“A alma
farta pisa o favo de mel, mas para o faminto todo amargo é doce” Provérbios
27:7
A ALMA FARTA: “pisa o favo de mel”.
Procurei tratar primeiramente da
importância da palavra de Deus na vida de crente, justamente porque ela é pura;
ela é de total confiança e por todos esses milênios a palavra de Deus jamais
deixou sua pureza, excelência e valor, porquanto o tempo não pode mudar a
verdade registrada: “Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais
passarão”. O mundo sempre vive à busca de novidades, mas não é o caso das
Escrituras sagradas, porque o que foi valioso duzentos anos atrás tem o mesmo
valor hoje.
Mas, quanto perigo passa esta geração,
porque tem desprezado a palavra de Deus! O mundo onde os valores se perderam; o
mundo que condena os absolutos e prefere o relativismo, sem dúvida alguma
sentirá enojado do livro de Deus, assim como Israel se enojou do Maná, a comida
de Deus no deserto. A bíblia é o livro da verdade e toda verdade é absoluta e
invencível. Mas esta geração despreza isso, porque gosta de um mundo frouxo e
dos prazeres momentâneos. Mesmo dentro das igrejas há uma procura constante por
festas, shows e outras atividades que atraem a atenção da multidão. Se houver
preleção bíblica ela deve ser feita em pouco tempo e num linguajar agradável. A
palavra de Deus ela será (segundo eles) de utilidade se for interpretada à luz
do contexto social, porque somente assim ela será recebida por todos.
Assim vemos o quanto as almas estão
fartas e que por essa razão desprezam o favo de mel. Não é triste isso? Quantas
provisões da bondade de Deus para os homens? Hoje temos tudo à vontade; hoje
temos facilidade em nos locomover para grandes distâncias; hoje temos comida e
conforto à mãos, etc. Será que essas facilidades despertou o interesse dos
homens para procurar o favo de mel celestial? Claro que não! Minha mãe contava
que quando ela era jovem, ela e outros crentes andavam da roça até à cidade, mais
de seis quilômetros para assistirem a Escola dominical na igreja, e ficavam até
à noite para o culto, voltando depois para casa no escuro caminho de retorno.
Mas quão diferentes estão as coisas em
nossos dias. A maior parte das famílias tem carro; muitos moram perto da
igreja, mas mesmo assim seus corpos estão cheios de preguiça para acordar cedo
no domingo para ir à Escola dominical; e quando vão não querem retornar para o
culto à noite. Nem se fala do culto de oração no meio da semana, o que para
muitos, tal culto constitui-se num verdadeiro peso. É claro que têm as exceções,
porque alguns santos de Deus são realmente fieis e batalhadores, pois estão
dispostos a servir ao Senhor com prazer.
Talvez você leitor pense que estou sendo
cruel em minhas considerações. Mas realmente não estou cometendo tal erro. É
grande a preguiça e indisposição para ouvir a palavra e aplica-la no viver.
Eles não têm preguiça para passear, ir a um clube, assistir aos seus jogos
prediletos, ir ao cinema ou mesmo a um restaurante. Não há um verdadeiro desprezo
à palavra de Deus? Veja se buscam a verdade revelada em suas casas; vejam se
ensinam as maravilhas de Deus aos seus filhos; vejam se estão ocupados com
coisas eternas, se fazem cultos familiares.
O que está acontecendo em nossos dias?
Não há um desprezo ao favo de mel? Não é verdade que no coração eles pertencem
ao mundo e não ao Senhor? Olhe quanto tempo é gasto com o mundo e seus
prazeres. Estão dispostos a gastar com o Senhor e seus santos ensinos? Por que
tudo isso? A resposta pode massacrar nossos conceitos de vida cristã: Parece
que tais almas jamais foram salvas; parece que jamais foram levadas ao temor do
Senhor devido à convicção de pecado no íntimo.
Podemos afirmar que são milhares os que
estão fartos com os manjares do mundo; estão pesados devido à gula; estão ainda
com seus olhos vendados e seus corações endurecidos. Que o Senhor nos conceda
sua misericórdia diante dessa chocante realidade.
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