quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A FONTE DA FELICIDADE (11)

 


“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado aquele a quem Deus não imputa maldade e em cujo espírito não há dolo” Salmo 32:1,2

O AVALIADOR DO HOMEM FELIZ

        Façamos agora uma avaliação do homem feliz, mas não do ponto de vista nosso, porque somos sempre fadados ao fracasso em nossa concepção errônea das coisas. Mesmo o crente Asafe (Salmo 73) Avaliou o homem feliz do ponto de vista mundano e carnal e quase tropeçou feio, se afastando de Deus. O melhor caminho para nós avaliar a felicidade é ouvindo o próprio Deus falando, como acontece no Salmo 32, porque mesmo sendo palavras do Salmista, ele as transmite com o bom senso de uma sincera confissão, pois Deus requer a verdade no íntimo (Salmo 51:6).

        Sendo assim tomemos o rumo em afirmar que não é bem aventurado aquele que se acha feliz ou porque pensa que é feliz. O homem rico da história que Cristo narra em Lucas 12 concluiu que era feliz ao contemplar as riquezas adquiridas com seu esforço, mas o resultado foi que naquela mesma noite a morte chegou para ceifar sua vâ existência. Alguns pensam que felicidade vem com as conquistas deste mundo, como um casamento e a chegada do tão esperado filho. Poucos dias atrás, em São Paulo, um jovem levou sua esposa para o primeiro parto e era possível ver a foto dos dois alegres, aguardando o filho, mas assim que desceu para ir ao hospital eles foram surpreendidos com um carro, cujo motorista perdeu a direção por estar embriagado. A vida daquele jovem foi ceifada na hora e sua esposa deu entrada no hospital em estado grave.

        Poderia gastar tempo aqui para falar de casos e mais casos que sobrevêm de forma drástica, a fim de cortar de uma vez os anseios dessa felicidade tão buscada aqui neste mundo. Eu só posso afirmar que sou feliz quando ouço Deus dizer a meu respeito que sou feliz, ou bem-aventurado. Foi assim com Maria, porque o anjo Gabriel chegou a ela e lhe disse que ela era bem-aventurada. De fato, posteriormente aquela mulher revelou sua imensa felicidade ao saber que era a mulher escolhida para ser a mãe de Jesus.

        Mas sei que preciso explicar isso e tenho feito de certa forma negativamente. Acho que determinadas experiências religiosas não têm forças para decretar felicidade no âmago de uma alma. Muitos se sentem felizes em sua religião, sem contudo conhecer a felicidade que vem de Deus. Conheci alguns que se sentiram felizes com a descoberta de algumas verdades bíblicas, como a doutrina da eleição e outros ensinos que acompanham essa maravilhosa doutrina. Elas foram tomadas de felicidade, mas a verdade é que durou pouquíssimo tempo e logo essas pessoas voltaram ao que eram antes. A razão é que não tiveram esse real encontro de confissão, a fim de ouvir de Deus que elas eram bem-aventuradas.

        Assim, seguindo esse conceito santo e imutável, podemos dizer que nada, simplesmente nada pode tornar o homem feliz, enquanto ele não chegar a Deus em santa confissão, a fim de obter o perdão dos seus pecados e a justificação, coisas que ocorrem imediatamente na salvação de alguém. Vocês que leem meus escritos podem até mesmo achar que sou por demais repetitivo, mas vale a pena, quando o assunto é de urgente importância. Não há salvação fora da verdade da cruz e foi esse o tema central do ministério dos apóstolos e de todos os grandes pregadores do passado, e a razão é que esse é o tema central das Escrituras: Redenção pelo sangue do Cordeiro. Por que vou falar de felicidade sem a mensagem da cruz? Se faço isso é porque sou um falso médico da alma e estarei enganando as almas.

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