“Não
é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que
esmiúça a penha?”
(Jeremias 23:29). PODER
DESTRUIDOR:
Prezado amigo, minhas palavras não
podem explicar a grandeza e suficiência da Palavra de Deus. Mas não haverá
qualquer utilidade explicar a composição do fogo, nem do martelo. O fogo por si
mesmo explica sua poderosa atividade. O martelo mostra sua utilidade quando é
usado naquilo para o qual foi feito.
O que Moisés poderia fazer diante da
crueldade e obstinação de Faraó? Nada! Moisés se apresentou perante o monarca
egípcio revestido da autoridade de Deus: “Tu, pois, lhe falarás, e porás as palavras na sua
boca; e eu serei com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que haveis de
fazer” (Êxodo 4:15). Moisés e Arão seriam massacrados pela fúria do rei, não
fosse a presença do Senhor. Tentar argumentar com o Faraó na base do seu
próprio poder, no uso de sua própria coragem, as palavras de Moisés seriam como
água, não fogo; seriam como se Moisés estivesse batendo numa rocha usando um
pedaço de pau.
Quem pode quebrar a dureza do coração
humano? Ninguém! Por natureza o coração humano é extremamente resistente a
Deus. Parece frágil diante das emoções religiosas! Parece manteiga ante os
argumentos psicológicos e filosóficos deste mundo; desce qual água diante das
propostas mentirosas e dos caminhos tortuosos de satanás e está pronto a
inclinar-se perante as paixões carnais e religiosas. Porém, diante da verdade
revelada a respeito de Deus, imediatamente ergue-se como a venenosa naja.
Perante a verdade que revela a glória de Deus e o Deus da glória, do seu
coração fuzila ódio e no íntimo transforma-se num paredão intransponível de
pedra.
Notemos a reação do rei do Egito cada
vez que Moisés e Arão compareciam perante ele como embaixadores de Deus,
trazendo ameaças do céu contra aquele barro revestido de orgulho. É dito várias
vezes que o coração de faraó se endureceu. Nada, nem mesmo as
terríveis pragas conseguiam abrir um buraco naquela rocha. Nem mesmo as
aflições causadas pelas pragas conseguiam destrancar a porta do coração do rei.
Quando o pesadelo das pragas sumia como fumaça, eis que novamente Faraó
imponente mostrava seu ódio e desprezo perante o Onipotente.
Quantas vezes decepcionamos com as reações
dos homens! Quantas vezes buscamos métodos mundanos na tentativa de levar
homens e mulheres a Cristo! Quantas vezes pensamos que realmente conseguimos
obter resultados satisfatórios! Mas é tudo inútil! Enquanto o martelo do
evangelho não quebrar e esmiuçar a dureza e rebelião do homem contra Deus nada
mais poderá realizar essa façanha. Podemos formar homens e mulheres religiosos!
Podemos atrair pessoas para nossos círculos de opiniões e pessoas facilmente elas
podem acompanhar nossas convicções. Mas não podemos ultrapassar a barreira
pedregosa erguida pelo pecado contra Deus. A composição dessa rocha é de
iniqüidade, transgressão, orgulho, soberba e sofismas. Por detrás dessa
barreira está satanás e à frente vai a morte. Seu curso é de engano e seu fim é
o inferno.
Mas o martelo chega para quebrar. Veja
como o Senhor Jesus se posicionou perante o túmulo de Lázaro. A multidão ao
derredor presenciava incrédula, porque jamais acreditava que algo impossível
poderia acontecer. Mas quatro palavras foram suficientes: “Lázaro, sai para fora”! Aquelas palavras arrebentaram todas
as trancas do pecado, do diabo e da morte. Lázaro saiu. Meu amigo leitor, a
Palavra de Deus é assim, suficiente nela mesma. Dou glórias a Deus porque não
tenho que pregar minhas palavras! Fui mandado para pregar o que está escrito:
“Assim diz o Senhor!”. Pronto! É a marreta de Deus que destrói rochas! É o fogo
que incendeia e queima o mal! A Palavra de Deus não mudou. Ela está em plena
atividade, não importa as condições deste mundo e da igreja.
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