quarta-feira, 19 de junho de 2013

A FALSA E A GENUINA CONFISSÃO (7)




“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21)  
Caro leitor tendo mostrado os reais perigos que envolvem uma falsa confissão, agora é o momento de examinar o real significado da verdadeira confissão. Especialmente nos dias tão carregados dessa névoa do mal, precisamos discernir o espírito que opera na intenção de imitar o que é de Deus. Caro leitor, não esqueçamos que a Palavra de Deus é a autoridade e tudo deve ser avaliado à luz daquilo que nos foi perfeitamente revelado.
         Nosso Senhor no texto referido afirma que nem toda confissão feita usando Seu Nome “Senhor, Senhor” é verdadeira e genuína confissão. É nosso dever buscar o ensino certo a respeito daquilo que mostra ser algo glorioso, genuíno e puro partindo dos lábios de homens e mulheres. É óbvio que a verdadeira confissão “Senhor, Senhor” está ligada ao trabalho do próprio Deus nos corações. É Ele mesmo quem opera a obra transformadora nos corações de homens e mulheres; é Ele mesmo que dá lábios puros aos povos, a fim de que homens e mulheres invoquem o Seu Nome (Sofonias 3:9). Ora, essa verdade preciosa que revela total soberania de Deus em santa atuação no meio dos homens.
         Ora, alguém abrir sua boca em santa confissão para dizer: “Senhor, Senhor” é porque certamente algo milagroso ocorreu em seu coração, porquanto isso não pode ser proveniente de corações não santificados. Sabemos que do coração do homem não pode brotar santidade, adoração, temor e obediência. Nosso Senhor mostra em Marcos 7:21-23 as corrupções que brotam do coração do ser humano e que são transmitidas por sua boca. Sendo assim, como pode do mesmo lábio brotar benção e maldição? Como pode do mesmo poço ter água imunda e pura ao mesmo tempo? Posso levar meus leitores para algumas passagens do Novo Testamento que nos informam a respeito dessa soberana atuação. A primeira nos mostra a necessidade que o pecador tem de nascer de novo, caso contrário nada alterará seu coração e seu comportamento perante Deus. Em João 1 verso 13 é dito que a obra de novo nascimento realizado nas vidas de homens e mulheres que creem é feita pela soberana vontade de Deus.
         Ainda em Efésios 2:1 Paulo mostra a triste e deprimente condição do homem, morto em seus pecados. O que os homens podem oferecer a Deus nessa condição? Podem homens e mulheres que agora servem continuamente ao pecado oferecer louvores ao Senhor e ter em seus lábios danificados pelo pecado qualquer sentimento de amor e submissão ao Rei dos reis e Senhor dos senhores? Claro que não! Então, qualquer confissão que não veio de uma obra transformadora do Senhor no coração, certamente é uma enganosa e perigosa confissão. Também, é importante que saibamos que não há possibilidade de desvincular uma confissão a Cristo, sem que haja dedicação, respeito e submissão ao Pai. Nosso Senhor afirma que há uma reciprocidade de honra: “Quem honra o Filho, honra o Pai”.
         Caro leitor, o verdadeiro evangelho atribui toda glória e honra são somente a Deus; não há lugar para que os homens entrem nesse território sagrado por seu próprio querer e volição. A mensagem do evangelho proclama um Deus que em Sua livre misericórdia está chamando os pecadores que quer chamar, a fim de que sejam salvos e introduzidos nessa atmosfera de adoração, submissão e dedicação ao Senhor. É por causa disso que homens e mulheres podem dizer em sincera confissão de fé: “Senhor, Senhor!” Essas almas um dia foram humilhadas; um dia depararam com sua condição tão triste no pecado e ouviram as maravilhas do amor de Salvador bendito. Um dia eles abriram suas bocas e invocaram: “Senhor, Senhor”, para a salvação eterna de suas almas, por isso há essa constante confissão; é algo ininterrupto em suas vidas, porque dia após dia necessitam da presença do Senhor para viver, e até à morte hão de dizer: “Senhor, Senhor!”


           



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