“A alma
farta pisa o favo de mel, mas para o faminto todo amargo é doce” Provérbios
27:7
A ALMA FARTA: “pisa o favo de mel”.
Como é que os homens pisam o favo de mel
da palavra de Deus? Isso só pode acontecer quando a alma está farta: “A alma
farta pisa...”. Foi sempre assim na história dos homens. Nos dias do Velho
Testamento houve períodos de total desprezo por parte do povo em relação à
mensagem de amor do Senhor. O livro de Oséias foi escrito para mostrar o amor
de Deus pelo seu povo – o reino do norte que se apostatou a fim de adorar o
deus baal. Nos dias do profeta Jeremias o reino do sul que tinha Jerusalém como
capital o povo chegou a uma condição tal vil que eles desprezavam os profetas e
até mesmo ridicularizavam a mensagem, e não houve outro remédio, senão o
castigo terrível que veio por meio do povo caldeu.
Normalmente os homens desprezam o “favo
de mel” porque deitam e rolam nos deleites deste mundo. É comum ver dentro das
igrejas homens e mulheres que realmente não têm um pingo de vontade em estar
nos cultos de oração, nos cultos onde está sendo ensinada a palavra de Deus.
Eles têm outros compromissos que não querem perder; eles já têm horário marcado
com outras atividades e não querem sacrificá-las. Isso pode indicar com clareza
que tais almas jamais foram vivificadas pela graça e que, por isso não carregam
o temor ao Senhor. Muitos sentem cansados demais para estarem nos cultos, mas
tal canseira acaba quando o mundo os chama para seus afazeres. Da mesma maneira
que Israel desprezou o maná, intitulando-o de “pão vil e desprezível”, assim
muitos tratam com desdém o maior tesouro, a mais poderosa riqueza que está em
nossas mãos.
Em nossos dias a situação é tal que não
há mais busca por conselhos para o viver. Os homens querem um caminho fácil e
agradável. Parece um estrondo do inferno quando eles ouvem a mensagem santa;
parece que o desespero apodera de suas vidas quando estão diante de verdades
profundas acerca do que é a realidade da vida cristã neste mundo. O ministério
pastoral é visto como um meio de se apegar a um homem e não para buscar conselhos
e orientação para o viver. O mundo hoje oferece variados modos de cultos e eles
servem como paliativos para suas necessidades “espirituais”, então, o pastor
que se cuide porque ele será rejeitado, caso se torne um “chato” e viva
chamando a atenção.
Também, o mundo religioso está cheio de
elementos que parecem bons conselheiros. O mundo tem suas propostas para uma
vida mais confortável e para uma fé que mais se adapta aos seus caminhos. O
caminho para o céu é cheio de lutas, exige oração, santidade e é cheio de
provação. Satanás se tornou um religioso incrível; seus conselheiros são
admiráveis, bondosos e parecem mais “espirituais”. Então, tudo hoje se tornou a
vida mais fácil e atraente, inclusive o ambiente evangélico. Também, muitos
querem ouvir mensagens bíblicas que mais lhes agradam; eles querem saber que
estão salvos, que são eleitos e que estão para sempre livres da ira de Deus. A
graça barata é docemente recebida por elementos que ousam andar pelo caminho
largo, sem qualquer temor ao Senhor.
Assim desprezam o favo de mel. O livro
de Deus não lhes serve e assim tratam como se fosse um “pão mofado”, uma comida
não apetecível. Eles desprezam o favo de mel, colocando-o de lado, recusando
ouvir a verdade e atacando os mensageiros de Deus que tanto querem servi-los.
Tais pessoas estão sempre à busca de novidades; estão sempre impressionadas com
frases lindas e que parecem mais espirituais. Elas não querem entrar numa
igreja onde só tem esse santo mel. Seus corações não são de ovelhas, mesmo que
por fora parecem ser ovelhas. Elas correm no caminho estreito; elas são
procuradas no caminho largo, mas não são achadas. Que tristeza ao ver tanto
desprezo assim.
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