quarta-feira, 21 de outubro de 2020

LEMBRAI-VOS DA MULHER DE LÓ (2)

 

           

“Lembrai-vos da mulher de Ló” Lucas 17:32.

O LUGAR ONDE MORAVA - SODOMA

        Agora vamos entrar nas buscas das informações acerca da mulher de Ló. O que esperamos das mulheres que são esposas, é que elas são humildes e submissas aos seus maridos. Normalmente mulheres assim são notoriamente sábias e conselheiras; normalmente são auxiliares e boas ajudadoras com seus maridos, especialmente em tomar decisões para o bem da família. É claro que todas as mulheres, mesmo as crentes como Sara, são tendenciosas ao erro. Um dos erros de Sara ocorreu quando ela, querendo saber se o problema de não ter filho era dela ou de Abraão, simplesmente entregou sua serva Hagar para coabitar com ele. Aquela atitude dela e o fato que Abraão aceitou trouxe terrível resultado, aliás visto até hoje com o ódio dos árabes contra os judeus.

        Parece que as virtudes de uma boa esposa submissa não fazia parte da vida daquela mulher. A bíblia não diz que ela foi uma adúltera, traindo seu marido. O que vemos nela foi o fato que ela simplesmente não ajudou o marido na decisão de buscar o lugar certo. O motivo da separação de Ló com Abraão foi o fato que as terras de Abraão não podiam suportar os animais de Ló, além das contendas entre os pastores de Ló com os de Abraão, por isso foi necessário essa separação entre tio e sobrinho, conforme descreve Gênesis 13. Não posso em nada culpar a esposa de Ló quanto a decisão de morar em Sodoma, pois cabe sempre ao marido tomar as decisões no lar, mesmo após buscar conselho com a esposa.

        Por outro lado, a decisão da separação de Ló com seu tio em nada foi boa, por duas razões. A primeira é que Ló estava deixando a companhia de um homem santo e justo, o qual era cercado da proteção de Deus. Vemos no capítulo 14 que não demorou muito houve aquela guerra de 5 reis contra 4 e Ló com a família foram levados cativos, havendo a necessidade da intervenção miraculosa de Deus por meio de Abraão. Era para Ló ficar nas proximidades do seu tio, mesmo separando das terras de Abraão. Sodoma e Gomorra eram cidades perigosas, onde os moradores eram terrivelmente iníquos.

        Em segundo lugar, a companhia de Abraão e Sara era mais do que questão de parentesco, era desfrutar da presença um casal que tinha a presença de Deus que o abençoava em tudo, e mesmo com as constantes mudanças de Abraão, Deus abençoava grandemente sua vida material, trazendo respeito e consideração por todos. Um homem crente deve considerar tudo isso. O que aconteceria se fosse mudar para Sodoma? Numa cidade as filhas poderiam encontrar o casamento certo. Não era tudo ruim em Sodoma e Gomorra; os princípios normais da vida material funcionavam bem, pois havia ali construção de casas, o setor da agricultura e pecuária era produtivo, além do fato que havia casamento: “...casavam e davam em casamento”.

        Tomamos decisões assim também em nossos dias, pois queremos o bem de nossos filhos para que eles tenham um bom futuro. O perigo pode ocultar-se atrás das decisões que parecem mais sábias para nós. Há caminho que ao homem parece direito, mas ao final culmina em caminhos de morte. O mundo naquele tempo era muito diferente do de hoje. Naqueles dias as cidades pequenas estavam em crescimento, mas a opção melhor era a vida nos campos, os serviços da agricultura e pecuária. Cidades como Sodoma e Gomorra estavam em expansão e o progresso social era bem atraente com aquilo que não se acha em lugares pequenos, ou mesmo nos campos.

        Nada contra morar numa cidade grande ou pequena. Essa tem sido a melhor opção em nossos dias. Não nos preocupemos com uma São Paulo, Nova York, Sodoma ou uma bela Babilônia. O problema não está nas cidades, mas sim no coração. O problema não residia em morar em Sodoma e Gomorra, mas sim num coração que se encanta com o belo mundo enfeitado de cores do pecado ao nosso derredor.

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