terça-feira, 7 de maio de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (10)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado amigo, minha esperança é que a Palavra de Deus seja suficiente para levar meus leitores a uma firme convicção do que realmente significa o terror do pecado para alguém que esteja tolerando a maldade no íntimo. Notemos bem a linguagem clara da sabedoria divina: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). Uma aparência de prosperidade material, sucesso financeiro e social em nada significa real prosperidade se estiver com pecado encoberto no íntimo. A misericórdia de Deus não paira sobre uma pessoa que está associada a qualquer maldade no viver.
         Continuemos nossas considerações a respeito da vida de Ruben, o filho mais velho de Jacó, como foi escorregando de maldade para a maldade, desde que manchou o leito do seu pai, tendo relação sexual com Bila, sua madrasta. Doravante nada mais havia de segurança dentro daquela família, porque o caminho do adúltero é um caminho perverso (Jeremias 23:10). Num ambiente assim os mais fracos sofrem, como ocorreu com José e especialmente Jacó, que por tantos anos sofreu terrivelmente pensando que José tivesse sido devorado por uma fera, conforme a notícia mentirosa dada pelos seus filhos.
         Agora chegou a vez de Deus trazer tudo a tona; nada há encoberto que não seja revelado (Lucas 12:2). Quando tudo parecia perdido e que o pecado oculto ficaria permanentemente encoberto, eis que Deus atrai os 10 filhos de Jacó, para onde? Justamente para o Egito, onde José fora elevado à condição de governador (Gênesis 41). Os 7 anos de fome chegaram ao mundo habitado para mexer com os ânimos da numerosa família de Jacó. Os 10 homens, com seus corações carregados de culpa viajam para comprar alimentos no Egito que agora está sob o governo de José, aquele mesmo que fora vendido por eles; não sabiam que aquilo que parecia ser apenas circunstâncias, não passava de ser a Mão soberana que os empurrava para estar perante José, a fim de que fossem humilhados e assim conhecessem que o grande Deus de Israel reina.
         José agora não é mais aquele menino indefeso, mas sim um homem experimentado, provado e aprovado, carregado da sabedoria de Deus para lidar com seus irmãos, não de maneira perversa, mas sim com um amor sincero e disciplinador. Sob a pressão de provar que não eram espiões, mas sim homens sinceros e honestos, tendo que deixar Simeão aprisionado no Egito, para voltar à Canaã e trazer Benjamin, o irmão caçula, grande angústia apoderou-se do coração culpado daqueles homens. Não podemos esquecer que longos anos não apagam uma consciência culpada, a qual começa a queimar como fogo quando as dificuldades aparecem. Notemos a linguagem de Ruben para seus irmãos: “... Não vos dizia eu: Não pequeis contra o menino; Mas não quisestes ouvir; por isso agora é requerido de nós o seu sangue” (Gênesis 42:22). Eis aí o covarde passando a culpa para seus irmãos, ele que era o principal responsável pela segurança de José, agora se desponta como um mentiroso, assassino que pretende sair ileso daquele angustiante situação. Sem que soubessem estavam sob a mira do sábio e amoroso governador do Egito; não podiam escapar do cerco de Deus.
         Meu amigo, por que tentar esconder da verdade? Por que conviver com a maldade no seio? Por que esse engano de achar que vai prevalecer na vida com a iniqüidade oculta no íntimo, sem que se humilhe e se arrependa? É nessa situação que muitos começam a buscar uma religião, especialmente “evangélica”, onde poderão “trabalhar para Deus”. Com sincero amor afirmo que Deus não quer sacrifício, mas sim obediência. Coração contrito, quebrantado é aquilo que Deus tem prazer no homem. Amigo, caia agora aos pés do Rei da Glória, em sincera confissão, pedindo a Ele que perdoe seus pecados e purifique seu coração.  

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