“E
eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”
(Mateus 3:17)
O
AMADO FILHO DE DEUS
Eu estou consciente de minha
incapacidade de expor um assunto dessa envergadura teológica. Falo de todo meu
coração. Estou tentando expor isso devido ao meu desejo de conhecer meu Senhor
e expor o conhecimento Dele a todos. Se o Pai diz acerca Dele: “Esse é meu
Filho Amado”, então é certo que devo me dedicar em saber pelo menos um
pouquinho mais. Incrível, mas essa foi a verdade que encheu o coração de Paulo
e de Santos do Velho, bem como do Novo Testamento.
Tentei mostrar até à página 3 o aspecto
negativo desse assunto, porque não há em Deus o que há em nós. Nós aprendemos
com o tempo, nós somos dependentes do tempo, a fim de que conheçamos alguém e
passemos a amar mais. Mas não é o caso de Deus, porque lidamos com Aquele que
habita a eternidade. Passemos então a analisar no aspecto positivo. Visto que
Cristo é o Filho Amado do Pai, então é certo que há na divindade essa comunhão
e eternamente alegre de amor mútuo. Há
na divindade um prazer na comunhão mútua transmitida pelo amor. O amor entre o
Pai e o Filho não é um amor que opera em misericórdia, como ocorre conosco. Nós
fomos alvos de um amor que se compadeceu de nossa condição tão miserável, e
assim nos alcançou.
No caso das Pessoas divinas, não há
elementos entregues à miséria ali. O ambiente de amor entre o Pai e o Filho é
de infinita riqueza que jamais pode ser findada. Não há desgaste na divindade;
não há canseira, nem fadiga. O amor existente as Pessoas divinas é de
reciprocidade infinita e gloriosa. Há prazer no Filho da parte do Pai e há
prazer no Pai da parte do Filho e tudo isso reina em perfeita glória. Essa luz
divinal de amor não se apaga. Na divindade nada está corrompido pelo tempo e
pelas circunstâncias.
Também posso afirmar que há real
felicidade nessa comunhão. Quanto a felicidade divina, não linguagem humana nem
angelical que possa descrever isso. Deus é feliz Nele mesmo; A divindade é
envolvida por uma felicidade que toma cada Pessoa de santa satisfação uma pela
outra. Nós precisamos de determinadas circunstâncias para experimentarmos felicidade
aqui. Mas a felicidade em Deus vem de Deus mesmo. A divindade se alegra naquilo
que é santo e cada Pessoa é santa. A santidade divina se alegra na perfeição e
cada Pessoa da divindade é perfeita em Si mesmo. Não há necessidade na
divindade; não há defeito ali, nada há que perverte e venha trazer nódoa ao
ambiente. Tudo na divindade é pureza e isso nos dá a ideia do que é alegria.
Também, há na divindade a santidade.
Cristo é Santo e os serafins o chamaram de Santo 3 vezes em Isaías 6. A
santidade de Deus declara que não há Nele nada que o contamine, nada que manche
Seu caráter. A humanidade de Cristo em nada afetou a divindade santa e pura
Dele. Havia no Senhor aquilo que fazia Seus inimigos fugirem, mas que era
atraente aos discípulos, Era uma atração de um temor santo e irresistível. O
mundo se mantem longe da santidade do Senhor; o mundo se isola buscando se
esconder nas trevas. Mas a santidade no caso da comunhão divina é atração. A
santidade é linda, forte, tremenda e radiante. Incrivel, mas a graça salvadora
fez com que os crentes se tornassem participantes dessa santidade, conforme nos
ensina Hebreus 12.
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