quarta-feira, 1 de maio de 2013

O PRECIOSO SANGUE (7)




Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:19).

         Caro leitor, nada pode conceder livramento eterno ao perdido, a não ser o sangue; os corações tão enganosos e iludidos pelo ardiloso pecado precisam saber que não há outro caminho; os homens, dentro e fora das igrejas precisam parar de lutar na tentativa de promover sua salvação através de seus atos de justiça própria. Foi por essa razão que Pedro alertou em sua carta: “Sabendo que não foi por prata ou ouro que fostes resgatados...” (1 Pedro 1:18). Pensamos que outros meios hão de fornecer caminhos espirituais melhores; que seremos mais santificados e agradaremos mais a Deus. Quanto engano! Fora da redenção pelo sangue tudo resulta em orgulho e fracasso; tudo é dissipado pela fúria da Ira de Deus; tudo resultará em mundanismo e legalismo.

                Caro leitor precisamos saber que nada há em nós que possa agradar trazer satisfação a Deus, pois somos provenientes do pecado. Nossos pais, por mais queridos que eles foram ou são, nos geraram para um viver vão e inútil; nascemos para caminhar pelas vias  da estultices; entramos no mundo para percorrer os caminhos da loucura e escravidão. Dentro de uma religião aparentemente bela e fora de qualquer círculo religioso os homens em Adão são iguais, as diferenças são vistas por nós, mas não pelo grande e Santo Senhor.
         Veja a linguagem de Pedro no verso 18: “...fútil procedimento...”. Ó quanto essas duas palavras vêm nos humilhar! Mas, o que o homem no pecado pode oferecer a Deus? O que pode ser retirado de pureza onde só há imundície? (Jó 14:4). A natureza carnal, o velho homem em Adão precisa saber que está ligado ao pecado e à morte, é tudo abominação! Ó, caro leitor, meditemos nisso com coração profundamente contrito! Bebamos esse cálice amargo da nossa corrupção natural! Saiamos dessa esfera de vaidade, tão perigosa que tem transportado milhares ao abismo! Corramos imediatamente para o lugar de confronto com a verdade do evangelho, prostrando-nos perante o Deus de compaixão!
         Caro leitor, que saibamos que nunca houve, nem haverá qualquer geração que há de gerar santos. Não há esperança no velho homem, pois tudo dele tem que conhecer a morte e o trabalho soberano é chamar pecadores da morte para a vida (João 5:24). O evangelho conclama os homens ao lugar de desespero; toda boca deve estar fechada perante a majestosa santidade de um Deus Justo. A mensagem do evangelho faz cessar o folguedo e toda alegria banal; faz silenciar a carnalidade religiosa e desfaz toda força e preconceito, a fim de que todos os homens saibam que vieram do papai Adão e que são todos culpados (Romanos 5:21).
         A religião moderna põe sua esperança no homem, e ao firmar nessa mentira, satanás aparece imediatamente com suas propostas de um mundo melhor, mais adaptado para um viver agradável. Mas, cada vez mais o desespero aumenta, porquanto onde o homem é exaltado o ambiente fica marcado pela vileza e maldade. O Senhor Deus não está presente num ambiente onde os homens querem ao mesmo tempo exaltar a Deus e ao homem. Onde reina a vanglória humana é ali que satanás é adorado e servido; é ali que traz consigo seu “caminhão” lotado de novas e engenhosas ideias de um mundo paradisíaco. Mas, onde Deus é exaltado, a glória será unicamente Dele e o homem desce ao seu devido lugar.
         Ó, caro leitor é no desespero que podemos conhecer esse misterioso evangelho. Com coração carregado de orgulho, certamente a luz que teremos não virá do santuário, mas sim deste mundo perigoso e maligno. Quando achegamo-nos perante a verdade, mesmo com corações trêmulos, as maravilhas eternas começarão a brilhar diante de nossos olhos. Veremos que foi pela graça que Ele nos escolheu no Amado, antes da fundação do mundo (Efésios 1:4); que foi o amor do Cordeiro que O impulsionou a ir até à cruz, a fim de se entregar ali, para resgatar pecadores culpados, condenados, réus do fogo eterno, a fim de levá-los para Seu reino eterno de glória!

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