“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai
certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado amigo, minha
esperança é que a Palavra de Deus seja suficiente para levar meus leitores a
uma firme convicção do que realmente significa o terror do pecado para alguém
que esteja tolerando a maldade no íntimo. Notemos bem a linguagem clara da
sabedoria divina: “O que encobre
as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa,
alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). Uma aparência de prosperidade
material, sucesso financeiro e social em nada significa real prosperidade se
estiver com pecado encoberto no íntimo. A misericórdia de Deus não paira sobre
uma pessoa que está associada a qualquer maldade no viver.
Continuemos nossas considerações a
respeito da vida de Ruben, o filho mais velho de Jacó, como foi escorregando de
maldade para a maldade, desde que manchou o leito do seu pai, tendo relação
sexual com Bila, sua madrasta. Doravante nada mais havia de segurança dentro
daquela família, porque o caminho do adúltero é um caminho perverso (Jeremias
23:10). Num ambiente assim os mais fracos sofrem, como ocorreu com José e especialmente
Jacó, que por tantos anos sofreu terrivelmente pensando que José tivesse sido
devorado por uma fera, conforme a notícia mentirosa dada pelos seus filhos.
Agora chegou a vez de Deus trazer tudo
a tona; nada há encoberto que não seja revelado (Lucas 12:2). Quando tudo
parecia perdido e que o pecado oculto ficaria permanentemente encoberto, eis
que Deus atrai os 10 filhos de Jacó, para onde? Justamente para o Egito, onde
José fora elevado à condição de governador (Gênesis 41). Os 7 anos de fome
chegaram ao mundo habitado para mexer com os ânimos da numerosa família de
Jacó. Os 10 homens, com seus corações carregados de culpa viajam para comprar
alimentos no Egito que agora está sob o governo de José, aquele mesmo que fora
vendido por eles; não sabiam que aquilo que parecia ser apenas circunstâncias,
não passava de ser a Mão soberana que os empurrava para estar perante José, a
fim de que fossem humilhados e assim conhecessem que o grande Deus de Israel
reina.
José agora não é mais aquele menino
indefeso, mas sim um homem experimentado, provado e aprovado, carregado da
sabedoria de Deus para lidar com seus irmãos, não de maneira perversa, mas sim
com um amor sincero e disciplinador. Sob a pressão de provar que não eram
espiões, mas sim homens sinceros e honestos, tendo que deixar Simeão aprisionado
no Egito, para voltar à Canaã e trazer Benjamin, o irmão caçula, grande
angústia apoderou-se do coração culpado daqueles homens. Não podemos esquecer
que longos anos não apagam uma consciência culpada, a qual começa a queimar
como fogo quando as dificuldades aparecem. Notemos a linguagem de Ruben para
seus irmãos: “... Não vos dizia eu: Não pequeis contra o menino; Mas não
quisestes ouvir; por isso agora é requerido de nós o seu sangue” (Gênesis
42:22). Eis aí o covarde passando a culpa para seus irmãos, ele que era o
principal responsável pela segurança de José, agora se desponta como um
mentiroso, assassino que pretende sair ileso daquele angustiante situação. Sem
que soubessem estavam sob a mira do sábio e amoroso governador do Egito; não
podiam escapar do cerco de Deus.
Meu amigo, por que tentar esconder da
verdade? Por que conviver com a maldade no seio? Por que esse engano de achar
que vai prevalecer na vida com a iniqüidade oculta no íntimo, sem que se
humilhe e se arrependa? É nessa situação que muitos começam a buscar uma
religião, especialmente “evangélica”, onde poderão “trabalhar para Deus”. Com
sincero amor afirmo que Deus não quer sacrifício, mas sim obediência. Coração
contrito, quebrantado é aquilo que Deus tem prazer no homem. Amigo, caia agora
aos pés do Rei da Glória, em sincera confissão, pedindo a Ele que perdoe seus
pecados e purifique seu coração.
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