“E
eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”
(Mateus 3:17)
O
AMADO FILHO DE DEUS
Positivamente, Deus exibe a glória dessa
comunhão de amor, de alegria, de prazer mútuo, existente entre essas Pessoas: “Este
é o meu filho Amado em quem me comprazo”. Nos relacionamentos humanos não
existe isso que envolve satisfação, a não ser naquilo que os homens
egoisticamente querem. No entrelace humano sempre há discórdia, ódio, rancor, ciúme,
inveja, etc. tudo o que envolvem as manifestações pecaminosas. Isso ocorre por
causa da individualidade pecaminosa do homem. No pecado cada ser humano quer
ser divinizado como deus, assim os outros são tratados com desprezo, ou mesmo
tratado para servir aos interesses egoístas.
Na divindade há individualidade sim,
pois cada Pessoa da divindade é Deus completo. Não há deformidade na divindade,
pois cada Pessoa é gloriosamente divina. Não tem na divindade uma Pessoa que é
mais elevada em glória que a outra. Nosso Senhor Jesus não perdeu Sua
divindade, Ele apenas a ocultou na Sua humilhação. Mas já pude mostrar que na
transfiguração Ele mostrou Sua glória que transcendeu toda aparência obtida na
condição de homem. Notemos como Lúcifer desde a queda sempre quis ser elevado
em glória divina e toda sua atuação desde sua queda sempre foi operar em vão
neste mundo, a fim de obter tal glória.
Na divindade, entretanto não é assim.
São três Pessoas, mas não três deuses, porque é impossível existir 3 deuses.
São 3 Pessoas que têm prazer, alegria, satisfação e glória mútua. Na divindade
há festa da pureza, santidade e grandeza de Deus; na divindade há esse
intercâmbio de amor e sentimentos eternos. Na divindade há comunicação de real
prazer, porque dentro desse contexto há riquezas, glórias, majestade, poder,
glória, etc. tudo o que envolve grandeza num contexto de eternidade.
Foi isso o que o Pai transmitiu nesse
texto de Mateus 3:17. Para que todos pudessem entender a linguagem divina, Deus
comunica Sua apreciação pelo Filho usando linguagem humana. José era o filho
amado de Jacó, mas seu sofrimento no Egito foi algo que humanamente
experimentou sozinho, pois seu pai, longe tinha o coração enlutado, sofrendo no
íntimo por um filho que para ele estava morto. Mas no caso do Senhor, eis que o
Pai faz ouvir Sua voz para dizer que ali estava Seu Filho e não filho de José
com Maria. Ali estava Seu Filho Amado e o Pai tinha prazer Nele.
Que preciosa lição! Deus só tem prazer
naquilo que envolve santidade, então Seu Filho é puro e perfeito. Deus se
compraz naquilo que é justo e ali estava o perfeito Justo. Em Cristo, mesmo
marcado por fora pela sua humilhação estava tudo o que o Pai amava: pureza,
justiça, amor, obediência, santidade, irradiante beleza, etc. tudo isso com
perfeição. Nada houve no Filho que atraísse a ira de Deus, senão quando Ele se
tornou pecado por nós ali na cruz.
Assim vemos um pouquinho só o que
realmente significa isso. Estamos vendo tudo isso no resplendor da glória;
presenciamos um pouquinho a admiração do Pai ao Filho, admiração tal que jamais
foi anulada. O Pai amado acompanhou o Filho amado em toda essa trajetória,
mirou sua incrível atitude de obediência, mesmo se subordinando as limitações
humanas. O Filho eternamente amado estava ali como perfeito Homem amado pelo
Pai.
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