“Concedeu-lhes
o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo
106:15)
O
PERIGO DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS.
Entendamos que tudo o que foi escrito,
para nosso ensino foi escrito, por isso temos em mãos o Salmo 106. Em tudo a
bíblia está nos mostrando que nossa tendência é partir para as mais vergonhosas
atitudes contra Deus, mesmo perante toda Sua expressiva bondade e compaixão. A história
de Israel no deserto, como nação durante os dois mil anos narrados no Velho
Testamento é a história daquilo que se espera do homem. Em toda narrativa do
Velho Testamento, Deus está mostrando a condição depravada do homem no pecado e
que ele merece somente o juízo, a não ser que entre em cena as atividades
compassivas de Deus. É essa a lição que vemos no capítulo 1 de Isaías, onde
Deus diz àquele povo, que se não fosse o remanescente (o povo eleito),
Jerusalém seria destruída, assim como Deus fez com Sodoma e Gomorra.
Quero retornar ao texto no Salmo 106:15,
porque ali vemos qual foi a atitude de rebelião do povo, claro, refiro-me ao
povo incrédulo. Eles não acompanham a Deus com corações gratos, mas sim inconformados
com a situação. Eles estavam com saudades da comida do Egito, por isso tentavam
a Deus, como que dizendo que se Ele era Deus, então era para abrir uma mesa no
deserto e dá-lhes tudo o que eles queriam. Eles faziam o que exatamente estão
fazendo em nossos dias. A fé deles era produto de uma natureza mundana, carnal
e egoísta.
Ora, devemos saber que Satanás tenta
mostrar aos homens que Deus existe para satisfazer nossas necessidades. É
exatamente essa a ideia que os homens modernos têm da divindade. O conceito de
Deus que o sistema “evangélico” moderno traz hoje é o mesmo que tiveram aqueles
que, à beira do Monte Sinai fizeram o bezerro de ouro, e o mesmo conceito que
teve o povo ímpio durante o trajeto pelo deserto. Não tem um deus melhor para o
homem do que o deus que promete dar tudo o que os homens querem, em seus
anseios carnais. Eles se tornam dedicados, fervorosos, adoradores e
aparentemente piedosos.
Os homens no pecado são gananciosos
pelas promessas deste mundo. Eles não querem andar para a terra prometida por
Deus, pois eles anelam o mundo e seus prazeres. Eles não têm qualquer afinidade
com o Deus da bíblia, o qual quer que O sigamos humildemente pelo deserto desta
vida, enfrentando as lutas e provações, dependendo Dele para nossas
necessidades. Os mundanos não querem um Deus que é o Guia dos fieis, que mostra
o caminho certo por onde devemos andar e que nos livra dos perigos. Eles não
querem promessas de felicidade após a morte, porque a vida para eles consiste
de viver aqui, cheio de sonhos e esperança de felicidades terrenas, assim como
pensava a mulher de Ló.
Os anos passam e nós pensamos que os
homens mudam em relação a Deus. Quanto engano. O mundo se ocupa com o avanço do
próprio mundo em todos os aspectos seculares, mas o homem de hoje é o
mesmíssimo de 2, 3, 4 mil anos atrás. Eles correm para o lindo horizonte que se
desponta perante seus olhos; lá adiante está satanás, mostrando o que eles vão
ganhar e como há um lindo paraíso a espera deles. Aqueles incrédulos que
peregrinaram com o povo de Israel tentaram a Deus. Eles queriam dizer no íntimo
que se não tornasse o caminho melhor e mais agradável eles não estavam
dispostos a seguir. Que triste condição dos pecadores!
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