“Bem-aventurado
aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado
aquele a quem Deus não imputa maldade e em cujo espírito não há dolo” Salmo
32:1,2
O AVALIADOR DO HOMEM
FELIZ
Façamos agora uma avaliação do homem
feliz, mas não do ponto de vista nosso, porque somos sempre fadados ao fracasso
em nossa concepção errônea das coisas. Mesmo o crente Asafe (Salmo 73) Avaliou
o homem feliz do ponto de vista mundano e carnal e quase tropeçou feio, se
afastando de Deus. O melhor caminho para nós avaliar a felicidade é ouvindo o
próprio Deus falando, como acontece no Salmo 32, porque mesmo sendo palavras do
Salmista, ele as transmite com o bom senso de uma sincera confissão, pois Deus
requer a verdade no íntimo (Salmo 51:6).
Sendo assim tomemos o rumo em afirmar
que não é bem aventurado aquele que se acha feliz ou porque pensa que é feliz.
O homem rico da história que Cristo narra em Lucas 12 concluiu que era feliz ao
contemplar as riquezas adquiridas com seu esforço, mas o resultado foi que
naquela mesma noite a morte chegou para ceifar sua vâ existência. Alguns pensam
que felicidade vem com as conquistas deste mundo, como um casamento e a chegada
do tão esperado filho. Poucos dias atrás, em São Paulo, um jovem levou sua
esposa para o primeiro parto e era possível ver a foto dos dois alegres,
aguardando o filho, mas assim que desceu para ir ao hospital eles foram
surpreendidos com um carro, cujo motorista perdeu a direção por estar
embriagado. A vida daquele jovem foi ceifada na hora e sua esposa deu entrada
no hospital em estado grave.
Poderia gastar tempo aqui para falar de
casos e mais casos que sobrevêm de forma drástica, a fim de cortar de uma vez
os anseios dessa felicidade tão buscada aqui neste mundo. Eu só posso afirmar
que sou feliz quando ouço Deus dizer a meu respeito que sou feliz, ou
bem-aventurado. Foi assim com Maria, porque o anjo Gabriel chegou a ela e lhe
disse que ela era bem-aventurada. De fato, posteriormente aquela mulher revelou
sua imensa felicidade ao saber que era a mulher escolhida para ser a mãe de
Jesus.
Mas sei que preciso explicar isso e
tenho feito de certa forma negativamente. Acho que determinadas experiências
religiosas não têm forças para decretar felicidade no âmago de uma alma. Muitos
se sentem felizes em sua religião, sem contudo conhecer a felicidade que vem de
Deus. Conheci alguns que se sentiram felizes com a descoberta de algumas
verdades bíblicas, como a doutrina da eleição e outros ensinos que acompanham
essa maravilhosa doutrina. Elas foram tomadas de felicidade, mas a verdade é
que durou pouquíssimo tempo e logo essas pessoas voltaram ao que eram antes. A
razão é que não tiveram esse real encontro de confissão, a fim de ouvir de Deus
que elas eram bem-aventuradas.
Assim, seguindo esse conceito santo e
imutável, podemos dizer que nada, simplesmente nada pode tornar o homem feliz,
enquanto ele não chegar a Deus em santa confissão, a fim de obter o perdão dos
seus pecados e a justificação, coisas que ocorrem imediatamente na salvação de
alguém. Vocês que leem meus escritos podem até mesmo achar que sou por demais
repetitivo, mas vale a pena, quando o assunto é de urgente importância. Não há
salvação fora da verdade da cruz e foi esse o tema central do ministério dos
apóstolos e de todos os grandes pregadores do passado, e a razão é que esse é o
tema central das Escrituras: Redenção pelo sangue do Cordeiro. Por que vou
falar de felicidade sem a mensagem da cruz? Se faço isso é porque sou um falso
médico da alma e estarei enganando as almas.
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