“Aquele que crê no Filho tem a
vida eterna, o que, todavia se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida,
mas sobre ele permanece a ira de Deus (João 3:36).
AQUELES QUE ESTÃO VIVOS: “Quem
crê no Filho tem a vida eterna...”.
A primeira lição que quero considerar no
texto é o fato que o crer aparece, mostrando ser aquilo que prova que a pessoa
tem vida: “Quem crê no Filho tem a vida...”. É óbvio que deve haver sinais
claros de que um morto está vivo. Lázaro saiu do sepulcro e dirigiu-se a Jesus.
Ele não foi tirado de lá pelos homens; não foi feito uma exumação do seu
cadáver. Assim também, a prova de que morto espiritual foi erguido dentre os
mortos é pelo fato que ele passou a crer no Filho. Mas como sempre devemos
sempre avaliar a linguagem bíblica à luz das próprias Escrituras. O ouro do
santuário deve ser puro, por isso tomemos a palavra “crê” e sondemos à luz do
material desse santo “laboratório”.
Devemos saber que satanás é um incrível
imitador das coisas de Deus. Só que imitação não passa de imitação. Satanás
nunca pode, nem poderá dar vida a ninguém. Mas ele tem uma formidável
habilidade para fazer com que uma bijuteria pareça ser ouro. Ele fez com que
Simão, o mago cresse no evangelho, mas sua fé foi logo provada e avaliada como
sendo falsa (Atos 8). Em nossos dias o mundo festeja sua fé em Deus; o mundo
atual crê em Jesus; acredita em muitas promessas e suas festas religiosas
parecem estar cheias de riquezas do céu. Tiago também disse que os demônios
creem e tremem. Sendo assim, é certo que precisamos examinar o que a
religiosidade chama de fé, ou verbalmente falando, de crer. Sendo que a bíblia
é o único aparelho capaz de testar a validade da fé, então entremos nesse
ambiente santo e verdadeiro.
1. O
crer bíblico é despertado no coração pelo Espírito Santo. Notemos que Deus fez
assim com Lídia: “...o Senhor lhe abriu o coração para atender as coisas que
Paulo dizia” Atos 16:15). Sendo assim crer em Cristo é milagre de Deus,
conforme diz o autor de um antigo hino:
“Amavas-me Senhor, no fundo do meu peito
brilhou a doce luz do meu consolador,
e com promessas mil do teu amor perfeito
nasceu em mim a fé em que hoje me deleito”.
O crer natural é uma luz que brilha por
fora, mas não chega ao íntimo. Muitos ficam entusiasmados com a história do
evangelho, com a gratuidade da salvação e com a possibilidade de entrar no céu.
Mas essa fé logo se apaga, porque não foi uma obra de Deus no coração. Eu
pessoalmente desconfio de muitas decisões que parecem mais com fogo de palha,
ou vagalume. Gosto de ver a fé que nasce no coração de alguém que examina tudo
à luz da verdade; que ouve bem tudo na tentativa de saber se o que está procurando
é de fato digno de crer. O movimento evangélico moderno tem todo tipo de
material que parece ter vindo do céu para ser acrescentado àquilo que já temos
nas Escrituras. Muitos são como os cidadãos de Atenas, os quais viviam à
procura de novidades (Atos 17).
Mas não há algo mais impressionante do
que ver Deus abrindo corações de homens e mulheres para que eles passem a crer,
de fato no Filho – o Senhor e Salvador. Como podemos olvidar a história daquele
ladrão ali na cruz? Ele combinava com seu colega em atacar Jesus e pedir que
ele provasse ser o salvador, descendo da cruz para tirá-los daquela situação
tão angustiante. Mas de repente eis que aquele moço teve uma mudança incrível em
seu coração, porque ele passou a enxergar as coisas do ponto de vista de Deus,
e assim pode ver que ali estava o Salvador prometido, que veio ao mundo para
salvar nossas almas.
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