domingo, 2 de junho de 2013

MEDITAÇÃO DE SPURGEON



“Bom Mestre.” (Mateus 19:16)

       SE o jovem do Evangelho usou este título ao falar com o nosso SENHOR, quanto mais o posso usar eu para me dirigir a Ele! Ele é, na verdade, meu Mestre, tanto porque me governa como porque me ensina. Eu tenho grande prazer em obedecer às Suas ordens e em sentar-me a Seus pés. Sou Seu servo e Seu discípulo, e considero-o uma alta honra ser ambas as coisas.
       Se me perguntassem por que Lhe chamo “bom” teria pronta a resposta. É verdade que “não há bom, senão um só que é Deus”, mas, em tal caso, Ele é Deus e toda a bondade da Deidade resplandece Nele. Na minha experiência tenho-O achado bom, tão bom, na verdade, que todo o bem que eu tenho me veio por meio Dele.
       Ele foi bom para mim quando eu estava morto em pecados, porque Ele ressuscitou-me pelo poder do Seu Espírito. Ele tem sido bom para mim em todas as minhas necessidades, provas, lutas e aflições. Nunca pôde haver um Mestre melhor, porque o Seu serviço é liberdade e o Seu governo, amor. A milésima parte da Sua bondade, como Amo, queria-a eu ter como servo.
       Quando Ele me ensina como meu Rabi Ele é indizivelmente bom; a Sua doutrina é divina; as Suas maneiras, condescendentes; o Seu Espírito é a própria bondade. Nenhum erro mescla a Sua instrução; a áurea verdade que Ele explica é pura e todo o Seu ensino conduz à bondade, santificando e edificando o discípulo. Os anjos acham-no um bom Mestre e deleitam-se em Lhe tributar homenagem no Seu escabelo.       Os santos da antiguidade comprovaram que Ele é um bom Mestre, e cada um deles regozijou-se em cantar: “Eu sou teu servo, oh SENHOR.” O meu humilde testemunho deve inclinar-se para o mesmo fim. Eu darei este testemunho diante dos meus amigos e semelhantes, porque, possivelmente, pelo meu testemunho, eles serão guiados a procurar o meu SENHOR como o Mestre deles.
       Que eles assim o façam! Nunca se arrependerão de tão sábia resolução! Se eles tomassem o Seu jugo fácil, eles achar-se-iam num serviço tão régio que se alistariam nele para sempre.


Tradução de Carlos António da Rocha


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