“Mas, ai de vós, os
ricos! Porque tendes a vossa consolação” Lucas 6:24
OS RICOS: (final)
Se voltarmos nossos olhos para o texto em
pauta veremos ali no verso 24 que o nosso Senhor inicia o texto com uma
terrível maldição: “Ai de vós, os RICOS”. Nosso tema nessas mensagens é a
respeito de BÊNÇÃO E MALDIÇÃO. Observemos a maneira que Deus vê as coisas,
porque precisamos também ver as coisas assim. Ora, nós não gostamos nenhum
pouco quando pessoas nos xingam ou se ouvimos dos lábios dos homens duras
palavras de imprecações dirigidas contra nós. Ficamos realmente indignados
quando alguém usa termos amaldiçoantes contra nós ou mesmo contra alguém a quem
tanto amamos. Encaremos bem o texto, porquanto é Deus que dirige essa tão
terrível expressão: “AI DE VÓS”. Estamos lidando com o Deus Glorioso e
Soberano, aquele que tem o direito de fazer o que Ele bem quiser sem ter que
prestar contas a ninguém porque Ele é Deus.
Vemos
essa linguagem de Deus tanto no Novo como no Velho Testamento. O AI DE VÓS vindo
dos lábios de Deus ressoa como maldição, como que ameaça de coisas que
fatalmente acontecerão. Por exemplo, vemos no livro de Isaías cap. 5 uma série
dessas imprecações vindas do Grande Jeová contra a nação de Israel, porquanto o
povo estava vivendo em rebelião contra Deus. No Novo Testamento, o Senhor Jesus
dirige duras palavras de maldição e de ameaças contra os fariseus e escribas.
Aqui na passagem lida, de Lucas 6, vemos o Senhor dirigindo aos que se acham
revestidos no coração da posição de “ricos”, conforme o pecado e o mundo. Creio
que essa expressão vinda dos lábios do Senhor é suficiente para levar nossos
corações a ficar abalados diante da verdade do evangelho. Eis aí aquilo que
vemos em toda mensagem que o evangelho bíblico transmite. Foi exatamente essa a
mensagem pregada por todos os apóstolos, que o homem é salvo ou é perdido; há
os que são salvos e os que perecem. Os “ricos” são aqueles que perecem.
Apliquemos
tal verdade trazendo sua luz para os corações que ainda se acham obscurecidos
no pecado. Amigo, como é que o mundo lhe trata enquanto você se acha na
condição perigosa de “rico” perante o Grande Deus? O mundo não lhe persegue,
não lhe condena, não lhe censura por causa do caminho que você anda. Ao seu
derredor tudo parece ser paz e segurança, porque você está plenamente cercado daquilo
que representa a “riqueza” que seu
coração anseia possuir. Deus está anunciando o perigo que virá da parte Dele
mesmo; Deus está mostrando que não há solução para sua vida, porquanto você
continuará na mesma situação, com seu coração endurecido contra Deus e contra o
Reino de Deus. Sendo “rico” na alma significa que você tem amado sua própria
vida aqui. O mundo é exatamente aquilo que a riqueza tem desenhado em seu
coração; é tudo aquilo que você ambiciona possuir; você recusa o galardão de lá
de cima porque tem um galardão temporário aqui, aquilo que você espera receber
da parte do reino dos homens.
Se
voltarmos nossos olhos para o verso 24 verá que nosso Senhor mostra ali que
tipo de maldição cai sobre aquele que é chamado por Ele mesmo de “rico”: “Já
tendes a vossa consolação”. Eis aí aquilo que significa a “riqueza da alma”.
Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. O “rico” já tem
sua consolação aqui. A palavra traduzida “tendes” era usada antigamente para
recibo. Aquilo que você quer deste mundo, você vai ter constantemente.
O que significa a consolação que a
“riqueza” confere a alma? É exatamente aquilo que tanto seus olhos ambicionavam
ver, que a carne ambicionava possuir e que lhe elevaria ao pináculo da
soberba.. Se você é um “rico”, terá aquelas coisas que a riqueza mostrará serem
seus deuses: Seus amigos, seus bens, sua saúde, sua religião, seus mestres
religiosos. Eles dar-lhe-ão o consolo que tanto representa para seu viver. Você
há de achar paz, alegria, prazer, felicidade, deleite, segurança, honras,
prestígios, amizades, etc. Tudo isso aquele que é “rico” pode encontrar aqui, e
tudo isso findará aqui mesmo.
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