quarta-feira, 7 de outubro de 2020

“ CONHECENDO A PRECIOSIDADE DO FILHO” (6)

               

“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17)

O AMADO FILHO DE DEUS

        Na glória da divindade em tudo vemos um Deus em plena satisfação. Não há frustração na comunhão divina; não há decepção, como acontece conosco. Tudo ali é fonte de amor perene e é dali que procede essas maravilhas e riquezas, as quais são desconhecidas aos homens no pecado. Notemos bem o fato como Cristo expressa esse desejo de retornar à glória que Ele sempre teve com o Pai, antes que houvesse mundo. Vemos isso em Sua oração em João 17.

        Foi durante o período da humilhação que fez com que nosso Senhor se distanciasse do Pai, no sentido de que Ele se tornou Homem, mas mesmo esse distanciamento não mudou nada no aspecto da divindade. Ninguém pode prender a divindade ao tempo; não há quem possa segurar a divindade dentro de um sistema humano. É impossível para nós conceber a ideia de estar aqui e estar com o Pai ao mesmo tempo. A divindade ocupa tudo em todos os aspectos. Foi na humanidade que o Filho se submeteu ao Pai, mas isso não lançou fora a glória da divindade.

        Aquele que fez o céu e a terra com a Palavra do Seu poder não perdeu a força dessa sua posição na divindade. Deus comunica com o Filho sem perder o Filho pela distância; os poderosos atributos de Deus estavam ali presentes no Filho em todo seu resplendor e na transfiguração foi dada essa explicação em linguagem de Sua glória. Seu resplendor não diminuiu, era o mesmo Deus que desde a criação se manifestou aos homens como Senhor.

        O que nós os crentes aprendemos com isso? Aprendemos que envolvidos na mesma glória Há um contexto de alegria, prazer, satisfação, riqueza, amor, comunhão na divindade e que é nisso que devemos estar envolvidos. Se desligarmos da glória do Filho de Deus, certamente nos perderemos ante os pensamentos errôneos deste mundo acerca do Senhor Jesus Cristo. Os pensamentos naturais não entender a glória do Filho de Deus, amado pelo Pai. Por quê? A razão é que ninguém conhece o Filho, senão o Pai. Os judeus perguntavam: “Quem é este? “. Eles olhavam para Cristo no aspecto humano e dali procedia toda tentativa perversa para matar o justo Senhor.

        Mas o fato é que Cristo se manifestou a fim de mostrar aqui um pouco da Sua glória ao Seu povo. Um pouco desse Shequiná é suficiente para exterminar o pobre homem; homens no passado tiveram um vislumbre de Sua glória e muitos pensaram que iriam perecer. Mas Deus o Pai está expressando aquilo que nós precisamos saber acerca do Filho. Só na expressão “meu Filho amado” é suficiente para que nós entendamos quem é o Senhor que veio ao mundo. Onde está nosso prazer, alegria, esperança, amor, fé, etc. Não está Nele? Claro! Paulo responde em Colossenses: “Nele habita corporalmente toda plenitude da divindade”.

        Assim, a preciosidade de Cristo deve ser nosso real prazer conhecer; deve estar infinitamente acima das mais altas ambições nossas aqui. A excelência de Cristo deve ser nosso desejo de conhecer, porque nós os crentes não somente estaremos com Ele, como também seremos semelhantes a Ele. O que Paulo diz? “Alegrai-vos no Senhor!”

“Ó Jesus, achei descanso em teu terno coração, é manancial de gozo, de consolação!” 

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