“Lembrai-vos da mulher de Ló” Lucas 17:32.
O LUGAR ONDE MORAVA - SODOMA
Agora
vamos entrar nas buscas das informações acerca da mulher de Ló. O que esperamos
das mulheres que são esposas, é que elas são humildes e submissas aos seus
maridos. Normalmente mulheres assim são notoriamente sábias e conselheiras;
normalmente são auxiliares e boas ajudadoras com seus maridos, especialmente em
tomar decisões para o bem da família. É claro que todas as mulheres, mesmo as
crentes como Sara, são tendenciosas ao erro. Um dos erros de Sara ocorreu
quando ela, querendo saber se o problema de não ter filho era dela ou de
Abraão, simplesmente entregou sua serva Hagar para coabitar com ele. Aquela
atitude dela e o fato que Abraão aceitou trouxe terrível resultado, aliás visto
até hoje com o ódio dos árabes contra os judeus.
Parece
que as virtudes de uma boa esposa submissa não fazia parte da vida daquela
mulher. A bíblia não diz que ela foi uma adúltera, traindo seu marido. O que
vemos nela foi o fato que ela simplesmente não ajudou o marido na decisão de
buscar o lugar certo. O motivo da separação de Ló com Abraão foi o fato que as
terras de Abraão não podiam suportar os animais de Ló, além das contendas entre
os pastores de Ló com os de Abraão, por isso foi necessário essa separação
entre tio e sobrinho, conforme descreve Gênesis 13. Não posso em nada culpar a
esposa de Ló quanto a decisão de morar em Sodoma, pois cabe sempre ao marido
tomar as decisões no lar, mesmo após buscar conselho com a esposa.
Por
outro lado, a decisão da separação de Ló com seu tio em nada foi boa, por duas
razões. A primeira é que Ló estava deixando a companhia de um homem santo e
justo, o qual era cercado da proteção de Deus. Vemos no capítulo 14 que não
demorou muito houve aquela guerra de 5 reis contra 4 e Ló com a família foram
levados cativos, havendo a necessidade da intervenção miraculosa de Deus por
meio de Abraão. Era para Ló ficar nas proximidades do seu tio, mesmo separando
das terras de Abraão. Sodoma e Gomorra eram cidades perigosas, onde os
moradores eram terrivelmente iníquos.
Em
segundo lugar, a companhia de Abraão e Sara era mais do que questão de
parentesco, era desfrutar da presença um casal que tinha a presença de Deus que
o abençoava em tudo, e mesmo com as constantes mudanças de Abraão, Deus
abençoava grandemente sua vida material, trazendo respeito e consideração por
todos. Um homem crente deve considerar tudo isso. O que aconteceria se fosse
mudar para Sodoma? Numa cidade as filhas poderiam encontrar o casamento certo.
Não era tudo ruim em Sodoma e Gomorra; os princípios normais da vida material
funcionavam bem, pois havia ali construção de casas, o setor da agricultura e
pecuária era produtivo, além do fato que havia casamento: “...casavam e davam
em casamento”.
Tomamos
decisões assim também em nossos dias, pois queremos o bem de nossos filhos para
que eles tenham um bom futuro. O perigo pode ocultar-se atrás das decisões que
parecem mais sábias para nós. Há caminho que ao homem parece direito, mas ao
final culmina em caminhos de morte. O mundo naquele tempo era muito diferente
do de hoje. Naqueles dias as cidades pequenas estavam em crescimento, mas a
opção melhor era a vida nos campos, os serviços da agricultura e pecuária.
Cidades como Sodoma e Gomorra estavam em expansão e o progresso social era bem
atraente com aquilo que não se acha em lugares pequenos, ou mesmo nos campos.
Nada
contra morar numa cidade grande ou pequena. Essa tem sido a melhor opção em
nossos dias. Não nos preocupemos com uma São Paulo, Nova York, Sodoma ou uma
bela Babilônia. O problema não está nas cidades, mas sim no coração. O problema
não residia em morar em Sodoma e Gomorra, mas sim num coração que se encanta
com o belo mundo enfeitado de cores do pecado ao nosso derredor.
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