sabem que vão
ganhar infinitamente mais. Olham as multidões como ovelhas sem pastor e choram
diante das atrocidades promovidas pelo engano do pecado e pela liderança tirana
de Satanás.
Foi
com um coração partido de compaixão que nosso Senhor se tornou homem, e mais do
que isso se posicionou como verme: “Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos
homens e desprezado do povo” (Salmo 22:6). Foi assim que Ele contemplou
e conheceu por experiência própria minha condição tão triste! Foi assim que Ele
se aproximou de minha imundície, a fim de me abraçar e me chamar para ser Dele
para sempre. Sua atividade é perenemente misericórdia a cada dia, pois ainda
está salvando perdidos. Seu trono ainda é o trono de misericórdia. Aquele que
foi consagrado pelo Pai como Juiz de vivos e mortos, ainda é o doce e suave
Senhor e Salvador dos perdidos!
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