terça-feira, 4 de junho de 2013

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO (6)




“Então, olhando Ele para os seus discípulos, disse-lhes: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.” Lucas 6:20
POBREZA ESPIRITUAL
                  Nosso objetivo agora é desvendar o segredo que envolve a pessoa descrita por nosso Senhor como “pobre espiritual”. Nosso Senhor Jesus Cristo afirma no texto que essas são as pessoas bem-aventuradas. Como podemos detectar o que significa aquela pobreza vista por Deus como a genuína pobreza que atrai os olhares de misericórdia do Deus Altíssimo? Logicamente temos que descobrir isso usando a própria Palavra de Deus. Se tentarmos buscar lógicas para isso no meio dos homens ficaremos decepcionados porquanto os pensamentos dos homens não são os de Deus, nem os caminhos dos homens são os de Deus.
         No meu primeiro argumento quero mostrar que a pessoa pobre, conforme a descrição de nosso Senhor Jesus, é aquela cuja pobreza é vista quando comparada com a glória de Deus (Romanos 3:23). Essa pessoa foi, como que, despertada para enxergar algo eterno passando a ver sua miserável condição.         
         Tomemos a ilustração daquele moço que estava crucificado ao lado do Senhor Jesus (Lucas 23). Ele não passava de um criminoso, ladrão, mas de repente, bem na hora da sua execução, o momento crucial; quando seu colega zombava e escarnecia do Senhor Jesus juntamente com a maior parte daquela multidão, aquele moço foi atraído ao lugar de arrependimento. Ele viu sua drástica situação, percebeu que o homem crucificado ao seu lado, não era uma homem qualquer, mas sim o próprio Messias, o Salvador. Viu em que consistia sua real pobreza, não na ausência de recursos materiais que o levara a uma vida de inveja e consequentemente de roubos. Pelo lampejo da misericórdia percebeu seu total desamparo, quando comparou sua pobre existência terrena com a sublimidade do Altíssimo.
         Naquele momento viu que estava indo para o inferno, merecendo ser atirado ao abismo e que não tinha em si mesmo qualquer recurso próprio para subir para o Paraíso de Deus.  O peso dos seus pecados o atraía para o juízo eterno. Ele viu sua própria indignidade ante a Dignidade de Deus, sua própria sujeira ao presenciar a pureza de Jesus, o Filho do Deus Vivo. Foi nesse espírito de humilhação e quebrantamento que aquele mendigo espiritual pediu ao Salvador crucificado para lembrasse-se dele quando entrasse no Seu Reino. Uma cena comovente e que mostra o que significa ser pobre espiritualmente como o Senhor fala em Lucas 6:20.
         Concluo a meditação de hoje dizendo que certamente não faltam falsos mestres que dão à multidão o ilusório conforto espiritual e que há algo de bom no homem causando admiração profunda em Deus. Estamos vendo a Palavra de Deus cada vez mais sendo lançada ao descrédito e relevada ao esquecimento. O Livro Santo está sendo usado como livro da sorte para buscarem um verso aqui e outro verso ali a fim de satisfazer os anseios de prosperidades. Não há situação pior para a sociedade quando os homens procuram andar em seus pecados usando o nome de Deus para isso. Mas é esse o quadro de nossos dias, por toda parte estão dizendo: “Paz e segurança” enquanto de forma descarada transgridem a santa lei de Deus, fortalecidos no pensamento que podem passar sem qualquer julgamento por parte do Grande Juiz. Enquanto vivem em suas prostituições, adultérios, roubos, luxúrias, destruindo vidas, lares, corrompendo a sociedade, estão apenas aumentando a Ira de Deus ainda mais, para que repentinamente sobrevenha destruição sobre si eles.
         Prezado amigo, que oportunidade você tem agora para conhecer o Deus Salvador e Senhor! O ministério Dele agora é salvar e para isso enviou Seu Filho ao mundo, a fim de resgatar perdidos da triste condenação que os aguarda. Eis o momento tão oportuno para arrependimento e conversão a Cristo de todo coração.

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