“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e
eu, para o mundo” (Gálatas 6:14)
DESCOBRINDO A GLÓRIA DA CRUZ: “...senão
na cruz...”
Temos ainda mais uma lição que o texto
nos mostra o quanto há real presença de glória na cruz. Quando vivíamos no
pecado buscávamos a inutilidade dessa glória terrena; éramos orgulhosos e
cheios de vaidades, sem saber os perigos que rodeavam nossa vida e ameaçavam
nossa existência. Mesmo como crentes estamos a todo momento sob o perigo de
buscarmos glórias na religião carnal que o mundo oferece, assim como os crentes
da galácia buscaram a vanglória na lei. Mas há glória na cruz? Quando medito
nisso, será que minha alma não há de mergulhar em tristeza? Há na mensagem da
cruz algo que possa me conduzir em alegria, prazer e felicidade? Há sim! Mas,
somente a fé genuína pode deleitar-se ali. A incredulidade nada poderá entender
e entregar-se-á a tristeza e depressão. A mensagem da cruz só pode ser entendida
pelos crentes e a glória que emana dali encherá seus corações de prazer.
A primeira lição é que na cruz eu posso
ver que “...o mundo está crucificado para mim...”. Quando o homem é salvo,
então ele pode ver a glória deste mundo vil foi completamente desmanchada. É a
mensagem da cruz que posso ver o quanto tudo aqui é vazio, inútil e sem
qualquer lucro. Vejo o quanto as paixões deste mundo desapareceram, suas
riquezas com sua futura destruição ficam escancarados perante meus olhos. Sem a
mensagem da cruz o homem continua sendo um aliado do mundo, mesmo que esteja
numa igreja e seja considerado bem religioso, porque religião nenhuma pode destruir
a influência poderosa que este mundo tem com o coração do homem. A vida cristã
verdadeira começa a partir da cruz; a crucificação com Cristo para o crente é a
crucificação do mundo para ele e assim o crente é desligado de uma vez por
todas de um sistema que odiou o Filho de Deus e o levou à crucificação.
Por outro lado, o mundo vê o crente como
morto para o mundo. O mundo não se ali com o povo de Deus e mesmo que algum deles
escorregue, ele será motivo de zombaria e jamais será recebido com um “bem
vindo”. A ligação que os salvos têm com Cristo fez com que eles se tornassem
desprezados e desprezíveis aos olhos deste mundo. Assim como o mundo odiou a
Cristo, eis que os santos serão também odiados. O nome do Senhor Jesus não é e
nem será aceito aqui, por isso os crentes serão tratados com ódio enquanto
peregrinarem neste vale. O mundo nunca mudou nem mudará em relação ao Filho de
Deus. Qualquer conceito bom que os mundanos tiverem de Jesus é porque satanás
levantou seu próprio cristo, tão adaptável à mente e sentimentos deste sistema
maligno.
Sendo assim, o mundo não terá qualquer saudade
dos crentes, porque eles foram unidos com Cristo na cruz. Por essa razão não há
apelo, mas sim ódio. Saulo se tornou motivo de perseguição e nunca houve
qualquer pedido para que ele voltasse. O que vem a seguir é perseguição. E é
nisso que muitos crentes não entendem o quanto o mundo é perigoso. Os mundanos,
mesmos os mais chegados, eles não querem a companhia dos crentes; eles querem
destruir a fé cristã. A perseguição normalmente começa de forma indireta,
depois é que o ataque começa a vir com mais força e indignação. O mundo é assim
e os crentes devem saber que há separação entre o mundo e o povo de Deus aqui.
Ora, há glória nisso? Sim! Pedro diz em
sua primeira carta que devemos nos alegrar quando formos provados aqui, porquanto
isso indica que somos do Senhor. Assim, a fé toma posse de tudo isso para realizar
a verdadeira festa. Também, tudo isso nos faz mirar as glórias eternas; tudo
isso nos mostra que nosso lar não está neste sistema transitório; que nossa
herança não foi reservada aqui, mas sim no céu. Um dia deixaremos o lugar de
imperfeição, a fim de habitarmos naquela cidade onde tudo será perfeito e
glorioso para sempre.
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