terça-feira, 7 de maio de 2013

MEDITAÇÃO DE SPURGEON



 Fez nadar o ferro.” (2Reis6:6)

         O machado parecia estar irremediavelmente perdido, e, como era emprestado, o prestígio dos filhos dos profetas estava provavelmente em perigo, e, em consequência, o nome do seu Deus ia estar comprometido. Contra toda a esperança, o ferro subiu das profundidades do rio e nadou, pois o que é impossível para os homens é possível para Deus.
         Conheço um homem em Cristo que há poucos anos foi chamado a empreender uma obra que estava muito para lá das suas forças. Esta obra parecia-lhe tão dificultosa que até a simples ideia de tentar realizá-la era absurda. Contudo, ele foi chamado a realizá-la, e, ao apresentar-lhe a ocasião, a sua fé afirmou-se. Deus premiou-lhe a sua fé, enviou-lhe ajuda inesperada e o ferro nadou. Outro, da família do Senhor, estava passando por um grave aperto financeiro. Se tivesse podido vender certa parte dos seus bens teria tido com o que satisfazer todos seus compromissos, mas da noite para o dia foi posto num beco sem saída, e foi, em vão, à busca de amigos. Todavia, a sua fé guiou-o para o infalível Ajudador, e, vede! A dificuldade desapareceu e o ferro nadou.
         Um terceiro estava preocupado com um triste caso de corrupção. Já tinha apelado ao ensino, à repreensão, à exortação, ao convite e à intercessão, mas… tudo em vão. O velho Adão era muito forte para o jovem Melanchton; o teimoso espírito não queria ceder. Então agonizou em oração, e, em breve, foi enviada do céu uma bendita resposta. O coração duro foi quebrantado e o ferro nadou.
      Amado leitor, qual é teu caso desesperado? Que assunto grave tens entre mãos, esta noite? Trá-lo aqui. O Deus dos profetas vive, e vive para ajudar os Seus santos. Ele não permitirá que careças de algum bem. Põe a tua fé no Senhor dos Exércitos! Aproxima-te Dele invocando o nome de Jesus e o ferro nadará. Verás dentro de pouco tempo o dedo de Deus obrando maravilhas a favor do Seu povo. “Seja-vos feito segundo a vossa fé”, e ainda outra vez o ferro nadará.
Tradução de Carlos António da Rocha

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