quinta-feira, 9 de maio de 2013

APARENTE CONTRADIÇÃO (22)




         Quem há entre vós que tema ao Senhor e que ouça a voz do seu Servo? Aquele que andou em trevas, confie em o nome do Senhor e se firme sobre o seu Deus. Eia! Todos vós que acendeis fogo e vos armais de setas incendiárias, andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as setas que acendestes; de mim é que vos sobrevirá isto, e em tormentas vos deitareis” (Isaías 50:10,11).
FILHOS DAS TREVAS QUE ANDAM NA LUZ. 
         Caro leitor, não esqueçamos que neste mundo os filhos das trevas caminham na luz, carregam suas setas incendiárias e andam entre as labaredas de fogo. Mas, avanço um pouco mais para afirmar que os filhos das trevas odeiam os filhos da luz e procuram constantemente desfazer essas estrelas que brilham no mundo, para o bem do próprio mundo. Não há entre os filhos das trevas qualquer sentimento de bem-estar na presença dos santos de Deus, por essa razão constantemente os crentes são alvos de suas perseguições. Vemos isso na dramática experiência de Daniel na coorte babilônica. Aquele servo de Deus tão exemplar era para ser querido, amado e aceito por todos aqueles servidores no governo de Dario. Mas vemos que Daniel era motivo de estorvo para aqueles gananciosos e avarentos; o viver justo e piedoso daquele homem de Deus estorvava seus intentos de terem mais dinheiro e mais fama, por esse fato lutaram no afã de apagar aquela luz. Foi com a intervenção milagrosa de Deus que Daniel escapou das garras dos ferozes leões e seus inimigos que foram feitos os tão aprazíveis cardápios para as famintas feras (Daniel 6).
         Caro leitor, neste mundo os santos de Deus não são bem vindos, essas lâmpadas com energia do céu são constantemente perseguidas, a fim de serem quebradas. Por essa razão, os crentes devem lembrar que quanto mais procurarem viver em santidade para agradar o Senhor, mais serão perseguidos. Os ímpios não estão interessados no brilho da glória de Cristo por meio dos verdadeiros crentes. Eles querem manter acesas as fogueiras deles, a fim de curtir com euforia o mundo com suas paixões e prazeres. Se não houver uma intervenção de Deus, eles procurarão massacrar os crentes, pois suas vidas ímpias são atormentadas pela presença de homens e mulheres piedosos.
         Assim que Deus apagou o velho Saulo de Tarso e fez brilhar um homem nascido do céu – Paulo, não demorou muito para que a liderança religiosa de Jerusalém encetasse perseguição contra ele. Assim que perceberam que a mudança foi real, que aquele perseguidor da igreja não existia mais, então começou os dias amargos de trevas e de sofrimento para o apóstolo Paulo (Atos 9). Muitos crentes são pegos de surpresa quando até mesmo seus parentes se tornam seus inimigos e passam a odiar-lhes. Essa reação do mundo contra os santos de Deus é normal. Os ímpios espertamente pegam pedras para quebrar essas lâmpadas, porque essas luzes estorvam o viver idólatra e maligno deles, por isso os crentes devem estar prevenidos. Nosso Senhor deixou essa verdade bem estampada em João 15. Ora, o mundo jaz no maligno (1 João 5:19); o mundo é o real instrumento das ações de satanás em todos os aspectos; o mundo detesta a perfeita justiça de Cristo e ela é mostrada nos verdadeiros crentes: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça...” (Mateus 5), justamente porque é nessa perfeita justiça do Filho de Deus atribuída aos crentes que o mundo percebe a presença viva de Cristo.
         Caro leitor, neste mundo vemos que está chegando às horas mais escuras das trevas do mal. Todo sistema de impiedade está se ajuntando; todo ramo de mentiras está dando as mãos e formando o poderoso exército maligno contra Deus e o povo de Deus que aqui peregrina é que vai sofrer. A pressão é terrível para que até mesmo os crentes sejam apagados na sua fé e aceitem as luzes da nova era, do programa satânico que avança. É nesse momento que devemos estar alertas, acordados e firmados na verdade. É este o momento crucial para que realmente glorifiquemos Cristo em nosso viver e mostremos ao mundo a verdadeira fé que brilha intensamente, pois está firmada na verdade inabalável da tão grande salvação.





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