“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos
pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor” (Atos 3:19).
Caro leitor, quão preciosa
é a visitação de Deus aos corações trazendo arrependimento! Os corações
arrependidos são atirados ao pó; o barro é quebrado e o Oleiro faz uma nova
criação; o homem interior é renovado para agora trilhar pelo caminho certo.
Então, todos os homens são chamados ao arrependimento; é uma ordem do grande
Deus que todos, em todos os lugares se arrependam (Atos 17:30). Não é
brincadeira! Deixar de pregar o arrependimento é trocar de mensagem; é
pulverizar a mensagem com elementos estranhos à verdade revelada. Deixar de
pregar o arrependimento é o caminho certo da apostasia; é achar que Deus é duro
e cruel com os homens; é censurar Deus; é tentar mudar seus retos caminhos; é
desviar para sendas tortuosas do humanismo e do liberalismo. Se quisermos dias
de avivamento, da doce visitação de Deus trazendo dias de refrigério aos
homens, necessitamos urgentemente de pregar o arrependimento.
Mas, devo prosseguir
mostrando no texto como homens e mulheres podem escapar do juízo certo. O
verdadeiro arrependimento leva o homem à conversão: “...e convertei-vos...”.
Arrependimento sem converteu resulta em remorso. Arrependimento sem conversão é
uma mera paralisação momentânea; é um temor temporário. Já presenciei cenas de
choro, de pesar, de confissões inúteis, de lágrimas que logo secam; de
aparentes sinais de piedade, de frutos que logo ressecam quando vem o sol da
provação. Faraó manifestou vários sinais de arrependimento, mas logo seu
coração revelava estar mais endurecido pelo orgulho do que antes e que estava
disposto a continuar na disposição de enfrentar Deus.
Já ouvi muitas confissões
que foram transformadas em duras rochas de obstinações. O pervertido rei Acabe
mostrou-se tão arrependido quando ouviu dos lábios proféticos acerca das
terríveis punições que viriam sobre sua casa (1 Reis 21). Por fora parecia um
novo homem; panos de saco e envolto em cinzas indicavam que Israel tinha agora
um novo rei, um novo homem no poder. Mas tudo aquilo encobria um coração
monstruoso; o tempo trouxe o enganoso coração a tona; disposto a continuar
pelas veredas tortuosas, tento a aprovação de sua mulher e de lábios melosos
dos falsos mestres, até que a morte veio para por um ponto final nessa jornada
maligna (1 Reis 22).
Ó caro leitor, não há
prova melhor de um sincero arrependimento do que a conversão! O pródigo levantou-se
de sua humilhação e tomou o caminho de volta à casa do seu velho a amoroso pai
(Lucas 15); Pedro chorou amargamente e estava pronto a comparecer em confissão
perante o Senhor ressurreto (João 21); Saulo levantou-se do pó para orar, se
batizado e passar a testemunhar perante todos que Jesus era o Messias e Senhor
(Atos 9); Zaqueu estava disposto a seguir o caminho certo, que somente um novo
homem pode seguir (Lucas 19:8); o ladrão da cruz mostrou-se estar do lado certo
– da humilhação e da disposição de depender do Senhor para sua entrada no
paraíso (Lucas 23:42).
Como podemos avaliar o
verdadeiro arrependimento? Ora, digo e afirmo que um mero chorar não indica que
houve mudança no coração, porque o arrependimento gerado nas emoções tende a
viver das emoções. Ó, quanto isso é perigoso! (Malaquias 2:13). Não esqueçamos
aquilo que foi tratado quando iniciei meus comentários acerca desse tema. Nada
contra os sentimentos, pois quando a alma está envolvida naquilo que Deus
comunica na Palavra, os sentimentos podem brotar em força e sinceridade. A
mulher adúltera foi em pranto aos pés do Senhor; ela estava desesperada, por
isso se atirou à busca do perdão e salvação e saiu dali com sua alma
desfrutando da verdadeira paz com Deus (Lucas 7:50).
Ó meu amigo, se a luz da
verdade revelada brilhou em seu coração; se você é uma alma consciente de sua
culpa e busca agora o Salvador bendito, pode achegar perante Ele em sincera
confissão de fé, pois Ele é o seu Salvador bem presente.
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