domingo, 5 de maio de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (8)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado leitor, somente a Palavra da verdade pode mostrar a dura realidade do pecado como um implacável perseguidor. O orgulho no coração impede que a alma conheça a profundidade do poço da perdição onde a iniqüidade leva o homem. Viemos da queda em Adão, e não somente gostamos da sujeira, como também odiamos que esse “amigo íntimo” seja tratado como Deus o trata em Sua revelação. A cegueira espiritual impede que homem veja a venenosíssima víbora a qual acaricia em seu colo. Todo meu esforço em lidar com esse assunto tem em mira levar meus leitores à compreensão no íntimo da necessidade que o homem tem de humilhar-se perante o Deus da Bíblia (Isaías 57), ao ver os terrores que dominam sua vida aqui e na eternidade, caso não se arrependa e não se converta a Cristo de todo coração.
         A Bíblia está cheia de ilustrações, mas tomarei hoje a vida do filho mais velho de Jacó – Rúben. O primogênito era tido em grande privilégio nos costumes judaicos, porquanto era ele o responsável pelos seus irmãos e pelos negócios do seu pai. No caso de uma família real, normalmente o primogênito ocupava o trono na morte do pai. Realmente era um privilégio cheio de responsabilidades que o primogênito tinha. Conhecemos um pouco a respeito da personalidade de Rúben nas palavras ditas por Jacó a respeito dele quando beirava a morte em seu leito (Gênesis 49:3, 4): “Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, o mais excelente em altivez e o mais excelente em poder. Impetuoso como a águia...”. Parece que era um moço que em tudo mostrava ser capaz para liderança. A palavra “altivez” mostra que Rúben era de personalidade forte, não era medroso e que era alguém em quem seu pai e seus irmãos podiam confiar. Aos olhos naturais aquele moço possuía tudo para ser excelência em liderança e respeito para estar à frente de uma família como a de Israel.
         Porém, o pecado entrou para desmanchar tudo isso. Note o que Ruben fez: “Quando Israel habitava naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube” (Gênesis 35:22). Eis aí o princípio da destruição de um homem. Não é meu objetivo considerar a vida polígama de Jacó, mas lembremos bem que o princípio original do criador é que o homem tenha uma única esposa. Quando Cristo veio ao mundo trouxe à luz essa verdade que somente os crentes em Cristo compreendem e praticam. De qualquer maneira os polígamos consideravam suas mulheres como esposa, por esse fato Rúben cometeu um ato incestuoso ao deitar com uma mulher do seu próprio pai. Ele manchou o leito paterno, aviltou a família que ele deveria honrar.
         Meu amigo, especialmente na área sexual fora do casamento, o pecado aparece para declarar ao coração do homem seus direitos, sua masculinidade; que sua grandeza de homem só pode ser mostrada ao ter relação sexual. O pecado chega para envaidecer e elevar seu orgulho próprio. Milhares estão brincando com essa maldade em nossos dias; milhares pensam que estão caminhando nas alturas do prazer e que agora sim, desfrutam da verdadeira vida, achando que têm liberdade sexual. Não sabem que o sexo fora do casamento denigre e avilta o homem, além de humilhar a mulher à condição de prostituta e adúltera. São iludidos quando pensam que os prazeres de alguns momentos não resultarão em tragédia no viver; acham que seus pecados podem ser acobertados, que não estão sendo vistos e odiados.
         Não foi assim com Rúben? Daquele momento em diante a “ferrugem” começou a destruir tudo o que parecia ser ferro; ao seu derredor ele mesmo armou ciladas sobre si, cavou arapuca para sua alma e passou a ser visto não como um homem, mas como um perverso; não mais seria útil na família e o choro e tristeza acompanhariam o resto do seu viver.

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