“Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21)
Caro
leitor tendo mostrado os reais perigos que envolvem uma falsa confissão, agora
é o momento de examinar o real significado da verdadeira confissão.
Especialmente nos dias tão carregados dessa névoa do mal, precisamos discernir
o espírito que opera na intenção de imitar o que é de Deus. Caro leitor, não
esqueçamos que a Palavra de Deus é a autoridade e tudo deve ser avaliado à luz
daquilo que nos foi perfeitamente revelado.
Nosso Senhor no texto referido afirma
que nem toda confissão feita usando Seu Nome “Senhor, Senhor” é verdadeira e
genuína confissão. É nosso dever buscar o ensino certo a respeito daquilo que
mostra ser algo glorioso, genuíno e puro partindo dos lábios de homens e
mulheres. É óbvio que a verdadeira confissão “Senhor, Senhor” está ligada ao
trabalho do próprio Deus nos corações. É Ele mesmo quem opera a obra
transformadora nos corações de homens e mulheres; é Ele mesmo que dá lábios
puros aos povos, a fim de que homens e mulheres invoquem o Seu Nome (Sofonias
3:9). Ora, essa verdade preciosa que revela total soberania de Deus em santa
atuação no meio dos homens.
Ora, alguém abrir sua boca em santa
confissão para dizer: “Senhor, Senhor” é porque certamente algo milagroso
ocorreu em seu coração, porquanto isso não pode ser proveniente de corações não
santificados. Sabemos que do coração do homem não pode brotar santidade,
adoração, temor e obediência. Nosso Senhor mostra em Marcos 7:21-23 as
corrupções que brotam do coração do ser humano e que são transmitidas por sua
boca. Sendo assim, como pode do mesmo lábio brotar benção e maldição? Como pode
do mesmo poço ter água imunda e pura ao mesmo tempo? Posso levar meus leitores
para algumas passagens do Novo Testamento que nos informam a respeito dessa
soberana atuação. A primeira nos mostra a necessidade que o pecador tem de
nascer de novo, caso contrário nada alterará seu coração e seu comportamento
perante Deus. Em João 1 verso 13 é dito que a obra de novo nascimento realizado
nas vidas de homens e mulheres que creem é feita pela soberana vontade de Deus.
Ainda em Efésios 2:1 Paulo mostra a
triste e deprimente condição do homem, morto em seus pecados. O que os homens
podem oferecer a Deus nessa condição? Podem homens e mulheres que agora servem
continuamente ao pecado oferecer louvores ao Senhor e ter em seus lábios
danificados pelo pecado qualquer sentimento de amor e submissão ao Rei dos reis
e Senhor dos senhores? Claro que não! Então, qualquer confissão que não veio de
uma obra transformadora do Senhor no coração, certamente é uma enganosa e
perigosa confissão. Também, é importante que saibamos que não há possibilidade
de desvincular uma confissão a Cristo, sem que haja dedicação, respeito e
submissão ao Pai. Nosso Senhor afirma que há uma reciprocidade de honra: “Quem honra o Filho, honra o Pai”.
Caro leitor, o verdadeiro evangelho
atribui toda glória e honra são somente a Deus; não há lugar para que os homens
entrem nesse território sagrado por seu próprio querer e volição. A mensagem do
evangelho proclama um Deus que em Sua livre misericórdia está chamando os
pecadores que quer chamar, a fim de que sejam salvos e introduzidos nessa
atmosfera de adoração, submissão e dedicação ao Senhor. É por causa disso que
homens e mulheres podem dizer em sincera confissão de fé: “Senhor, Senhor!”
Essas almas um dia foram humilhadas; um dia depararam com sua condição tão
triste no pecado e ouviram as maravilhas do amor de Salvador bendito. Um dia
eles abriram suas bocas e invocaram: “Senhor, Senhor”, para a salvação eterna
de suas almas, por isso há essa constante confissão; é algo ininterrupto em
suas vidas, porque dia após dia necessitam da presença do Senhor para viver, e
até à morte hão de dizer: “Senhor, Senhor!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário