“Humilhou-se
a si mesmo.” (Fl 2:8, ARC1995)
Jesus é o grande Professor da humildade
de coração. Nós necessitamos de aprender Dele diariamente. Olha o Professor
tomando uma toalha e lavando os pés dos Seus discípulos!
Seguidor
de Cristo, não desejas tu, humilhar-te? Olha-O como o Servo dos servos, e, sem
dúvida, tu não poderás ser orgulhoso! Não é esta sentença o compêndio da Sua
biografia: “Humilhou-Se a Si mesmo”? Não esteve Ele na Terra tirando
primeiramente um manto de honra e depois a túnica, até que, nu, Ele foi cravado
na cruz? E ali, não Se esvaziou Ele a Si mesmo, derramando o Seu sangue,
entregando-Se por todos nós, até que, privado de tudo, foi colocado num
sepulcro emprestado?
Quanto
Se humilhou o nosso querido Redentor! Como, pois, podemos nós ser orgulhosos?
Põe-te ao pé da cruz e conta as gotas carmesins, pelas quais foste limpo; olha
a coroa de espinhos; observa as Suas costas flageladas, jorrando ainda regatos
de sangue; olha as Suas mãos e os Seus pés sujeitados pelos pregos e todo o Seu
ser entregue à zombaria e ao desprezo.
Olha
a amargura e as angústias, e as dores íntimas que se manifestam no Seu rosto e
ouve o grito dilacerador: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” E se
tu não ficas prostrado no chão, à frente daquela cruz, é sinal de que nunca a
viste; e se tu não te sentes humilhado na presença de Jesus é sinal de que não
O conheces.
Tu
estás tão perdido que nada te pode salvar senão o sacrifício do Unigênito de
Deus. Pensa nisto; e como Jesus Se humilhou por ti, humilha-te tu, também, a
Seus pés. Uma compreensão do admirável amor de Deus para conosco tem uma
tendência maior para nos humilhar do que um conhecimento das nossas próprias
culpas.
Que
o SENHOR nos leve em contemplação até ao Calvário; então a nossa posição não
será mais a do homem inchado de orgulho, mas colocar-nos-emos no lugar de
alguém que ama muito porque muito lhe foi perdoado. O orgulho não pode viver
sob a cruz. Sentemo-nos ali e aprendamos a nossa lição e, depois, levantemo-nos
e levemos isto à prática.
Tradução
de Carlos António da Rocha
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